terça-feira, 13 de novembro de 2012

Faltou voto

De forma didática, sem querer ser convencido e sem a pretensão de uso do tom professoral, uma vez mais se volta à discutida e famigerada eleição proporcional, para demonstrar o quanto é complicada a questão em razão de um pleito eleitoral proporcional. A proporcionalidade é um conceito matemático do mais simples e comum, susceptível de aumento ou diminuição, na relação entre grandezas. O conceito como grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido, como o tempo, velocidade, temperatura, entre tantas outras coisas, e porque não, os votos de uma eleição proporcional. A proporcionalidade equilibra as grandezas, evita descompassos, distribui racionalmente e com equidade, o que deve ser dividido. Busca-se a igualdade. Será mesmo? Talvez não em se tratando de eleição, quando de forma paradoxal o candidato mais votado não é eleito em detrimento de um menos votado eleito. No entanto é pela proporcionalidade, como uma fórmula racional e equânime, que a Lei Eleitoral, salvo engano, encontrou para distribuir determinado número de vagas exclusivamente do poder legislativo (câmaras) entre um número superior de candidatos as mesmas vagas numa eleição. Todavia essa equação como fórmula de igualdade em sua prática habitual não é nada justa. Fabiano André Piccoli (PT), não eleito vereador, somou 1076 votos, foi o nono colocado na classificação geral dos candidatos mais votados, ficou à frente de sete eleitos, fez quase o dobro de votos em relação ao penúltimo colocado (14º vereador) com 595 votos e ao último classificado (15º), 594. Fabiano, apesar da excelente votação, não conseguiu votos nominais suficientes, tampouco pela legenda partidária ou da coligação (PT/PC do B), o que poderia tê-lo eleito pelo quociente partidário, alcançado pelo seu companheiro Ildo Dal Soglio. Marcio Guilden, outro vereador do PT, foi eleito pela melhor média na sobra de votos. Na verdade por uma diferença exata de 100 votos, Guilden se elegeria também pelo quociente partidário. Explica-se: A coligação PT/PC do B entre votos nominais e legendas somou 5.608, o que equivale ao quociente eleitoral de 1.9 e ao quociente partidário de 1, significando a eleição de um vereador. Caso a coligação tivesse somado 5.708 votos, o QE seria 2.0 e o QP 2, eleição de dois vereadores. Assim Guilden, eleito também pelo QP, daria chance para que Piccoli se elegesse pela maior média na sobra de votos. Nesse ponto, na soma de votos é que a proporcionalidade torna a eleição de um candidato bastante esquisita e improvável. Pois bem. Luciano para eleger-se pela última alternativa proposta (maior média na sobra de votos) seria necessário que a sua coligação partidária somasse mais 2.115 votos (total de 7.763 em relação aos 5.608 obtidos) para empatar com a maior média obtida pela coligação PP/PR, que foi de 2.587,6. Nesse caso de um empate a questão seria direta: o eleito, o mais idoso. Fabiano jovem que é provavelmente estaria mais uma vez prejudicado. *** *** *** Caminho diariamente pelas ruas. Às vezes sou importunado para dar alguma informação da localização de algum local, incomodado em informar horas a alguém, assistir desavenças, discussões no trânsito e etcetera. São fatos ocorridos que não posso comentar nesse espaço em respeito aos leitores, pois há muitas ofensas, palavrões, impropérios, palavreado chulo e de baixo calão, algo que me é permitido quase de forma íntima, não tão pública no blog falasimpatia.blogspot.com ou no blog do carioca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário