terça-feira, 12 de novembro de 2013

Jovens

Jovens de outrora, de outros tempos, jovens de agora, de tempos atuais.
Jovens de antanho, de um tempo muito distante, de determinada época, como no tempo dos bondes, dos carrões importados (cadilac, odmosbile, buick), dos sucessos musicais, dos grandes astros do cinema de Holliwood, do início das novelas da Globo, da música internacional dos Beatles e na mpb a bossa nova, os sucessos de Caetano, Gil e Chico Buarque de Holanda.
Jovens daquela época, de épocas anteriores longínquas e posteriores dos anos 80 e 90. Jovens de hoje da espetacular inovação, da modernidade, da internet, do telefone celular, do ipad, tablet, smartphone e congêneres, jovens dos astros da música pop, do sertanejo universitário, do funk e do rap.
Existem diferenças entre esses jovens de cada época, pelo jeito de ser, pelo mundo de cada de tempo distintos? Depende. Pode ser.
Pela modernidade, pela liberdade próxima da libertinagem, pelo desregramento de costumes - hoje há os Black Blocs - certamente, sem dúvida, sim, há diferenças.
Para os jovens de antigamente e os contemporâneos, normais, cônscios e responsáveis, inexistente diversidade, não há o que diferir. Nesse caso, diferentes não.
Há jovens em todos os tempos de comportamento crítico,  da incúria, do desleixo, de chutar a vida de modo fútil, como dar um pontapé em algum objeto na calçada, sem motivo, de esgueira, mas feliz vida como se o amanhã não existisse.
Época do jovem, simplesmente por ser jovem, desajustado, errado, de pensamento contrário as regras, descompassado com a ordem natural das coisas, mas assim mesmo autoconfiante e convencido de que está unicamente acertado, contra todos, contra tudo, num compasso diferente à razão, ao razoável, ao decididamente exato, ao verdadeiro. Tempo todo do jovem alienado que tenta colocar pinos redondos em buracos quadrados, do jovem da indisciplina na vida, buscando caminhos desvirtuados em todas as direções, sem medo das frustrações porque nem sabe, não tem consciência do que é enganar a si mesmo. Jovem do jeito pueril, da ingenuidade quase infantil.
Predomina unicamente o fascínio pela vida, a vida vivida sem tormentos, despreocupadamente, sem compromissos, sem acreditar na inevitabilidade do destino.
O passado é recente, inexpressivo. O futuro nem pensar. O presente, esse sim, para ser vivido com muita intensidade.
Vista pelos jovens a vida é um futuro importante longo; vista pelos velhos um passado muito breve. Palavras filosóficas de Schopenhauer.
Deve ser assim o pensamento do jovem com o destino de logo ali adiante no tempo ser um velho. A vida do jovem autenticamente sem mistérios, nada há para esconder.
 Dos amores impossíveis conquistados e dos possíveis abandonados. Os amores conseguidos pela persuasão amorosa, perdidos sem razão, sem ressentimentos, na amargura ou na saudade. Rápido o jovem esquece, a ingratidão desaparece.
Por um amor perdido acha-se outro. A lógica amorosa do jovem nem sempre é frugal. Volúvel e leviana por natureza, assim ela é.

E a vida continua. Jovens que um dia serão velhos, na ordem natural da vida.

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