Jovens de outrora, de outros tempos, jovens de agora, de
tempos atuais.
Jovens de antanho, de um tempo muito distante, de
determinada época, como no tempo dos bondes, dos carrões importados (cadilac, odmosbile,
buick), dos sucessos musicais, dos grandes astros do cinema de Holliwood, do início
das novelas da Globo, da música internacional dos Beatles e na mpb a bossa
nova, os sucessos de Caetano, Gil e Chico Buarque de Holanda.
Jovens daquela época, de épocas anteriores longínquas e posteriores
dos anos 80 e 90. Jovens de hoje da espetacular inovação, da modernidade, da
internet, do telefone celular, do ipad, tablet, smartphone e congêneres, jovens
dos astros da música pop, do sertanejo universitário, do funk e do rap.
Existem diferenças entre esses jovens de cada época, pelo
jeito de ser, pelo mundo de cada de tempo distintos? Depende. Pode ser.
Pela modernidade, pela liberdade próxima da libertinagem,
pelo desregramento de costumes - hoje há os Black Blocs - certamente, sem
dúvida, sim, há diferenças.
Para os jovens de antigamente e os contemporâneos, normais,
cônscios e responsáveis, inexistente diversidade, não há o que diferir. Nesse
caso, diferentes não.
Há jovens em todos os tempos de comportamento crítico, da incúria, do desleixo, de chutar a vida de
modo fútil, como dar um pontapé em algum objeto na calçada, sem motivo, de
esgueira, mas feliz vida como se o amanhã não existisse.
Época do jovem, simplesmente por ser jovem, desajustado,
errado, de pensamento contrário as regras, descompassado com a ordem natural
das coisas, mas assim mesmo autoconfiante e convencido de que está unicamente
acertado, contra todos, contra tudo, num compasso diferente à razão, ao
razoável, ao decididamente exato, ao verdadeiro. Tempo todo do jovem alienado
que tenta colocar pinos redondos em buracos quadrados, do jovem da indisciplina
na vida, buscando caminhos desvirtuados em todas as direções, sem medo das
frustrações porque nem sabe, não tem consciência do que é enganar a si mesmo.
Jovem do jeito pueril, da ingenuidade quase infantil.
Predomina unicamente o fascínio pela vida, a vida vivida sem
tormentos, despreocupadamente, sem compromissos, sem acreditar na
inevitabilidade do destino.
O passado é recente, inexpressivo. O futuro nem pensar. O
presente, esse sim, para ser vivido com muita intensidade.
Vista pelos jovens a vida é um futuro importante longo;
vista pelos velhos um passado muito breve. Palavras filosóficas de
Schopenhauer.
Deve ser assim o pensamento do jovem com o destino de logo
ali adiante no tempo ser um velho. A vida do jovem autenticamente sem
mistérios, nada há para esconder.
Dos amores
impossíveis conquistados e dos possíveis abandonados. Os amores conseguidos
pela persuasão amorosa, perdidos sem razão, sem ressentimentos, na amargura ou na
saudade. Rápido o jovem esquece, a ingratidão desaparece.
Por um amor perdido acha-se outro. A lógica amorosa do jovem
nem sempre é frugal. Volúvel e leviana por natureza, assim ela é.
E a vida continua. Jovens que um dia serão velhos, na ordem
natural da vida.
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