O jogo
transcorre normalmente. O jogador Daniel Alves da equipe do Barcelona vai
realizar a cobrança de um escanteio. Prepara-se. Repentinamente é atirada da
arquibancada, de entre o público uma banana. O indivíduo arremessou o fruto da
bananeira por acreditar que Daniel trata-se de um jogador sem energia, um
palerma, ou pejorativamente “um banana”.
Quem sabe jogou a pseudobaga simplesmente por sacanagem. Porém há uma
questão mais grave, o preconceito racial. Nessa situação especifica existe a
possibilidade de que a infâmia praticada, a ação de racismo ocorrida, o que
ocasionou a reação de Daniel Alves, comendo a banana, se faz desconfiar de uma
cena preparada.
Para muitos,
comer aquela banana foi uma tirada sensacional, atitude irônica, o instinto espirituoso,
o gesto de espontaneidade engraçado.
Mas a atitude
incontinente, a reação que mostrou uma capacidade enorme de presença de
espírito, a genialidade do raciocínio rápido e por tudo isso pode se colocar
uma ponta de desconfiança, quando se tem conhecimento de que 15 dias antes do
ocorrido já havia uma campanha publicitária preparada: #somos todos macacos.
Coincidentemente
ou não, logo após o jogo, à noite, a campanha foi inserida na programação da
televisão, nas redes sociais. Se alguém preparado atirou a banana, se Daniel
preparado comeu a banana, toda aquela ironia, irreverência e espontaneidade,
virou uma farsa.
Aliás, não é
à toa que a torcida do Barcelona faz atualmente restrições a Daniel Alves, por
sua presença na televisão como estrela do comercial.
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Segundo a
Teoria da Evolução de Charles Darwin o homem descende do macaco. Pronto,
somente isso, a teoria. Entre ser descendente de macaco ou ser um macaco há
profundas diferenças. Seja lá quem for não me interessa quem se assume como
macaco. Decididamente eu não sou. Símios uma coisa, eu completamente diferente,
geneticamente sou um ser humano.
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O Partido
Progressista (PP) de Minas Gerais que lançar Jair Bolsonaro, deputado federal
(RJ), capitão do exercito reformado, da direita reacionária, homofóbico, sexista, de preconceito racial, contrário as
cotas raciais, defensor da tortura, com todo esse amedrontador curriculum
ideológico, candidato à presidência da República.
A senadora
Ana Amélia, também do PP, já decidida como candidata ao governo do Estado, tem
também as mesmas propensões doutrinárias políticas do seu colega Bolsonaro ao
menos em termos de um regime ditatorial. Segundo o senador Pedro Simon, Ana
Amélia e seu partido (PP) de ligações com a ditadura civil-militar imposta no
país pelo golpe de 64 que destituiu a constitucionalidade do governo João
Goulart.
Por esses
princípios conservadores reacionários à liberdade, aos direitos humanos, o
candidato a vice-governador no Estado poderia ser o deputado Heinze (PP), a
partir de seu discurso que “índios, quilombolas e gays representam tudo o que
não presta”.
Bolsonaro,
Ana Amélia e Heinze, que trio. Ahh... ainda tem o Maluf.
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O cidadão
Luiz Felipe Scolari, homem público, treinador da seleção brasileira, amigo de
Caravaggio, do Pompéia e das Tintas Coral, tem todo o direito de rejeitar uma
entrevista desde que faça com bons modos ou, simplesmente fique calado.
No entanto
repudiar uma entrevista com ofensa, xingamento, expressão chula, palavras de
baixo calão (“vai tomar...”) constrange o repórter em sua função profissional jornalística.
O pior para o carola, o papa-hostia Felipão: palavrão defronte a santa, além de
ato mal-educado, é um pecado, que seja venial, mas é um pecado.
Uma pergunta
é pertinente: se fosse o repórter Tino Marcos da Rede Globo a reação estúpida, grosseira,
ignorante de Felipão aconteceria?
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Copa do
Mundo, Felipão. Dona Dilma despencando nas pesquisas. Se manifestações
ocorrerem, bandidos da Maré em ação, baderna, time brasileiro nem classificado
na fase de quartas de final, os Black Blocs com arruaças nas ruas. Dona Dilma
mais do que nunca afunda nas pesquisas, a vaca vai para o brejo. É tudo que
desejam e torcem o PSDB do Aécio e o PSB do Eduardo.
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