sábado, 17 de agosto de 2013

República Riograndense a pior no sul

Lastimável o atraso do Rio Grande do Sul. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) revela essa situação.  23 municípios gaúchos em 10 anos saíram do ranking do IDHM entre os 100 melhores. Decadência provada quando se verifica que em 2010 apenas 10 cidades estão entre as 100 melhores e que entre as 50 primeiras classificadas em 2010, somente uma ocupa esse espaço (Porto Alegre). Há 10anos eram 11. O Rio Grande do Sul no IDHM publicado, ano de 2000, estava na quinta posição no ranking nacional. Em 2010 caiu uma colocação, perdeu para o estado do Paraná.
Dessa forma os gaúchos posicionaram-se em sexto lugar, situação razoável, considerando-se que se situa à frente de 19 outras unidades federativas do país e que três forças poderosas, economicamente e politicamente, estão mais avançadas: Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Claro que o ideal é ser líder, alcançar o primeiro lugar, mas pelos argumentos propostos seria bem considerável um quarto lugar.
Não é razoável, nem considerável se colocar em posição inferior aos estados de Santa Catarina (terceiro colocado) e o Paraná ( quinto colocado).
Historicamente o Rio Grande do Sul sempre teve uma maior relevância no contexto  federativo nacional. Já não é assim. O Rio Grande estagnou, se atrasou, catarinenses e paranaenses evoluíram, progrediram e colocaram os gaúchos como habitantes do pior estado da Região Sul.
Os vizinhos de cima fizeram por merecer a evolução e o progresso.
Santa Catarina , no indicativo Longevidade do IDHM, com índices variando de 0,890 a 0,894, classificados de Muito Alto, tem 10 municípios nas 10 primeiras colocações. A sequencia dos primeiros 10 lugares só é quebrada pelo município Águas de São Pedro (SP), 11º lugar. Sucede-se mais dois municípios catarinenses, para então aparecer o primeiro município gaúcho no indicativo Longevidade, Nova Petropolis em 14º lugar, com índice de 0,890. Ainda com o domínio de Santa Catarina no interregno entre o 15º ao 17º lugar, surge em 18º lugar o município gaúcho de Ibiaçá (0.889), seguindo-se os demais municípios gaúchos como Estância Velha (0,887) em 21º, Alto Feliz (0.886) em 32º e Sede Nova em 39º lugar.
Como se observa, pelo indicativo Longevidade, somente cinco municípios gaúchos estão entre os 40 primeiros, indicativo que é dominado por catarinenses e paulistas.
Em relação ao mesmo indicativo, os gaúchos são bem superiores ao Paraná que tem somente um município entre os 100 primeiros do indicativo Longevidade.
No indicativo Renda a situação do Rio Grande do Sul é mais promissora. Coloca-se em quinto lugar com o indicativo de 0,769 e tem Porto Alegre com o índice de (0,867), classificado como Muito Alto em sexto lugar, atrás dos municípios de São Caetano do Sul (SP), 0,891, Niterói (RJ) 0,887,  Vitória (ES), Santana de Parnaiba (SP) ambos com 0,876 e Florianópolis (SC) 0,870 
Outros municípios gaúchos merecem destaque no indicativo Renda até a 40ª posição, classificados com o índice Muito Alto: Três Arroios 0,843 em 15º lugar; Nova Brescia 0,836 em 19º; Carlos Barbosa 0,835 em 22º; Garibaldi 0,825 em 24º; Ipiranga do Sul 0,818 em 31º; Caxias do Sul 0,812 em 33º e Bento Gonçalves 0,805 em 40º lugar.  
No indicativo Educação os números são medíocres no país e por consequência atinge o estado, indicativo que puxa para baixo a classificação do Brasil diante da ONU. O IDHM brasileiro é de 0,727, classificado como Alto, com o indicativo Longevidade em nível de Muito Alto (0,816), Renda (0,739) Alto, no Educação em nível médio (0,637)
O Rio Grande do Sul no indicativo Educação está em 8º lugar no país (0,642). O município com melhor classificação é Lagoa dos Três Cantos (0,754) em 31º lugar, único entre os 100 primeiros colocados. Em posições afastadas Casca  (0.733) na 103ª posição, Ivoti (0,729) em 124º lugar, Carlos Barbosa (0,724) em 143º lugar.


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