terça-feira, 27 de novembro de 2012

E as eleições americanas?


Muito se comenta, se discuti, mas principalmente se critica o processo de eleição proporcional brasileira. Afirmam que ela é injusta (o mais votado não é eleito).
Então o que se pode comentar da complexa eleição presidente dos Estados Unidos. O eleitor americano vota, mas não participa diretamente da escolha do presidente. Tem uma posição secundária. O povo, o eleitor anônimo, vota isso sim, mas para escolher os verdadeiros “eleitores”, aqueles que fazem parte do Colégio Eleitoral, responsáveis pela eleição do presidente, um ato indireto proporcionado por terceiros. O número de eleitores do Colégio Eleitoral é determinado pelo tamanho da população de cada estado. Na maioria dos estados o candidato vencedor do voto popular leva todos os votos do Colégio Eleitoral daquele estado. No entanto por esse sistema um candidato pode vencer e se tornar presidente, sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional. O mais votado pela população não é eleito, mas sim pelo Colégio Eleitoral.
Por aqui, como se sabe, na recente eleição proporcional, um candidato a vereador não eleito fez mais votos que outros sete candidatos eleitos. A tal da proporcionalidade o impediu. Pela totalidade de votos conquistados se elegeria como o sétimo vereador mais votado. A tal da proporcionalidade não deixou. Depois, ainda pela famigerada proporcionalidade, não teve votos suficientes para se eleger pelo quociente eleitoral, nem partidário, muito menos pela média da sobra de votos.
Em Farroupilha nenhum vereador conseguiu se eleger pelo quociente eleitoral que foi de 2.854. Foram eleitos 11 vereadores pelo quociente partidário e quatro pela melhor média na sobra de votos. O desempenho de partidos e coligações foi o seguinte:
PMDB/PPS/PRB/PSL: Votos nominais 13.446; legenda 1.160; total 14.606. Quociente eleitoral 5.1, quociente partidário 5, vereadores eleitos 5.
PP/PR: Votos nominais 7.546; legenda 247; total 7.793. Quociente eleitoral 2.7; quociente partidário 2. Vereadores eleitos 2.
PDT: Votos nominais 6.194; legenda 1.235; total 7.429. Quociente eleitoral 2.6, quociente partidário 2. Vereadores eleitos 2
PT/PC do B: Votos nominais 5.484; legenda 124; total 5.608. Quociente eleitoral 1.9, quociente partidário 1. Vereador eleito 1
PSB/DEM: Votos nominais 4,881; legenda 74; total 4.955. Quociente eleitoral 1.9, quociente partidário 1. Vereador eleito 1.
PSDB/PTB: Votos nominais 2.134; legenda 60; total 2.194: Quociente eleitoral 0.7, quociente partidário zero. Nenhum vereador eleito.
Total de 11 vereadores eleitos pelo quociente partidário. Sobraram quatro vagas que foram preenchidas pelas quatro maiores médias na sobra de votos, a saber: 
PT/PC do B: votação 5.608, média 2.804,0     PP/PR: votação 7.793, média 2.587,6.
PSB/DEM:  votação 4.955, média  2.477,5      PDT: votação 7.429, média 2.476,3
Maiores detalhes, cálculos, nomes de vereadores eleitos pelo QE e QP, acesse:
falasimpatia.blogsport.com
A quem interessar possa, principalmente aos políticos, além da votação pelo quociente partidário, saiba mais, que a maioria dos vereadores eleitos perdeu voto gradativamente, que o PMDB continua sendo o maior partido farroupilhense, falasimpatia.blogspot.com
  

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Conta Feita: Eleitos pelo QE e QP


Fabiano André Piccoli (PT), com 1.076 votos, não foi eleito vereador, embora fazendo mais votos que sete vereadores eleitos e quase o dobro de votos do penúltimo colocado Lino Troes com 595 votos e o último Rudmar Elbio da Silva, 594 votos. Há ainda o caso de Jonas Tomazini (PSDB) 683 votos e Jorge Cenci (PMDB) 658 que contaram mais votos que três eleitos e Pedro Luiz Trevisan, maior votação que dois eleitos.
Essa situação que parece ser absurda - de quem é mais votado não é eleito - na verdade não contraria o bom senso, levando-se em consideração que ela é determinada pela legislação eleitoral numa eleição proporcional, como no recente pleito à Câmara Municipal. Se alguns dos mais votados não foram eleitos e outros menos votados eleitos, isso acontece por cálculos e operações matemáticas como a proporcionalidade. Aqueles menos votados que alcançam a eleição em relação ao mais votados, pode ocorrer pelo Quociente Eleitoral, Quociente Partidário ou pela maior média formada pela sobra de votos.
Em Farroupilha o eleitorado é constituído por 51.572 eleitores dos quais 45.973 compareceram às urnas. Desses 45.973 votos, 3.156 brancos e nulos. Dessa forma 42.817 votos se tornaram válidos em que o eleitor votou no candidato preferido (voto nominal) ou simplesmente no partido (legenda).
Com conhecimento desses dados se realiza a primeira operação matemática para se encontrar o quociente eleitoral. Ele é encontrado pela divisão dos votos válidos (42.817)
pelo número de vagas na Câmara de Vereadores, que são 15. Assim o quociente eleitoral em Farroupilha ficou em 2.854, números que não elegeram nenhum vereador.
Foi necessária uma segunda alternativa, qual seja, encontra-se o quociente partidário. Ele é calculado pela votação de cada partido (voto nominal e legenda) dividido pelo quociente eleitoral, cujo resultado foi o seguinte:
.
Partido/Coligação        Votos nominais   Legendas    Total    Q. Eleitoral    Q. Partidário 
PMDB/PPS/PRB/PSL        13.446              1.160      14.606         5,1                     5
PP/PR                                   7.546                 247       7.793          2,7                     2
PDT                                      6.194              1.235       7.429          2,6                     2
PT/PC do B                          5.484                 124       5.608          1,9                     1
PSB/DEM                            4.881                   74       4.955          1,7                     1
PSDB/PTB                           2.134                   60      2.194           0,7                     0

Assim foram eleitos pelo quociente partidário, 11 vereadores, cinco do PMDB (Arielson Arsego, José Mario Bellaver,  Juvelino de Bortoli, João Reinaldo Arrosi, Maristela R.P. Bridi), dois do PP (Raul Herpich e Sidinei Catafesta), mais dois pelo PDT, (Maria da Goria Menegotto e Paulo Roberto Dalsochio), um do PT (Ildo Dal Soglio) e um do PSB (Vandré Fardin)
Sobraram quatro vagas a serem distribuídas pela maior média na sobra de votos, calculada da seguinte forma: dividir a votação de cada partido/coligação pelo número de lugares por ele obtido + 1 e assim alcançando uma média. O partido/coligação de maior média atribui-se a primeira sobra e assim acontece sucessivamente até a quarta vaga que sobrou.
A coligação PSDB/PTB fica fora por não ter alcançado o quociente partidário 

Partido/Coligação            Votação              Lugares + 1               Médias
PT/PC do B                      5.608                     ÷ 2 (1+1)                2.804,0
PP/PR                               7.793                       ÷ 3 (2+1)             2.587,6
PSB/DEM                         4.955                      ÷2 (1+1)              2.477,5
PDT                                  7.429                       ÷3 (2+1)             2.476,3 
PMDB/PPS/PRB/PSL     14.606                      ÷6 (5+1)            2.434,3
Por essa operação foram eleitos pelas maiores médias, na sobra de votos Marcio Guilden 2.804 (PT), Josué Paese Filho 2.587,6 (PP), Rudmar Elbio da Silva 2.477,3 (PSB) e Lino Troes 2.476,3 (PDT)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pesquisar


Entre as muitas coisas que faço com gosto, inclui-se a pesquisa. Todo e qualquer assunto que sobremaneira me interessa vou atrás, busco com zelo, investigo, quero saber mais, esquadrinho, os detalhes são importantes.
Pode ser um fato histórico, um livro ou um filme, seus autores, os protagonistas, um distante lugar no mapa geográfico, os homens, as mulheres. Nesse caso a pesquisa serve para satisfazer minha curiosidade, até mesmo como forma de entretenimento e claro melhorar meu aprendizado e aumentar o conhecimento de determinado assunto.
Pesquisas para a minha satisfação pessoal ou de modo geral, como trabalho jornalístico, as faço há tempo, desde quando uma informação mais exata, o conhecimento mais profundo, tinha que ser buscado nas enciclopédias. Hoje a internet, o Google, tornam a realização de pesquisas uma maneira mais simples de descobrir o conhecimento. 
Existe a pesquisa realizada com metodologia, cuidadosa e zelosa, mais elaborada, buscando a exatidão dos fatos para transmitir e informar, fornecer conhecimentos - aqui não se tratando de algo para a satisfação pessoal - a determinado público, no caso o leitor. Dessa maneira para o jornal pesquisei e realizei matérias como a influência dos capitéis na religiosidade dos imigrantes italianos, o histórico dos prédios mais antigos da cidade, os 100 anos da Viação Férrea em Farroupilha e parte da história política farroupilhense, entre tantas outras reportagens de cunho histórico.
Por essa razão, concernente especificamente ao cenário político/eleitoral local é que em cada eleição municipal, pesquiso, busco dados com a exatidão dos números, realizo comparações, analiso desempenhos, levanto estatísticas, conclusões baseadas em fórmulas matemáticas, banais, mas exatas, como a simples regra de três. Material suficiente de muitos anos, que poderiam ser expostos num livro como a história política de Farroupilha. No entanto não há recurso financeiro para uma empreitada como editar um livro. Na recente eleição levantei dados sobre a eleição majoritária (publicada pelo jornal) com a votação dos candidatos no centro da cidade, bairros e interior. Na eleição proporcional o mesmo trabalho foi realizado (não publicado) com a votação de cada um dos 15 vereadores eleitos também no centro da cidade, bairros e interior. Com isso foi formado um quadro geral com o resumo dessas votações. Levantei também o quociente eleitoral e partidário, de partidos e coligações. O desempenho de vereadores com aumento e diminuição de votação desde a eleição de 1996. A comprovação que o PMDB continua sendo o maior partido da cidade desde a eleição de 2000.
Gradativamente todo esse material estará no meu blog. A partir dessa sexta-feira, começamos com o desempenho de cada um dos 15 vereadores eleitos e suas votações no centro da cidade, bairros e interior. Acesse falasimpatia.blogspot.com.
                                                     *** ***
Na recente eleição descobrimos fatos interessantes. Como prova insofismável de autêntica civilidade eleitoral - o não desperdício do voto - na localidade de Linha Machadinho (IV Distrito), na seção eleitoral do salão comunitário de Santo André. Caada um dos 85 eleitores escolheram um candidato. Voto nulo zero, voto branco idem.
Da mesma forma na Forqueta Baixa ou Caravaggeto (também IV Distrito), 81 eleitores votaram em um dos três candidatos na eleição majoritária. Voto branco zero e só um voto nulo, talvez por erro no ato de votar.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Votação de vereadores (centro, bairros, interior)



Arielson Arsego, o popular Gasolina, foi o campeão de votos na eleição proporcional à Câmara de Vereadores com 2.010 votos, 4,7% dos votos. Obteve votos em todas as 147 urnas das 160 zonas eleitorais do município, perfazendo quase um montante de 14 votos por urna. Arsego é um experiente político colaborando com administração municipal do PMDB nos últimos 12 anos, como secretário em duas pastas. Como candidato a vereador na eleição de 2000 ficou na condição de suplente com 741 votos (2,28%). Em 2004 a mesma condição de suplente quando somou 1.186 votos (3,20%). Em 2008 não participou do pleito.

Na recente eleição municipal proporcional realizada estavam inscritos 51.572 eleitores, compareceram 45.973, abstenção de 10,86%. Nas 160 seções eleitorais da 61ª Zona Eleitoral, funcionaram 147 urnas eletrônicas (13 agregadas).

A votação dos vereadores eleitos está assim discriminada em seções eleitorais no centro da cidade, bairros e interior:



Centro

26 seções eleitorais: (8 Estadual, 8 Cesf, 7 Lourdes, 3 Sindicato) eleitores 8.858; votantes 7.643; abstenção 13.72%

Pela ordem os mais votados:

Gloria: 306 (4.10%) Vandré: 295 (3,95%) Gasolina: 290 (3,89%)

Paulinho: 242 (3,24) Raul Herpich: 218 (2,92%) Tetela: 181 (2,42%)

N. Arrosi: 163 (2,18%) Lino: 146 (1,96%) Juvelino: 132 (1,77%)

Catafesta: 131 (1,76%) Ildo: 117 (1,57%) Bellaver: 115 (1,54%)

Guillden: 114 (1,53%) Rudi: 90 (1,20%) Kiko Paese: 82 (1,10%)



Bairros

Nos diversos bairros da cidade, em suas 93 zonas eleitorais estavam inscritos 33.022 eleitores, votaram 29.599, abstenção 10,03%

Gasolina: 1.229 (4,15%) Ildo: 1.189 (4,02%) Raul Herpich: 934 (3.16%) Gloria: 908 (3,07%) Juvelino: 786 (2,66%) Vandré: 743 (2,51%)

Paulinho: 702 (2,37%) Catafesta: 692 (2,34%) N. Arrosi: 643 (2,18%)

Bellaver: 496 (1,68%) Tetela: 475 (1,60%) Rudi: 473 (1,59%)

Guilden: 361 (1,22%) Lino: 280 (0,95%) Kiko Paese: 271 (0,92%)



São José

9 seções eleitorais (E.E. Vivian Maggioni) estavam inscritos 3.024 eleitores, compareceram 2.688, abstenção 11,11%.

Gasolina: 174 (6,47%) Gloria: 112 (4,17%) Raul Herpich: 84 (3,12%)

Juvelino: 67 (2,49%) Catafesta: 55 (2,05%) N. Arrosi: 52 (1,93%)

Paulinho: 51 (1,90%) Vandré: 40 (1,49%) Tetela: 35 (1,30%)

Lino: 26 (0,97%) Ildo: 25 (0,93%) Rudi: 24 (0,89%)

Bellaver: 22 (0,82%) Kiko Paese: 19 (0,71%) Guilden: 18 (0,67%)



Nova Vicenza/Vicentina

10 seções (8 no salão da igreja São Vicente, 2 E.E. Carlos Fetter), inscritos 3.591 eleitores, compareceram 3.238, abstenção 9,83%.

Gasolina: 141 (4,35%) Paulinho: 128 (3,95%) Bellaver: 106 (3,27%)

Juvelino: 103 (3,19%) Vandré: 91 (2,81%) Gloria: 84 (2,59%)

Raul Herpich: 84 (2,59%) Guilden: 54 (1,67%) Catafesta: 47 (1,45%)

N. Arrosi: 46 (1,42%) Tetela: 43 (1,33%) Lino: 27 (0,83%)

Kiko Paese: 23 (9,71%) Ildo: 19 (0,59%) Rudi: 18 (0,56%)



São Luiz

10 seções ( 4 Cnec, 4 CTG R.Gauderios, 4 E.M. Ângelo Chiele), eleitores 3.726, compareceram 3.314, abstenção 11.05%.

Gasolina: 156 (4,70%) Paulinho:145 (4,37%) Gloria: 131 (3,95%)

Vandré: 92 ( 2,78%) Raul Herpich: 90 (2,72%) Guilden: 72 (2,17%) Lino: 70 (2,11%) Bellaver: 64 (1,93%) Juvelino: 61 (1,84%) Tetela: 58 (1,75%) N. Arrrosi: 53 (1,60%) Catafesta: 39 (1,18%) Kiko Paese: 31 (0,94%) Ildo: 27 (0,81%) Rudi: 21 (0,63%)



1º Maio

10 seções (6 no Salão Comunitário, 2 EM João Grendene) eleitores 3.899, compareceram 3. 537, abstenção 2,66%.

Gasolina: 167 (4,72%) Raul Herpich: 142( 4,01%) Ildo: 139 (3,93%)

Vandre: 118 (3,37%) Juvelino: 112 (3,17%) N. Arrosi: 109 (3,08%) Rudi: 101 (2,86%) Gloria: 93 (2,63%) Catafesta: 87 (2,46%)

Kiko Paese: 45 (1,28%) Paulinho: 44 (1,24%) Bellaver: 40 (1,13%)

Guilden: 38 (1,07%) Tetela: 35 (0,99%) Lino: 32 (0,93%)



Medianeira

9 seções (E.M. Presid. Dutra), eleitores 3.169, compareceram 2.837, abstenção 10,21%.

Ildo: 128 (4,51%) Vandré: 97 (3,42%) Gloria: 94 (3,31%)

Raul Herpich: 73 (2,58%) Catafesta: 69 (2,47%) Gasolina: 68 (2,40%)

Paulinho: 68 (2,40%) N. Arrosi: 63 (2,22%) Juvelino: 45 (1,59%)

Bellaver: 40 (1,41%) Tetela: 39 (1,37%) Guilden: 37 (1,30%)

Rudi: 25 (0,88%) Kiko Paese: 18 (0,63%) Lino: 13 (0,96%)



Industrial

9 seções (7 E.M. Presidente Dutra, 2 E.E. Ângelo V. Neto), eleitores 3.183, compareceram 2.856, abstenção 10,27%

Ildo: 231 (8,09%) N. Arrosi: 106 (3,71%) Gasolina: 105 (3,68)

Tetela: 100 (3,50%) Raul Herpich: 85 (3,00%) Gloria: 80 ( 2,80%)

Catafesta: 65 (2,28%) Paulinho: 47 (1,65%) Rudi: 42 (1,47%)

Juvelino: 37 (1,30%) Kiko Paese: 25 (0,87%) Vandré: 24 (0,84%) Guilden: 17 (0,60%) Bellaver: 16 (0,56%) Lino: 9 (0,31%)



PIO X

6 seções (4 Salão Comunitário, 2 E.E. Pio X), eleitores 1.949, compareceram 1.756, abstenção 9,90%.

Gasolina: 90 (5,13%) Gloria: 56 (3,19%) Raul Herpich: 56 (3,19%)

Catafesta: 52 (2,96%) Vandre: 48 (2,73%) N. Arrosi: 45 (2,56%) Bellaver: 44 (2,50%) Ildo: 38 (2,16%) Rudi: 38 (2,16%) Paulinho: 37 (2,11%) Juvelino: 36 (2,05%) Tetela: 27 (1,58%)

Guilden: 27 (1,58%) Lino: 23 (1,31%) Kiko Paese: 8 (0,45%)



Volta Grande/Santo Antonio

5 seções (E.E. José Fanton), eleitores 1.849, compareceram 1.637, abstenção 9,90%

Rudi: 90 (5,62%) Gasolina: 70 (4,28%) Raul Herpich 62 (3,79%)

Gloria: 60 (3,67%) Vandré: 55 (3,36%) Ildo: 54 (3,30%) N. Arrosi: 52 (3,18) Catafesta: 46 (2,81%) Bellaver: 42 (2,57%)

Lino: 26 (1,59%) Kiko Paese: 25 (1,53%) Guilden: 22 (1,34%)

Paulinho: 22 (1,34%) Tetela: (1,16%) Juvelino: 18 (1,10%)



Bela Vista/Belvedere

5 seções (Seminário Apostólico), eleitores 1.654, compareceram 1.468, abst. 11,15%

Juvelino: 55 (3,75) Bellaver 53 (3,61%) Vandré: 44 (3.00%)

Raul Herpich: 38 (2,59%) Paulinho: 37 (2,52%) Gasolina: 34 (2,31%)

Gloria 34 (2,31%) N. Arrosi: 32 (2,18%) Kiko Paese: 26 (1,77%)

Tetela: 25 (1,70%) Catafesta 19 (1,29%) Guilden: 14 (0,95%)b Ildo: 12 (0,82%) Rudi: 12 (0,82%) Lino: 7 (0,48%)



Monte Pasqual

4 seções (E.M. Ilza M. Martins), eleitores 1.587, compareceram 1.447, abstenção 8,82%

Ildo: 393 (27,16%) Raul Herpich: 56 (3,87%) Catafesta: 49 (3,39%)

Gasolina: 46 (3,18%) Bellaver: 27 (1,87%) Rudi: 26 (1,80%)

Nego Arrosi: 19 (1,31%) Gloria: 18 (1,24%) Paulinho: 18 (1,124% Kiko Paese: 15 (1,04%) Vandre: 15 (1,04%) Juvelino: 12 (0,83%) Lino: 12 (0,83) Guilden: 11 (0,76% Tetela: 7 (0,48%)



Cinqüentenário

4 seções (E.M. Cinqüentenário), eleitores 1.401, compareceram 1283, abstenção 8,41%

Juvelino: 175 (13,64%) Gasolina; 56 (4,37%) Gloria: 37 (2,88%)

Paulinho: 32 (2,49%) Catafesta: 31 (2,42%) Raul Herpich: 31 (2,42%)

Vandré: 30 (2,34%) Rudi: 24 (1,87%) N. Arrosi: 23 (1,99%)

Tetela: 17 (1,32%) Bellaver: (0,93%) Ildo: 12 (0,93%)

Lino: 8 (0,62%) Kiko: 7 (0,55%) Guilden: 7 (0,55%)



Planalto

2 seções (Clube Juvenil), eleitores 722, compareceram 645, abstenção 10,66%

Gasolina: 24 (3,72%) Paulinho: 24 (3,72%) Gloria: 22 (3,41%)

Vandré: 19 (2,95%) Raul Herpich; 18 (2,79%) Juvelino: 18 (2,79%) Rudi: 15 (2,33%) Catafesta: 13 (2,02%) Tetela: 12 (1,86%) Lino: 10 (1,55%) N. Arrosi: 10 (1,55%) Bellaver: 8 (1,24%) Ildo: 6 (0,93%) Kiko Paese: 6 (0,93%) Guilden: 4 (0,52%)



Santa Catarina

2 seções (E.M. N. Sra. Medianeira), eleitores 831, comparecimento 751, abst. 9,63%

Vandré: 36 (4.80%) Raul Herpich: 28 (3,73%) Gasolina: 27 (3,60%)

Catafesta: 26 (1,20%) Ildo: 23 (3,06%) Gloria: 18 (2,40%) Tetela: 18 (2,40%) Juvelino: 15 (2,00%) Guilden: 12 (1,60%)

Paulinho: 11 (1,46%) N. Arrosi: 9 (1,20% Bellaver: 6 (0,80%) Rudi: 5 (0,67%) Kiko Paese: 5 (0,67%) Lino: 3 (0,40%)



Centenário/Ipanema

2 seções (E.M. Zelinda Pessin), eleitores 446, comparecimento 399, abstenção 10,59

Ildo: 31 (7,77%) Catafesta: 30 (7,52%) N. Arrosi: 3 (0,752%) Raul Herpich: 17 (4,26%) Gloria: 13 (3,26%) Gasolina: 8 (3,00%)

Vandre: 8 (2,00%) Guilden: 7 (1,75%) Bellaver: 5 (1,25%) Paulinho: 4 (1,00%) Rudi: 4 (1,00%) Kiko Paese: 4 (1,00%)

Tetela: 3 (0,75%) Juvelino: 3 (0,75%) Lino: 2 (0,50%)



Imigrante

2 seções (E.M. Oscar Bertholdo), eleitores 408, compareceram 371, abstenção 9,07 %

Raul Herpich: 21 (5,66%) Gasolina: 17 (2,07%) Gloria: 12 (3,23%)

Catafesta: 10 (2,70%) Guilden: 9 (2,43%) Paulinho: 7 (1,89%) Vandre: 7 (1,89%) Juvelino: 6 (1,62%) Rudi: 4 (1,08%) N. Arrosi: 4 (1,08%) Kiko Paese: 3 (0,81%) Tetela: 2 (0,54%) Lino: 2 (0,54%) Ildo: 2 (0,54%) Bellaver: 1 (0,27%)



São Roque/Cruzeiro

2 seções (E.E. Pe. Rui Lorenzi), eleitores 729, compareceram 706, abstenção 10,19%

Raul Herpich: 32 (4,53%) Gasolina 23 (3,26%) Catafesta: 23 (3,26%) Tetela: 22 (3,26%) Paulinho: 20 (2,83%) Juvelino: 15 (2,12%)

Rudi: 14 (1,98%) Gloria: 12 (1,70%) N. Arrosi: 9 (1,27%) Vandre: 7 (0,99%) Ildo: 6 (0,85%) Belaver: 5 (0,71%) Lino: 5 (0,71%) Guilden: 2 (0,28%) Kiko Paese: 0



São Francisco

2 seções (Salão Comunitário), eleitores 404, compareceram 368, abstenção 8,9%

Gloria 20: (5,43%) Ildo: 10 (2,72%) Gasolina: 8 (2,17%)

Raul Herpich: 8 (2,17%) Vandré: 7 (1,90%) Juvelino: 7 (1,90%)

Rudi: 6 (1,63%) Paulinho: 5 (1,36%) Catafesta: 5 (1,36%)

Guilden: 5 (1,36%) Tetela: 3 (0,75%) Bellaver: 2 (0,54%)

Lino: 2 (0,54%) Kiko Paese: 2 (0,54%) N. Arrosi: 1 0,25%)



América

2 seções (Salão Comunitário), eleitores 427, compareceram 362, abstenção 15,22%

Ildo: 33 (9,12%) Catafesta: 26 (7,18%) Gasolina: 15 (4,14%)

Gloria: 12 (3,31%) Tetela: 10 (2,76%) Raul Herpich: 9 (2,49%)

N. Arrosi: 7 (1,93%) Vandré: 5 (1,38%) Guilden: 5 (1,38%)

Lino: 3 (0,83%) Bellaver: 3 (0,83%) Paulinho: 2 (0,55%) Rudi: 2 (0,55%) Kiko Paese: 1 (0,28%) Juvelino: 1 (028%)



Interior

38 seções eleitorais, eleitores 9.692, compareceram 8.731, abstenção 10,69%

Bellaver: 804 (9,21%) Guilden: 641 (7,34%) Gasolina: 491 (5,62%)

Kiko Paese: 304 (3,28%) Paulinho: 272 (3,11%) Gloria: 259 (3,00%)

Lino: 169 (1,94%) N. Arrosi: 167 (1,91%) Vandre: 138 (1,58%) Catafesta: 118 (1,35%) Raul Herpich: 112 (1,28%) Juvelino: 97 (1,11%)

Tetela: 76 (0,87%) Ildo: 38 (0,43%) Rudi: 31 (0,35%)





1º Distrito

6 seções eleitorais (localidades de São Marcos, Caravaggio, Capela de Todos os Santos e Linha Palmeiro), eleitores 1.878, compareceram 1.674, abstenção 10,86%

Bellaver: 296 (17,68%) Paulinho: 101 (6,03%) Guilden: 91 (5,44%) Gloria: 60 (3,58%) N. Arrosi: 52 (3,11%) Gasolina: 50 (2,99%)

Vandré: 49 (2,93%) Lino: 39 (2,33%) Juvelino: 24 (1,43%)

Catafesta: 23 (1,37%) Kiko Paese: 19 (1,13%) Raul Herpich: 17 (1,01%)

Tetela: 16 (0,96%) Ildo: 8 (0,48%) Rudi: 4 (0,24%)



2º Distrito

7 seções eleitorais (localidades de Vila Jansen, Linha República, Linha Jacinto, Linha 47, Monte Bérico, Linha 30) eleitores 1.884, compareceram 1.707, abstenção 9,39%.

Bellaver: 264 (15,47%) Guilden: 165 (9,67%) Gasolina 123 (7,80%)

Gloria: 53 (3,10%) Paulinho: 47 (2,75%) Kiko Paese: 42 (2,46%)

Vandré: 35 (2,05%) Raul Herpich: 28 (1,64%) Lino: 23 (1,35%)

N. Arrosi: 15 (0,88%) Catafesta: 13 (0,76%0 Juvelino: 11 (0,64%)

Tetela: 10 (0,59%) Ildo: 2 (0,11%) Rudi: 2 (0,11)



3º Distrito

16 seções eleitorais (localidades de Nova Sardenha, Linha Ely, Desvio Blauth, Vila Rica, Linha Muller, Monte Berico, Rio Burati, Linha Caçador, Linha Alencastro, Linha Sertorina, Vila Rica, Linha Paese, Linha São João), eleitores 3.863, compareceram 3.488, abstenção 9,71%.

Guilden: 281 (8,05%) Kiko Paese: 222 (6,36%) Gasolina: 217 (6,22%) Bellaver: 163 (4,67%) Gloria: 106 (3,03%) Paulinho: 83 (2,38%) N. Arrosi: 83 (2,38%) Lino: 81 (2,32%) Catafesta: 53 (1,52%)

Raul Herpich: 46(1,32%) Juvelino; 37 (1,06%) Vandré: 27 (0,77%)

Tetela: 21 (0,60%) Ildo: 17 (0,49%) Rudi: 11 (0,32%)



4º Distrito

9 seções eleitorais (localidades de Nova Milano, Salete, Linha Machadinho, Linha Boêmios, Caravageto), eleitores 2.067, compareceram 1.862, abstenção 9,92%

Guilden: 104 (5,59%) Gasolina: 101 (5,42%) Bellaver: 81 (4,35%)

Paulinho: 41 (2,20%) Gloria: 40 (2,15%) Catafesta: 29 (1,56%)

Tetela: 29 (1,56%) Vandré: 27 (1,4%) Lino: 26 (1,40%)

Juvelino: 25 (1,34%) Raul Herpich: 21 (1,12%) Kiko Paese: 21 (1,12%) N. Arrosi: 17 (0,82%) Rudi: 14 (0,75%) Ildo: 11 (0,59%)











CONFIRMADO

· Dirceu Chies (PP), 508 votos, foi o segundo mais votado no bairro São José. Somou 142 nas nove urnas

· Lenice Dama (PMDB), 328 votos, foi a terceira mais votada, no bairro São José

· Maria da Gloria Menegotto (PDT), 1.473 votos, só não foi votada em duas seções eleitorais: 112 Linha São João e 161, E.M. Ilza M. Martins

· Paulo Dalzochio (PDT) 1.216 votos, só não foi votado em quatro seções eleitorais:

43 Linha Machadinho, 51 Caravaggeto, 112 Linha São João e 162 1º de Maio.

· Jorge Cenci (PMDB) 658 votos, venceu em todas as nove seções eleitorais da E.M. Presidente Dutra, bairro Medianeira, somando um total de 259 votos

· Valmor Vargas dos Santos (PMDB) 552 votos e José Roberto Calábria (PMDB) 468 votos também destacaram-se nas urnas do bairro Medianeira com 110 e 108 votos

· Eleonir José Pelicioli (PC do B) 342 votos, foi o terceiro mais votado nas seções eleitorais do bairro 1º de Maio com 136 votos

· Primo Marmentini (PMDB) 394 votos foi o terceiro mais votado no 2º distrito somando 133 votos

· Roque André Tomazini (PDT) 536 foi recordista de votos numa única urna. Somou 191 na seção eleitoral 8, na localidade de N. Sra. Salete

· Alderico Bonez de Matos, Dedé (PSB), 521 votos, foi o segundo recordista de votos numa única urna, 134 votos na seção eleitoral 39, Nova Sardenha.

· Valdemar Ferreira (PMDB) 432 votos foi outro destaque nas seções eleitorais do 3º Distrito somando 214 votos.

· Kiko Paese (PP) 657 votos foi mais um destaque no 3º Distrito, 222 votos.

· Marcio Guilden (PT) 1.116 votos, foi o mais votado no 3º Distrito com 281 votos

· Ildo Dal Soglio (PT), 1.344 numa única urna, 111 E.M. Ilza M. Martins, bairro Monte Pasqual somou 123 votos. Fez mais votos que o candidato a prefeito Ademir Bareta (PMD) que somou 106

· Gloria Maria Menegotto (PDT) foi a mais votada nas seções eleitorais (26) no centro da cidade somando 306 votos. Venceu em oito urnas e empatou em três.

· Arielson Arsego, Gasolina (PMDB) 2.010 foi o mais votado nos bairros com 1.229 votos

· José Mario Bellaver (PMDB) 1.415 votos, foi o mais votado no interior com 804 votos. Fez mais votos no 1º e 2º distritos

· Alberto Maioli (PDT) 571 votos, foi o mais votado no 4º Distrito, 160 votos.

· Ildo Dal Soglio nos bairros Medianeira, Monte Pasqual, Industrial e 1º de Maio totalizou 891 votos.

· Ildo Dal Soglio nas quatro seções eleitorais do bairro Monte Pasqual (E.M. Ilza M. Martins) somou 393 votos. O candidato a prefeito Ademir Bareta (PMDB) somou nas quatro urnas 394 votos

· Fabiano Piccoli (PT) 1.076 votos, foi o quarto mais votado nas seções eleitorais do centro da cidade, 259 votos

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Faltou voto

De forma didática, sem querer ser convencido e sem a pretensão de uso do tom professoral, uma vez mais se volta à discutida e famigerada eleição proporcional, para demonstrar o quanto é complicada a questão em razão de um pleito eleitoral proporcional. A proporcionalidade é um conceito matemático do mais simples e comum, susceptível de aumento ou diminuição, na relação entre grandezas. O conceito como grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido, como o tempo, velocidade, temperatura, entre tantas outras coisas, e porque não, os votos de uma eleição proporcional. A proporcionalidade equilibra as grandezas, evita descompassos, distribui racionalmente e com equidade, o que deve ser dividido. Busca-se a igualdade. Será mesmo? Talvez não em se tratando de eleição, quando de forma paradoxal o candidato mais votado não é eleito em detrimento de um menos votado eleito. No entanto é pela proporcionalidade, como uma fórmula racional e equânime, que a Lei Eleitoral, salvo engano, encontrou para distribuir determinado número de vagas exclusivamente do poder legislativo (câmaras) entre um número superior de candidatos as mesmas vagas numa eleição. Todavia essa equação como fórmula de igualdade em sua prática habitual não é nada justa. Fabiano André Piccoli (PT), não eleito vereador, somou 1076 votos, foi o nono colocado na classificação geral dos candidatos mais votados, ficou à frente de sete eleitos, fez quase o dobro de votos em relação ao penúltimo colocado (14º vereador) com 595 votos e ao último classificado (15º), 594. Fabiano, apesar da excelente votação, não conseguiu votos nominais suficientes, tampouco pela legenda partidária ou da coligação (PT/PC do B), o que poderia tê-lo eleito pelo quociente partidário, alcançado pelo seu companheiro Ildo Dal Soglio. Marcio Guilden, outro vereador do PT, foi eleito pela melhor média na sobra de votos. Na verdade por uma diferença exata de 100 votos, Guilden se elegeria também pelo quociente partidário. Explica-se: A coligação PT/PC do B entre votos nominais e legendas somou 5.608, o que equivale ao quociente eleitoral de 1.9 e ao quociente partidário de 1, significando a eleição de um vereador. Caso a coligação tivesse somado 5.708 votos, o QE seria 2.0 e o QP 2, eleição de dois vereadores. Assim Guilden, eleito também pelo QP, daria chance para que Piccoli se elegesse pela maior média na sobra de votos. Nesse ponto, na soma de votos é que a proporcionalidade torna a eleição de um candidato bastante esquisita e improvável. Pois bem. Luciano para eleger-se pela última alternativa proposta (maior média na sobra de votos) seria necessário que a sua coligação partidária somasse mais 2.115 votos (total de 7.763 em relação aos 5.608 obtidos) para empatar com a maior média obtida pela coligação PP/PR, que foi de 2.587,6. Nesse caso de um empate a questão seria direta: o eleito, o mais idoso. Fabiano jovem que é provavelmente estaria mais uma vez prejudicado. *** *** *** Caminho diariamente pelas ruas. Às vezes sou importunado para dar alguma informação da localização de algum local, incomodado em informar horas a alguém, assistir desavenças, discussões no trânsito e etcetera. São fatos ocorridos que não posso comentar nesse espaço em respeito aos leitores, pois há muitas ofensas, palavrões, impropérios, palavreado chulo e de baixo calão, algo que me é permitido quase de forma íntima, não tão pública no blog falasimpatia.blogspot.com ou no blog do carioca.

domingo, 11 de novembro de 2012

Relógio parado

Começo da minha caminhada diária. Ajusto o relógio para cronometrar minha atividade física. De repente, surpresa. Relógio parado. Imagino que ocorreu o desgaste da pilha. Solução: encontrar uma relojoaria para a troca da pilha. Esse detalhe não me impede de iniciar minha caminhada. Já disse que caminhando na rua sou prestativo dando informações, fornecendo horas, seja a quem for, não tenho nenhuma discriminação, nem preconceito. Repentinamente vem ao me encontro uma dessas figuras que se encontra amiúde nas ruas, aquele tipo rejeitado socialmente, mendigo e miserável, perdido nas vias da amargura e do sofrimento. Vê o relógio no pulso e me interpela: - Que horas são? Repondo: - Não tenho, o relógio está parado. O sujeito deve ter pensado que não fui prestativo por não informar as horas. Grosso, mais que isso, preconceituoso, nas ideias dele. Então, sem pensar muito mais, a ofensa raivosa, pelo acontecido surgiu: - Então joga fora essa merda e vai tomar no cu. Para evitar maiores dissabores tratei logo de mudar a pilha do relógio

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Encrenca no trânsito

Caminho pela rua de razoável movimento no trânsito. Na pista à direita um motorista de uma possante, reluzente e estupenda camioneta importada tenta entrar numa rua à esquerda. Aguarda o momento decisivo da manobra esperando os carros, claro a sua esquerda passarem. Surge a hora. Ninguém vem, vamos nós. O ninguém seria algum outro carro, mas apareceu alguém. Um pedestre atravessando a rua sobre a faixa de segurança. A potente camioneta além de estilosa tem bom freio. Salvou o transeunte. Esse revoltou-se com a manobra do motorista e abriu a caixa, a caixa não, a boca. Como assistente ocasional senti que a encreca estava formada: - Oh.. cara, tem que ter mais cuidado, olhar para os lados, quase me atropela - Cala boca seu babaca. Atravessa a rua e parece que está dormindo, seu merda - Dormindo deve estar a tua mãe na zona - Cala a boca, seu cretino de merda, senão vou te encher de porrada. - Você faz cagada no trânsito, quase me atropela e ainda quer ter razão. - Que saber. Eu nem deveria ter freado e assim você seria atropelado e nem estaria enchendo o meu saco. - Quer saber você seu babaca. Só porque tem essa merda de carro pensa tem o rei na barriga. Para fazer cagada a sua carteira deve ter sido tirada por telefone. Nesse momento no auge da discussão, o motorista fez menção de apanhar um porrete. O pedestre não teve dúvida, acelerou o passo, não sem antes gritar: - Vai tomar no cu, seu barbeiro de merda.

Obama, Bonner, Grêmio e Inter tudo na América

Obama foi reeleito presidente dos EE.UU. muito justamente pela maioria do voto popular e também pela maioria do Colégio Eleitoral, para desespero, desesperança e desilusão dos republicanos brasileiros, que aqui como lá, são representantes dos conservadores liberais, da direita reacionária. Entre os mais diversos expoentes da direita republicana no Brasil está a revista Veja que torceu de forma insofismável pela vitória republicana, mostra disso, pela reportagens sobre a eleição americana, com texto sempre favorável ao candidato republicano. Veja, assim com Lula e Dilma, decepciona-se mais uma vez na América com o bi de Obama. *** William Bonner foi cobrir a eleição americana para o Jornal Nacional direto de Washington. Numa de suas participações, terça-feira 6, dia da eleição americana ele informou o seguinte: "aqui na América a eleição é num dia de semana. O americano trabalha normalmente, diferentemente dai do Brasil quando é feriado nacional" *** Predomina na bandeira americana as cores azul e vermelha. Para definir no mapa os estados americanos favoravéis a um ou outro candidato, segundo pesquisas, usa-se as mesmas cores para claramente demonstrar essas preferências. Assim os estados favoravéis ao democrata Obama tinham a cor azul, aqueles favoravéis ao candidato republicano Romney a cor vermelha. Se assim for para a gauchada, para o torcedor de futebol, na América ganhou a eleição o Grêmio, do azul de Obama. Claro perderam os vermelhos dos republicanos, do Internacional.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O viúvo, a viúva

No calendário está definido: dia 2 de novembro, Dia de Finados, data tradicional para se homenagear os falecidos, um dos cultos mais antigos, reverenciado pela humanidade. Dia em que aqueles que ainda estão vivos visitarem aqueles que já morreram – obviedade natural e incontestável -, sepultados em dantescos túmulos, localizados em tétricos cemitérios, vocabulário sinistro de acordo com um assunto que poucos tratam. Todos aqueles dotados de vida ainda hoje veneram os sem vida, transformados em defuntos, tributo respeitoso realizado junto aos sepulcros. Todavia, na verdade, no futuro, na ordem da continuidade da modernidade, até se tratando dos finados, os vivos já não encontrarão cemitérios, os mortos não serão enterrados. Serão cremados e então os ditos “campos santos” se transformarão em logradouros ou condomínios. O Dia de Finados como visitação aos mortos acabará, como acabou as manifestações de luto. Faz tempo. Muito tempo. Tempo de antigamente. O parente, o familiar, aquele que passou a ser um finado, sempre era reverenciado por indumentárias, ou algum outro sinal externo aplicado nas roupas, uma tarja, uma braçadeira, ou um pequeno laço. Esse tipo de manifestação, de luto, obrigatoriamente durava um ano. Leopoldo ficou viúvo. Um jovem viúvo, assim como a jovem falecida. A doença incurável, rápida e irreversível, consumiu a vida de Miloca brevemente. Começou a definhar, enfraquecida ficou desmilinguida, seu aspecto físico cadavérico. Miloca morreu, Leopoldo viúvo. A partir desse acontecimento, em respeito à falecida, o sentimento de perda foi expressado pelo luto. Costumeiramente passou a usar sempre uma fatiota de cor preta e sobreposta na lapela uma tarja também escura. A variação ocorria quando a tarja na lapela era trocada por uma braçadeira no braço esquerdo. Numa indumentária menos convencional, sempre uma calça preta e uma camisa branca – colorida jamais – no lado esquerdo do peito o símbolo do luto, um laço em forma de V invertido e transpassado. Sempre com um desses tipos de traje, luto durante um ano. Nesse período, esperançosas pretendentes, faiscantes donzelas, esbeltas sirigaitas, com a intenção serem o novo amor do viúvo bonito e charmoso precisavam de paciência. Somente aguardar o fim da manifestação do tradicional luto e então Leopoldo, sem aquela roupa preta, verdadeiramente sem roupa nenhuma. Vontade movida pela libido das espevitadas raparigas. *** *** Belmira, uma jovem balzaquiana, bonita e gostosa, de seus 30 e poucos anos ficou viúva. O finado era mais velho, mas boa pessoa. Oferecia, dava tudo que Belmira desejava. Um dia o marido teve um piripaque, um enfarto, parada cardíaca, ou convulsão, enfim qualquer uma dessas patologias. Foi fulminante, bateu as botas, foi para a cidade dos pés juntos. Sei lá, o motivo não se sabe, mas dizem até que saiu dessa para melhor. Belmira viúva e que viúva. Como era daquele tempo de usar luto fechado, em homenagem ao falecido se envolveu em roupa preta. Vestido, sapato, meia e afirmam pessoas de sua intimidade, até a lingerie era de cor preta. Durante um ano foi sua vestimenta invariavelmente. Assim mesmo, toda de preto, Belmira vislumbrava aos homens toda a forma de desejo. Ela era provocativa, até mesmo sem querer, sem qualquer maldade, acredita-se, quando usava a meia-calça ou meias pretas, finas e transparentes, ou rendadas. Dessa forma deixava transparecer a cor alva, branquíssima de suas pernas. Um ano de luto. Os homens faziam uso da imaginação quando o instinto sexual se expressava. Imaginar Belmira, de luto, de roupa íntima, unicamente de calcinha e soutien pretos.