quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Corruptos

Político incompetente, salafrário, sem-vergonha, corrupto. Nos EUA famosos os casos  de corrupção ocorrida na cidade de Detroit envolvendo prefeito e no estado de Michigan, envolvendo governador.
Na Itália o famigerado Silvio Berlusconi, corrupto de fichinha comprometedora, foi expulso do Senado. Lá não tem esse negócio eufemismo, como cassação como no Brasil, lá é expulsão.
Corrupto por corrupto qual a diferença entre Silvio Berlusconi, José Dirceu e Paulo Maluf. A diferença é de que os dois primeiros foram julgados, condenados e cadeia. Maluf, líder maior da depravação corruptiva, continua soltinho tal e qual o passarinho em plena liberdade

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Me deixa em paz

Eu compreendo perfeitamente, faz parte do jogo do amor. Na vida da gente tudo sempre acaba até a própria vida. O amor não é diferente, não é eterno. Como tudo, um dia qualquer, está sujeito a chegar ao fim.
Comovidamente entendo quando você disse que já não me queria.
Tudo acabado entre nós, a partir do amor acabado. Você já não me queria.
Não há o que discutir. Tudo terminado. Você nem chorou, na sua espontaneidade amarga, até maldosa, porque decididamente tudo havia acabado.
Você foi embora, firme, sem qualquer ressentimento ou arrependimento, sem olhar para trás, nem que fosse de soslaio, com o canto do olho.
Impassível, foi embora. Em busca de outro amor. Afinal você já não me queria.
Você se foi, eu fiquei sozinho. Sem o teu amor, o amor perdido.
Solitário e sofrido fiquei me remoendo no meu âmago. Na profundeza do meu íntimo não aceitava a desilusão de um amor perdido.
Fiquei perdido na penumbra amorosa, os raios luminosos do amor desaparecera.
Decepcionado e desiludido, fiquei. Ficaram também somente as lembranças.
A foto que está no mesmo lugar, agora, mais do que nunca idolatrada,com o seu sorriso aberto, magnificamente lindo, é a eterna recordação.
Da felicidade à saudade. Fui amado, deixei de ser amado.
Resignado estava tentando me acostumar com a desventura amorosa, com a sua ausência. Estava assimilando e me fazer compreender com o bem passado perdido, lindo e suave, embora triste.
De repente, quando de fato o passado era o tempo decorrido, você aparece, surge por detrás da cortina das recordações, quando quase tudo estava esquecido.
Me procura. Não devia me procurar, jamais. Fez isso, por quê?  
Para endemoninhar minha vida, satirizar minha pessoa, ironizar, zombar de uma paixão perdida?  Maldosa, se trata de uma perfídia?
Você não pode ser tão cruel amaldiçoando alguém.
Se você não me queria, não devia me procurar.
Não devia me iludir, me causar a sensação do logro amoroso, enganar meus sentimentos, equivocar um sentido sincero, o que agora se afigura como falso.
Não devia deixar me apaixonar. Me entusiasmar de novo com o seu amor, um novo amor impossível. Não deveria exaltar esquecidos sentimentos.
Despertar o sentimento feliz e profundo do amor e que paradoxalmente que agora pode se tornar em uma paixão odiosa.
Agora evitar essa dor é impossível. A dor, essa sensação desagradável, o desconforto destrutivo ao termino de uma relação. A dor dilacerante da separação, da rejeição, do amor magoado, do sofrimento moral.
Entenda que evitar essa dor é impossível.
Compreenda muito mais que evitar essa dor decorrente de um falido amor é muito mais que uma possibilidade. Seria impraticável e insuportável, algo como uma extravagância.
Você não me queria, mas de forma incompreensível me procurou.
Não devia me deixar iludir, me apaixonar. Não me querer e ainda assim me procurar. Para que isso? Essa dor poderia ser evitada, evitando esse amor.
Muito mais que tudo isso você acabou arruinando a minha vida.
A agora por favor, desconsolado, peço: me deixa em paz.
                                                     *** ***
Esse texto foi baseado no bonito samba do genial compositor Monsueto, Me deixa em paz.

   










sexta-feira, 15 de novembro de 2013

15 de novembro: amores, magoas, vingança

O primeiro golpe militar ao governo ocorreu no processo histórico da Proclamação da República, cujo desenvolvimento ocasionou o fim do regime monárquico brasileiro e por conseqüência a ascensão da ordem republicana o que oportunizou as mais diversas transformações sentidas pela chegada dos militares ao poder.
 A proclamação da República na verdade foi um levante político-militar provocado por uma série de acontecimentos antecedentes por parte do regime imperialista, evidenciados pela Igreja Católica que não desejava que o imperador se envolvesse em questões religiosas, pelos militares do Exercito que não sentiam reconhecidos recebendo baixos soldos, os donos de terra que queriam poderes políticos e não havia oportunidades,  artistas, intelectuais, profissionais liberais como advogados, jornalistas, médicos que almejavam ter voz no governo. A monarquia nada disso lhes oferecia.
Esse conjunto de dissabores, o descontentamento coletivo, inculcava na população em geral, mas especialmente entre os militares, o propósito de uma participação maior do povo com um governo notadamente aberto e certamente isso viria pela mudança de regime com a proclamação da República.
República. Palavra originada do latim, derivada de “res” e “pública” significando coisa do povo, causa pública e decididamente por princípio, contra as ideias monárquicas.
A República da Roma antiga, princípio de política, de governo, nos primórdios do império romano, do poder público, diferentemente do império tupiniquim.
Assim, com todo o interesse popular de participação, se instaurou a forma republicana federativa presidencialista, nome pomposo, para se dizer que foi derrubada a monarquia constitucional parlamentarista do império do Brasil, outra nomenclatura magnificente.
Em 15 de novembro de 1889 o monarquista, contrariado, apoquentado e adoentado marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República.
Nas clássicas representações do golpe militar que marcou o fim da monarquia no Brasil e o início do período republicano a imagem do marechal Deodoro da Fonseca, erguendo seu quepe na mão direita, montado em fogoso cavalo e cheio de glórias gritando “Viva a República” é a que prevalece.
Entretanto, Deodoro cambaleante, ao contrário das figuras épicas, de heróicas imagens eqüestres (uma delas na Praça Paris no Rio), na ocasião montava com dificuldade um animal de segunda categoria, lerdo e fraco, alguns afirmam que até mancava.
A Proclamação da República, tal e qual o episódio da Independência do Brasil, a história vem acompanhada de fatos bizarros, de acontecimentos pitorescos, da irreverência e hilaridade.
No livro 1889, cujo subtítulo é longo e curioso, “Como um imperador cansado, um marechal vaidoso, um professor injustiçado, contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil” (em tempo: Imperador claro D. Pedro II, o marechal Deodoro e o professor injustiçado é Benjamim Constant, professor de matemática) de Laurentino Gomes, é narrado um fato saboroso.
Pela manhã do dia 15 Deodoro destituiu o gabinete chefiado pelo Visconde de Ouro Preto, seu adversário político.  Porém ao longo do dia o marechal parecia relutante em proclamar a República, mas mudou de opinião, sentiu firmeza, quando descobriu que D.Pedro II nomeara o senador Silveira Martins como novo chefe de gabinete.
Ora, anos antes, quando governava o Rio Grande do Sul, Deodoro perdera para seu rival Silveira Martins o amor, a paixão da baronesa de Triunfo, uma linda viúva.
A partir daí surgiu uma forte rivalidade que duraria durante a vida dos dois personagens e quem diria - pode ser - rivalidade que levaria a queda da monarquia.
A República proclamada por Deodoro (Dodo para os íntimos) pode se deduzir que aconteceu por algum dos motivos ou os quatro juntos: magoa e vingança amorosa, ciúme, um romance frustrado ou uma paixão não correspondida.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Jovens

Jovens de outrora, de outros tempos, jovens de agora, de tempos atuais.
Jovens de antanho, de um tempo muito distante, de determinada época, como no tempo dos bondes, dos carrões importados (cadilac, odmosbile, buick), dos sucessos musicais, dos grandes astros do cinema de Holliwood, do início das novelas da Globo, da música internacional dos Beatles e na mpb a bossa nova, os sucessos de Caetano, Gil e Chico Buarque de Holanda.
Jovens daquela época, de épocas anteriores longínquas e posteriores dos anos 80 e 90. Jovens de hoje da espetacular inovação, da modernidade, da internet, do telefone celular, do ipad, tablet, smartphone e congêneres, jovens dos astros da música pop, do sertanejo universitário, do funk e do rap.
Existem diferenças entre esses jovens de cada época, pelo jeito de ser, pelo mundo de cada de tempo distintos? Depende. Pode ser.
Pela modernidade, pela liberdade próxima da libertinagem, pelo desregramento de costumes - hoje há os Black Blocs - certamente, sem dúvida, sim, há diferenças.
Para os jovens de antigamente e os contemporâneos, normais, cônscios e responsáveis, inexistente diversidade, não há o que diferir. Nesse caso, diferentes não.
Há jovens em todos os tempos de comportamento crítico,  da incúria, do desleixo, de chutar a vida de modo fútil, como dar um pontapé em algum objeto na calçada, sem motivo, de esgueira, mas feliz vida como se o amanhã não existisse.
Época do jovem, simplesmente por ser jovem, desajustado, errado, de pensamento contrário as regras, descompassado com a ordem natural das coisas, mas assim mesmo autoconfiante e convencido de que está unicamente acertado, contra todos, contra tudo, num compasso diferente à razão, ao razoável, ao decididamente exato, ao verdadeiro. Tempo todo do jovem alienado que tenta colocar pinos redondos em buracos quadrados, do jovem da indisciplina na vida, buscando caminhos desvirtuados em todas as direções, sem medo das frustrações porque nem sabe, não tem consciência do que é enganar a si mesmo. Jovem do jeito pueril, da ingenuidade quase infantil.
Predomina unicamente o fascínio pela vida, a vida vivida sem tormentos, despreocupadamente, sem compromissos, sem acreditar na inevitabilidade do destino.
O passado é recente, inexpressivo. O futuro nem pensar. O presente, esse sim, para ser vivido com muita intensidade.
Vista pelos jovens a vida é um futuro importante longo; vista pelos velhos um passado muito breve. Palavras filosóficas de Schopenhauer.
Deve ser assim o pensamento do jovem com o destino de logo ali adiante no tempo ser um velho. A vida do jovem autenticamente sem mistérios, nada há para esconder.
 Dos amores impossíveis conquistados e dos possíveis abandonados. Os amores conseguidos pela persuasão amorosa, perdidos sem razão, sem ressentimentos, na amargura ou na saudade. Rápido o jovem esquece, a ingratidão desaparece.
Por um amor perdido acha-se outro. A lógica amorosa do jovem nem sempre é frugal. Volúvel e leviana por natureza, assim ela é.

E a vida continua. Jovens que um dia serão velhos, na ordem natural da vida.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Todos os Santos

O ser humano religioso, de fé, da crença, da absoluta adesão do espírito naquilo que crê, da convicção das práticas sagradas, da existência de Deus, do culto e devoção aos santos, jamais se sentirá desamparado dos bens-aventurados, dos veneráveis, puros e imaculados. No momento em que precisar buscar o consolo, o refúgio, para que a vida seja mais significativa e completa, na desgraça, na tristeza, na morte, na alegria, na gratidão, por ação de graças, na vida sempre haverá um santo para suplicar ou agradecer. No catolicismo entre santos e beatos são mais de 10 mil, na igreja ortodoxa, são outros tantos canonizados. Portanto o que não falta são santidades para serem
oradas e veneradas, servirem de padroeiros e protetores no mundo cristão.
Para tanto santo, a Igreja católica criou o dia de Todos os Santos, para a celebração e veneração em honra a todos os santos (santos assim denominados cujos nomes começam com vogais como Santo Antonio) e também os “sãos” (santos denominados com o prefixo são, cujos nomes iniciam com consoantes, como São Paulo)   
Existe nome de santos muito esquisitos como uma inglesa denominada Santa Walburga. Ainda com a letra W são outros diversos nomes excêntricos como São Wolfgang de Ratisbona (alemão), São Willibrord (holandês).
Euplúsio, de nome diferente foi um mártir e santo da Igreja católica.
O turco, também mártir e santo de nome estranho é São Tarásio.
Os ingleses, Eduardo o Mártir e Eduardo o Confessor foram mártires e são santos.
Catarinas são quatro santas: a francesa Catarina Laboure, duas italianas  Catarina de Bolonha e Catarina de Sena e a egípcia Catarina de Alexandria.
Santos como “vicentes” são quatro: o francês São Vicente de Paula,o italiano São Vicente Pallotti e os espanhóis São Vicente de Saragoça e São Vicente Ferrer.
Há dois santos “tiagos” e para diferenciar um do outro, Tiago Menor e o Tiago Maior. Tomás, como santos são três: São Tomas de Aquino, Tomás Becket, Tomás More.
São Raimundo Nonato, parece nome de santo cearense, mas nasceu na Catalunha.
Perpetua e Felicidade, duas santas, martirizadas por decapitação.
Paulo de Tarso, nome comum principalmente entre intelectuais, ou o apostolo Paulo, ou Saulo de Tarso ou simplesmente São Paulo, foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo e um proeminente líder.
Entre os 264 papas legitimamente escolhidos 78 foram santificados, 10 beatificados. Entre muitos papas, foram santos Vitaliano, Sotero, Siricio, Sérgio I e até Simplicio.
Tornaram-se santos três papas “sixtos”, Sixto I, II, III, quatro “leões”, Leão I (o Grande), II, IV e o papa Leão IX. Canonizados foram também quatro “gregórios”, Gregório I, II, III, VII, como também quatro “felixs”, Felix I, II, III e IV.  
Dia 6 de agosto é dia Santo Hormidas, nome diferente para quem um dia foi papa.
Para o Brasil, maior nação católica do mundo há somente dois santos, na verdade uma italiana e um de fato brasileiro. Santa Paulina de Coração Agonizante de Jesus, ou madre Paulina é nativa da Itália, mas considerada santa brasileira, por ter vivido e morrido no Brasil. Santo Antonio de Sant´Ana Galvão (Frei Galvão) é paulista de Guaratinquetá. Além dos dois santos há 10 beatos.
Em todo mundo Dia de Todos os Santos. No Brasil escassamente e diminutamente, caberia Dia de Dois Santos.
                                                     



domingo, 3 de novembro de 2013

Santinha do pau oco

A expressão é antiga, faz parte do jeito jocoso e tradicional de uma maneira popular de falar, utilizada para designar as pessoas dissimuladas, expressão cuja origem é derivada de aspectos históricos, que se baseia e se desenvolve através de duas narrações de épocas distintas e diferenciadas: o santo ou a santinha do pau oco.
A manifestação de duplo sentido nos remete, no histórico, aos séculos XVIII e XIX quando os contrabandistas de ouro em pó, moedas, pedras preciosas, utilizavam estátuas de santos ou santinhas ocas por dentro. Na verdade usavam mais comumente estatuetas para não chamar a atenção, pequenas figuras em relevo, a maioria santinhas, uma infinidade das mais diversas “nossas senhoras”.
 A pequena estátua da inocente santinha era recheada com preciosidades roubadas e enviadas para Portugal, para enriquecimento ilícito dos nossos patrícios além-mar.
O outro episódio, com mais conteúdo de santa falsidade, envolve a escravidão.
Antigamente os escravos fingiam ser cristãos e viviam adorando imagens de santos, mas na verdade imagens espertamente ocas e com isso aproveitando-se da falsa religiosidade, preenchiam aqueles espaços vazios com ouro roubado.
Assim, por isso, em correlação as histórias narradas, pelos fatos pitorescos da enganação contados, pela esperteza em proveito da desonestidade, da afanação e roubo de riquezas, foi criada a expressão: santo ou santinha do pau oco.
A locução passou então a se referir, evidentemente com sentido figurado, a pessoa que se faz de boazinha para enganar outras pessoas, o sujeito que finge uma coisa, na realidade é outra.
No presente caso aqui tratado, a santinha do pau oco, é a dona Marina Silva, porque politicamente, por sua postura anterior comparada a recente atitude, enganou muitas pessoas, milhões de eleitores seus, enfim, talvez fingisse uma coisa no passado e agora no presente se apresenta com outra realidade.
Marina frustrou-se quando a Justiça eleitoral negou o direito de fundar seu partido que seria sua imagem e semelhança, verossímil a decência partidária, do discurso da pureza ética, da transparência autêntica dos atos e fatos da política partidária.
Seu idealismo não teve a paciência da espera por uma nova oportunidade de criar seu Rede de Sustentabilidade. Dissimulada, desmitificou a personalidade política da legitimidade e decência, foi contrária aos métodos que sempre condenou da velha política, deixou de lado seu pragmatismo.
Por imediatismo ou vingança renegou seus princípios, negaceou preceitos morais da política ética e decente a que se propunha e numa primeira oportunidade filiou-se a uma agremiação política, não confinada ao seu idealismo, mas importante oportunamente para uma satisfação imediata e vingativa.
Entrou para um partido (PSB), que tem o apoio da elite dos produtores rurais como demonstra seu líder, deputado federal pelo DEM na Câmara Federal. Naturalmente vai de encontro a uma fervorosa defensora do meio ambiente.
Marina, uma das fundadoras do PT, representante autêntica dos excluídos está agora num partido ao lado da conservadora, reacionária, elitista família catarinense Bornhausen, sustentáculo civil do golpe militar de 1964.
Marina agora, desmitificada, evangélica, obviamente terá apoio daquele deputado homófobico e também evangélico.
Marina brigou com o seu antigo partido (PV), por não ter gostado do partido negociar troca de cargos e verbas em governos. Quem diria e agora no PSB que há muito negociou cargos e verbas nos governos do PT de Lula e Dilma.
Santinha do pau oco.