quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sem pagar

Foi numa tarde de dia um qualquer da semana. Estou na redaçaõ do jornal e menciono que está na hora de ir para casa (moro em Caxias do Sul), preciso me apressar para pegar o ônibus.
Um rapaz, meu conhecido, também presente no local, ouviu o que dissera e me oferece carona em seu carro. Ótimo. Próximo ao pedágio, querendo retribuir a gentileza me prontifiquei a pagar a tarifa do pedágio - naqueles dias ainda funcionava o pedágio e evidentemente se pagava por isso: nem todos. O rapas disse: "Nada disso, eu nem pago pedágio". Pensei: de alguma maneira, sei lá como, deve ter passe livre. Não tinha. Perpicaz, esperto, ele usava o seguinte estratagema: colocava seu carro bem próximo a trazeira do carro da frente na fila defronte ao guichê para pagamento da tarifa. Feito o pagamento o carro à frente ia embora. O rapaz bem juntinho atrás, ia no embalo. Onde passava um carro na cancela passava dois. Achei interessante sua esperteza, o modo de ludibriar a exploração capitalista. Mas, um detalhe me chamou a atenção e disse ao esperto: "Você age desse modo quando há movimento no pedágio, pois precisará ter um carro sempre à sua frente".
Nada disso, ele me respondeu: "Simplesmente avanço por sobre a cancela sem qualquer problema. A cancela é de plástico sem causar nenhum problema para o carro".
E me dá mais uma explicação: "A cancela não é resistente pois a concessionária do pedágio não colocaria uma mais forte, pois qualquer dano a concessionária teria que arcar com prejuízo"
E diz mais: "Nesses casos há a facilidade do funcionário do guichê anotar a placa do carro e ai vez por outra tenho que comparecer ao posto da Polícia Rodoviária. Lá o que acontece é que eu levo uma mijada e fica tudopor isso mesmo. Não há multa, nada consta no Código de Trânsito"
Desde semana passada o jovem rapaz não precisa mais usar de esperteza e arttmanha. 
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário