terça-feira, 23 de julho de 2013

Plim...Plim!!!

Naquela segunda-feira e dias posteriores, durante aquela semana e não faz muito tempo, por avenidas e ruas das principais cidades brasileiras eclodiam megapasseatas de protestos, demonstração pública de insatisfação, o comprovado desejo do povo procurando através de efeito retumbância, com muito barulho e alarido, entre muitas coisas, chegar até os governantes o respeito pelos direitos humanos, a igualdade verdadeira na justiça social, o banimento da corrupção, a honestidade dos políticos. Pelo clamor uníssono, pelo grito unissonante, se busca ressonância junto aos poderes constituídos, que chegue aos ouvidos de políticos das instituições governamentais.
Efervescência da população com milhares e milhares de pessoas em praça pública. A força popular de refutação com êxito, com razões alegadas aos desmandos governamentais, às mazelas de políticos.  O princípio da revolução social na base do berro, do grito, nem que fosse essa revolução puro simbolismo.
Televisões, rádios, com transmissões ao vivo retratando detalhes dos acontecimentos.
As três grandes redes de canal aberto de televisão estavam lá no cerne, no centro das contestações, menos uma, a maior de todas, Rede Globo.
Pipocou nas redes sociais a insatisfação, o menosprezo da emissora pelo momento cívico popular, em se abster de noticiar os fatos, ficar alienada ao que se passava, abdicando da informação. Em Porto Alegre, do virtual para a realidade. Manifestantes solidarizaram-se com os internautas protestando em frente ao prédio da RBS filial da Rede Globo. Além disso, fora do teatro das operações noticiosas, acionistas estrangeiros da Globopar, holding que controla as Organizações Globo cobravam a ausência da emissora na repercussão dos fatos e com isso a perda de audiência, conforme informou o site Alerta Total. No momento das maiores manifestações, no ardor dos protestos a Globo transmitia suas populares novelas, ópio do povo, e assim deliciavam-se sentimentais senhoras com as aventuras amorosas de emoções exageradas, com descabidas afetações românticas, tolices sentimentalistas. Homens babavam com as gostosas vestindo sumárias e provocativas roupas, com as cenas ardorosas de quase sexo explicito em pleno chamado horário nobre. Crianças na sala apreciando tudo sem entender a união afetiva de dois homens, homossexualismo atualmente sendo explorado nos folhetins como importante questão social, como outras questões: traições amorosas, diferenças sociais entre ricos e pobres. Enquanto isso.
Enquanto isso lá fora, longe da poltrona reconfortante de uma sala, o povo protestando, gente de sangue bom, de pleno e autêntico amor a vida.
A pressão foi grande sobre  a poderosa e conhecida Venus Platinada. Não teve saída. Solução: colocar na telinha Patrícia Poeta desde às três horas da tarde até às nove da noite sem mensagens publicitárias principalmente dos seus patrocinadores naquele momento da Copa das Confederações. Trouxeram até rapidamente de Fortaleza onde cobria a Copa das Confederações o Wiliam Bonner para estar junto aos acontecimentos.
Desta feita quem não gostou foram as agências publicitárias reclamando em nome de seus poderosos clientes de empresas pagadoras de altos valores em cotas de patrocínio.
De fato são valores altos, respeitadíssimos. Para a Copa do Mundo 2014 direitos de transmissão reservados e detentos da Rede Globo, a emissora já apresentou ao mercado publicitário seu plano de cotas para as transmissões e cobertura dos jogos da Copa.
Segundo o site Meio & Mensagem serão oferecidas oito cotas de publicidade no valor tabelado de quase 180 milhões de reais (R$ 179,8 milhões) cada uma. Os parceiros da FIFA terão prioridade na compra das cotas, quais sejam: Visa, Budweiser, Castrol, Johnson & Johnson, Oi, Adidas, McDonalds, Coca-Cola, Hyunday-Kia, Sony e Emirates.  Em 30 dias de Copa a Globo pretende faturar mais de 1 bilhão de reais.
Que protesto, que nada!!! Plim, Plim.  
                                                      


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