Naquela segunda-feira e dias posteriores, durante aquela
semana e não faz muito tempo, por avenidas e ruas das principais cidades
brasileiras eclodiam megapasseatas de protestos, demonstração pública de
insatisfação, o comprovado desejo do povo procurando através de efeito
retumbância, com muito barulho e alarido, entre muitas coisas, chegar até os
governantes o respeito pelos direitos humanos, a igualdade verdadeira na justiça
social, o banimento da corrupção, a honestidade dos políticos. Pelo clamor
uníssono, pelo grito unissonante, se busca ressonância junto aos poderes
constituídos, que chegue aos ouvidos de políticos das instituições
governamentais.
Efervescência da população com milhares e milhares de
pessoas em praça pública. A força popular de refutação com êxito, com razões
alegadas aos desmandos governamentais, às mazelas de políticos. O princípio da revolução social na base do
berro, do grito, nem que fosse essa revolução puro simbolismo.
Televisões, rádios, com transmissões ao vivo retratando
detalhes dos acontecimentos.
As três grandes redes de canal aberto de televisão estavam
lá no cerne, no centro das contestações, menos uma, a maior de todas, Rede
Globo.
Pipocou nas redes sociais a insatisfação, o menosprezo da
emissora pelo momento cívico popular, em se abster de noticiar os fatos, ficar
alienada ao que se passava, abdicando da informação. Em Porto Alegre, do
virtual para a realidade. Manifestantes solidarizaram-se com os internautas
protestando em frente ao prédio da RBS filial da Rede Globo. Além disso, fora
do teatro das operações noticiosas, acionistas estrangeiros da Globopar,
holding que controla as Organizações Globo cobravam a ausência da emissora na
repercussão dos fatos e com isso a perda de audiência, conforme informou o site
Alerta Total. No momento das maiores manifestações, no ardor dos protestos a
Globo transmitia suas populares novelas, ópio do povo, e assim deliciavam-se sentimentais
senhoras com as aventuras amorosas de emoções exageradas, com descabidas afetações
românticas, tolices sentimentalistas. Homens babavam com as gostosas vestindo
sumárias e provocativas roupas, com as cenas ardorosas de quase sexo explicito
em pleno chamado horário nobre. Crianças na sala apreciando tudo sem entender a
união afetiva de dois homens, homossexualismo atualmente sendo explorado nos
folhetins como importante questão social, como outras questões: traições
amorosas, diferenças sociais entre ricos e pobres. Enquanto isso.
Enquanto isso lá fora, longe da poltrona reconfortante de
uma sala, o povo protestando, gente de sangue bom, de pleno e autêntico amor a
vida.
A pressão foi grande sobre
a poderosa e conhecida Venus Platinada. Não teve saída. Solução: colocar
na telinha Patrícia Poeta desde às três horas da tarde até às nove da noite sem
mensagens publicitárias principalmente dos seus patrocinadores naquele momento da
Copa das Confederações. Trouxeram até rapidamente de Fortaleza onde cobria a
Copa das Confederações o Wiliam Bonner para estar junto aos acontecimentos.
Desta feita quem não gostou foram as agências publicitárias
reclamando em nome de seus poderosos clientes de empresas pagadoras de altos
valores em cotas de patrocínio.
De fato são valores altos, respeitadíssimos. Para a Copa do
Mundo 2014 direitos de transmissão reservados e detentos da Rede Globo, a
emissora já apresentou ao mercado publicitário seu plano de cotas para as
transmissões e cobertura dos jogos da Copa.
Segundo o site Meio & Mensagem serão oferecidas oito
cotas de publicidade no valor tabelado de quase 180 milhões de reais (R$ 179,8
milhões) cada uma. Os parceiros da FIFA terão prioridade na compra das cotas,
quais sejam: Visa, Budweiser, Castrol, Johnson & Johnson, Oi, Adidas, McDonalds,
Coca-Cola, Hyunday-Kia, Sony e Emirates.
Em 30 dias de Copa a Globo pretende faturar mais de 1 bilhão de reais.
Que protesto, que nada!!! Plim, Plim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário