segunda-feira, 29 de julho de 2013

Frio: sem banho, sem sexo, sem nada

Friagem massacrante, insuportável, intolerante. Faz frio, intenso frio que castiga. Essa gélida condição nos é transmitida pelo sistema sensorial, processo pelo qual somos informados da sensação térmica rigorosa entre zero ou abaixo dele, momento do corpo humano entrar em situação de emergência, ser acudido por qualquer coisa calorenta.
Época de rigoroso inverno. Inverno!
No hemisfério sul o inverno é chamado de austral que tem início com o solstício que ocorre em 21 de junho e termina com o equinócio da primavera em 21 de setembro.
Para quem não sabe e eu não sabia - fui pesquisar –, na astronomia solstício é o encontro em que o sol durante o seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude medida a partir do equador.
Equinócio é definido como o instante em que o sol em sua órbita aparente cruza o plano do equador celeste. Compreendido? Ao que parece nem tanto. Cultura inútil? Talvez.
Há uma certeza.  De acordo com os ditames da astronomia vamos aturar esse frio,
sentir por mais algum tempo aquela sensação de hibernação, estar quase em estado
letárgico e ao que tudo indica, até o final o final do mês de setembro.
O organismo humano sofre. O metabolismo é alterado, o frio exige do corpo humano
maior gasto energético. A sensação de frio é sentida na epiderme. A pele recebe menor
quantidade de sangue nos seus vasos externos.
A compensação para esse estado de coisas é ocasionada por arrepios, temores para
haver a possibilidade de geração de calor.  
Outros sintomas e correspondentes desconfortos são ocasionados pelo frio
como a respiração ofegante. Ainda há perturbação do aparelho urinário proporcionando
 vezes seguidas a vontade de fazer xixi, pelo simples fato do frio não eliminar liquido
 pelo suor, acumulando a função a bexiga.
Tem mais. O coração sofre com a queda da frequência cardíaca, com o aumento da
pressão arterial. O frio proporcionando mal-estar ao organismo humano.
Há quem afirme que o frio é psicológico. Bobagem tremenda. Psicologia vem de psique
palavra grega que significa alma. Então ao se falar que o frio é psicológico estamos
dizendo que o frio é psíquico, que ele vem da alma e não do corpo, ou alguém pode
comprovar que a alma tem frio.
Pode até haver fundamento no argumento, deduzir-se que o frio como o calor é
psicológico se o barômetro medindo a pressão atmosférica marca zero grau e
interpretando o número de forma literal, de modo expressivo, concluímos que não há
frio nem calor e assim somente uma sensação psicológica. Pode ser.
Convenhamos, sejamos realistas, deixando de lado bobagens em buscar explicações
sem nexo de uma discutível medição atmosférica quando se sabe que zero grau não tem
calor algum, mas significa frio, muito frio.
Frio. Roupa pesada, cueca, cuecão, pijama de lã, meias de flanela, calças também de
de lã, camisetas e camisetas, blusas de lã, mais blusas de lã, jaqueta de naylon revestida
com penas de aves, calçado de couro com solado duplo de borracha e vamos a luta para
enfrentar o frio.
Frio. E o necessário banho diário, a higiene corporal. Tem gente que se transforma em
Francês. Somente na base da perfumaria.
Frio. E o sexo como fazer. Ceroulão,camisetão, gorrão na cabeça e meias nos pés.
Difícil. Além do que sentir-se um iceberg, o frio é universal: tem o romantismo do
europeu, a preguiça do brasileiro e o pênis asiático. É o frio. E tem gente que gosta.   


          

  





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