quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Dia 20: um gaúcho, outro gaúcho
Gaúcho, natural de Porto Alegre, portanto autêntico porto-alegrense, cidadão urbano. Sabe o que significa o dia 20 de setembro: Revolta Farroupilha, Guerra dos Farrapos, porém não morre de amores pelo tradicionalismo. Acha que a revolta no Rio Grande do Sul contra o poder central como tal ocorreu em diversas regiões, em muitos lugares e ninguém fez dessa situação uma questão de honra, um feriado regional. Conservador, o porto-alegrense acredita que a revolução Farroupilha tratou-se na verdade de um motim, pelos interesses particulares de um grupo de pessoas. Pensamento de apoio completo e intransigente ao poder central do Estado, naquele época o Poder Imperial, acha que os outros gaúchos, os não porto-alegrenses, os do interior realizaram uma sublevação, desrespeito ao Império.
O porto-alegrense e um seu amigo amigo gaúcho fronteiriço falam sobre o 20 de setembro. O urbano porto-alegrense conservador e tradicionalista politicamente, com isso, como se fosse antigamente, um "imperialista", com certa bazofia intiga com o tradicionalista do interior - e ele, como se fosse no tempo de antanho um "farrapo" ou "farroupilha" - diz em determinado momento do diálogo que "aqui em Porto Alegre vocês se deram mal, não conseguiram invadir a cidade". O gaudério replicou: "Tu sabes que David Canabarro o grande comandante farroupilha aqui entrou". O porto-alegrense de imediato argumentou: "Entrou mas teve que sair logo expulso pelas forças imperialistas". O porto-alegrense tenta aborrecer o gaudério: "Em razão disso vocês foram derrotados e ainda fazem festa, comemorações pelas derrota". O gaúcho interiorano quase se exalta, levantou um pouco a voz para afirmar: "Tchê é o seguinte: vitória é verdade não aconteceu, derrota também não ocorreu. Vamos deixar pelo empate, afinal de contas foi assinado um armistício para o fim da revolta, em nome da paz.
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