domingo, 27 de julho de 2014

Dilma console-se: até defunto é vaiado

Já foi dito: o efeito das vaias, seus motivos, suas conseqüências. Ratificando. Trata-se. Trata-se do instrumento para revelar desagrado com uma pessoa, sinaliza ao desgosto com alguma coisa. É aquele “UUU!” ecoado de maneira prolongada. É a maneira de manifestar desaprovação com algum ato político, esportivo, artístico e etc.
Enfim, a vaia é a expressão pública, coletiva e democrática, de sentimentos e opiniões. É o exercício do legítimo direito de discordância ou crítica em relação a algo ou alguém. Em alguns momentos ela pode ser insolente, desrespeitosa em demasia, até mesmo atrevida e mais que isso, ofensiva. Em alguma outra ocasião ela pode ser caluniosa, injusta e injuriosa. E então ela esta fora do conceito, errada e improcedente.
Existe a vaia desrespeitosa, aquela em que um orador tenta fazer seu pronunciamento, mas é tolhido pelo incessante grito formado pelos “us”.
A vaia se desqualifica quando ela é ultrajante, maldosa e afronta principalmente a memória de alguém. Jogo no Mineirão, semana passada, entre Cruzeiro X Vitória, instantes antes do início da partida é anunciado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao ex-árbitro Armando Marques. Pois bem. A torcida cruzeirense uníssona vaiava e gritava ladrão. Isso tudo em razão de que, no longínquo ano de 1974. Armando apitando um jogo decisivo pelo campeonato brasileiro entre Cruzeiro x Vasco no Maracanã visivelmente prejudicou o time mineiro anulando um gol do Cruzeiro de maneira errada, o que lhe tirou o título de campeão.
Nelson Rodrigues dizia que o torcedor no estádio vaia até minuto de silêncio. Pode ser. Mas vaiar um defunto é demais.
Rock in Rio foi local para monumentais vaias. Em muitos espetáculos, o público presente, aficionado e delirante admirador do rock internacional, não se cansou de vaiar estrepitosamente nomes nacionais artísticos como Erasmo Carlos, Lobão, Carlinhos Brown e até a Claudia Leite.
Vaia memorável e estrondeante ocorreu em 1968, III Festival Internacional da Canção. Ao seu final é anunciada a música vencedora, Sabiá de Chico Buarque e Tom Jobim e de imediato o imensurável apupo, isso porque, a canção preferida de todo o público, de sucesso imediato, foi aquela que ficou em segundo lugar, “Para não dizer que falei das flores” de Geraldo Vandré.
A presidenta Dilma nesse ano foi vaiada em dois momentos no evento da Copa do Mundo (na abertura e encerramento, no Itaquerão e Maracanã, respectivamente). A vaia é pública e democrática confirma-se, mas em certos momentos deve ser evitada, principalmente para com uma presidenta legalmente e democraticamente eleita, mais que isso uma mulher.
A vaia surgiu acompanhada de um palavreado indecente, obsceno e vulgar, que exibido pela televisão em centenas de países se tornou uma vergonha nacional. Dessa forma a vaia é considerada um ato grosseiro e vexatório, de cretina e imbecil hostilidade, por uma grande parte das culturas, pelos povos civilizados. Ocorreram mais vaias, não tão somente além das grosseiras, vexatórias, cretinas e imbecis, como aquela de característica pela incivilidade e a outra de predicado xenófobo.
Hino Nacional Brasileiro, conforme determinação da FIFA, por ser longo é executado somente em sua primeira parte. Em alguns estados brasileiros, conforme exigência da lei (em qualquer competição oficial é obrigatório a execução do Hino Nacional), acontece o mesmo e como já é habito, os torcedores continuam o hino em sua segunda parte na base da “capela” (o hino cantado sem acompanhamento instrumental). Pois bem. Com o Hino Nacional do Chile, acontece o mesmo, porém, no jogo entre Brasil X Chile, no momento em que chilenos continuaram o hino na base da “capela”, o momento de incivilidade, a falta de moral cívica, a vaia desaforada dos torcedores brasileiros. Coisa feia. 
O brasileiro Diego Costa naturalizou-se espanhol e dessa maneira adquiriu a condição de jogar pela seleção da Espanha, o que aconteceu. Em determinado jogo Diego foi substituído e na saída do campo recebeu homérica vaia da torcida brasileira como se ele fosse um traidor, um expatriado, um apátrida. Xenofobia autêntica.
 Vaias desse tipo só poderia ser prática de uma ralé, da massa ignara. No entanto, nos dois estádios, os torcedores eram representantes da classe média alta (ingressos a de 200 a 900 dólares), ricaços do rico interior de São Paulo, conservadores, eleitores da oposição, do PSDB, enfim a classe da elite branca.
Como está inserido no texto acima até defunto é vaiado (Armando Marques). Na Grécia Antiga, há 100 anos a.C., era costume vaiar ou aplaudir as execuções de criminosos ou traidores do Estado, como uma demonstração ou não a condenação. A vaia também tem seus abomináveis e tétricos exageros.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Não chores por mim ...Argentina

Imaginação livre, solta. Ficção pura. Inventemos que a taça da Copa do Mundo, fosse um ser humano, de existência real, feminina, linda em sua formosura, bela por seu brilhante dourado, desejo profundo de posse, importantíssima pelo seu significado no mundo esportivo. Ela como rainha do universo, representando o galardão máximo a ser alcançado, troféu do futebol almejado por nações. Prêmio que um brasileiro afirmou que iríamos ganhar e que outro disse que já estávamos com uma das mãos em sua posse (tolas, fantasiosas e exageradas pretensões) e que os argentinos realmente estiveram pertinho em conquistá-la. Pois bem argentinos. A Copa, não que ela seja volúvel, leviana, frívola, mas como mulher na nossa imaginação, somente iria para as mãos fortes, para o talento, para a conquista de verdadeiros e merecidos campeões.
Por isso a Copa, ser feminino, linda e bela, poderia cantar, plagiando o espetáculo teatral musical dramático bibliográfico Evita (como se ela a Copa fosse a própria Evita), “Não chores por mim Argentina”.
Foi um abalo profundo para os argentinos. Perder a Copa do Mundo uma comoção generalizada argentina. Além, por si só, do alto significado da conquista, foi perdê-la em terra brasileira e com isso o final da zombaria, da zoeira, da gozação para cima dos brasileiros, a partir daquela musiquinha incômoda, chata e imbecil: “ Brasil decime que se siente...”. Felizmente por muito tempo ficarão com a boca fechada.
Uma perda de tão grande valor e mais um episódio dramático na vida argentina. A Argentina é um tango, uma música nada alegre, muito ao contrário. De uma musicalidade melancólica e dramática, mescla paixão, sexualidade e agressivo ( na dança se observa o machismo, o domínio do homem sobre a mulher), profundamente triste, extasiante, arrebatador como lamento, como a própria vida dos argentinos.
A Argentina vez por outra convive com profundas crises, seja ela política, econômica ou social. Agora, duas crises são bem atuais: na economia, com a divida externa e o pagamento urgente de bilhões de dólares aos que eles chamam de “abutres” e na esfera esportiva, a perda da Copa do Mundo.
E é por essas e outras, que os argentinos se encontram com o seu amor masoquista e talvez por isso a Argentina é o país que tem a maior quantidade de psicólogos: 1 para cada 649 habitantes. Na América Latina a média é de 65 psicólogos a cada 100 mil habitantes. Assim é que no cotidiano argentino se segue culturalmente e de forma terapêutica a interpretação do pensamento de Freud e dizem até que ele é argentino.
Na Argentina repensar e rever o passado é vital para prever o horizonte, como por exemplo, ganhar uma Copa do Mundo no futuro. De fato os argentinos têm uma relação de amor com a psicanálise. Verdadeira fascinação cultural. Engana-se que a psicologia na Argentina é modismo de ricos. Nas camadas mais populares é comum encontra-se a busca para um tratamento terapêutico, um analista. 32% por cento dos argentinos, numa população de um pouco mais de 40 milhões de habitantes, ou seja, quase 13 milhões, regularmente realizam tratamento psicológico. Para se ter uma ideia dessa cultura psicológica e como retrato convincente a Tv argentina apresentou uma série dramática chamada “Trata-me bem” – o nome já sugestivo – baseada nas agruras de um casal. Marido e mulher cada um tem seu psicólogo. Diante de uma crise de meia-idade, os dois tomam uma decisão importante: consultar um terceiro analista para que juntos possam fazer outra terapia, a de casal.
Por tudo isso nós todos choramos por ti Argentina.  
                                                           *** ***


    

quinta-feira, 17 de julho de 2014

O pagodão do Felipão - Seleção musical

01. O Barraco Desabou – Jorge Aragão
02. Vacilão – Zeca Pagodinho
03. Logo Agora – Jorge Aragão
04. Bagaço da Laranja – Zeca Pagodinho
05. Topo das Lições – Jorge Aragão
06. Vou Procurar Esquecer – Zeca Pagodinho
07. É Tanta essa Dor – Jorge Aragão
08. Ninguém Merece – Zeca Pagodinho
09. Brincadeira tem Hora – Zeca Pagodinho
10. Vou Cuidar de Mim – Jorge Aragão

terça-feira, 15 de julho de 2014

David Luis de herói a fantoche

No jogo diante da Colômbia, atingido nas costas, Neymar, pela contusão ficou alijado dos jogos da Copa do Mundo, desfalcando a seleção brasileira. Revista semanal,  na capa, tinha como manchete: "é David contra Alemanha. O herói da classificação (foi dele o segundo gol do Brasil (2x1) que classificou a equipe para a fase semifinal contra a Alemanha) é focado, explosivo e incansável, virtudes de que a seleção precisa para vencer os alemães e o jogo final mesmo sem Neymar.
Segundo Bertolt Brecht: "Pobre do país que precisa de heróis". Tentaram fazer de David Luis um herói, virou fantoche. Diante da Alemanha, na goleada sofrida teve grande parte de responsabilidade por sua irresponsabilidade tática e por seu defeitos técnicos. Com os seus cabelos esvoaçantes e desgrenhados, de profundo mau gosto, se mandou para o ataque depois de 1x0, deixando a defesa "aodeusdará", além de dar chutes à frente desnecessários, sem objetividade e direção. Se perdeu totalmente.
Diga-se de passagem, que também em outros jogos, se mandava para o ataque aleatoriamente. Talvez por isso no seu time Chelsea era reserva.
Para encerrar, ao final do jogo contra a Colômbia (derrotada e eliminada), aquele que seria herói foi consolar o jovem James Rodrigues. David passava a mão sobre a cabeça do colombiano e olhava no telão do estádio. A imagem estava lá... e mais imagem... e mais consolo... e mais imagem. Trocou a camiseta com o colega de olho no telão e mais imagem. Fantoche.
Ahh. ainda aproveitou a imagem no telão para mostrar seu convulsivo choro, quado marcou o gol. Chororo total.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Com o Felipão só na base da porrada

As equipes treinadas pelo popular Felipão sempre tiveram como característica a virulência, o futebol praticado  por seus jogadores de forma viril, no popular de "chegar junto", do cacete, do pau puro, da porrada. Assim foi no tempo de Felipão treinador do Grêmio. O time tinha como particularidade a agressividade. No Palmeiras, um repórter "na moita", com um gravador escondido captou a mensagem do Felipão, no intervalo de um jogo: "Vocês tem que bater, chegar junto com vontade, da porrada". Como treinador da seleção brasileira, a filosofia do jogo ao que tudo indica era a porrada. A estatística da partida comprova. No jogo diante da Colômbia a arbitragem marcou 51 faltas, 19 por parte da Colômbia, 32 do Brasil. Mais. A seleção brasileira foi a mais faltosa em toda a Copa.  Logo ao início do jogo com a Colômbia, Fernandinho quase arrenta o meia colombiano James Rodrigues, passível de expulsão. Um pouco mais adiante outra falta violenta de Paulinho. Poderia ser expulso. No fim, entre tanta virulência sobrou para Neymar.

sábado, 12 de julho de 2014

Fomos todos para o inferno...Felipão mandou

Pois bem. Copa do Mundo no Brasil. A grande oportunidade da pátria brasileira alcançar mais um título mundial: o hexa. Um pouco mais que isso, resgatar o infortúnio de 64 anos atrás quando em terra pátria a seleção brasileira de futebol perdeu o primeiro título de campeão, surpreendido pela derrota por 2x1 diante do Uruguai, em pleno Maracanã, quando a vitória era insofismável, fato que ficou guardado nos anais esportivos como Maracanaçõ.
Pois então, depois de mais de seis décadas, o momento de redimir o orgulho ferido se apresentou. Vamos ganhar, a taça está em uma das mãos.
Partida pela fase semifinal. Momento do jogo. Acomodado no sofá vejo o preâmbulo, a preparação protocolar. Momento de refletir. Não acredito na vitória brasileira pela falta de qualidade técnica e pela confusão tática da equipe e mais pelo retrospecto. Diante da Croácia, classificada pela repescagem, houve a ajuda do árbitro japonês, vitória de 3x1. Contra o México, outra seleção classificada na repescagem, um horroroso 0x0. Contra Camarões, uma seleção desajustada administrativamente e tecnicamente, uma enganosa goleada de 4x1. Diante do Chile a classificação pelos pênaltis e naturalmente a ajuda de Nossa Senhora de Caravaggio foi milagrosa. Contra a Colômbia valeu somente o primeiro tempo.
A esperança de uma próxima vitória se desvaneceu quando tenho conhecimento da escalação de um baixinho quase desconhecido de nome Bernard.
Na sala onde estou tenho a companhia de minha mulher e de suas três sobrinhas. Como ocorre entre jovens, as manifestações com gritinhos meios histéricos: Brasil...Brasil...Brasil... Entram em campo as duas equipes. Perfilam-se para ouvir a execução do hino nacional de cada país. Dois ou três jogadores, entre a rapaziada futebolística alemã, devidamente alinhada, na tomada da câmera de cada um dos rostos, chamam a atenção, causam deslumbramentos as três moças casadoiras, sobrinhas da minha mulher.   
Começa o jogo e até que o time brasileiro causa boa impressão, dá alguma esperança. Até o baixinho Bernard aparece no jogo, quem não aparece e parece que a equipe joga com 10 jogadores é o Fred. A ilusão de boa performance durou pouco. 10 minutos 1x0, há esperança de reabilitação, mas aos 20, 2x0 Alemanha. Senti. Apossou-me um sentimento de vergonha pelo pressentimento daquilo que poderia ocorrer e que ocorreu. Retirei-me da sala. Fui para o pátio, brincar com o meu “srd”, um vira-lata pelo de fogo, para dissipar maus agouros, espraiar as ideias. Repentinamente ouço lamúrias provindas da sala e espoucar de foguetes. Fico confuso. Não mais diante da televisão, Alemanha 5x0, primeiro tempo.
Matuto na tentativa de saber a origem dos foguetes. Seria um alemão humilhando a pátria amada, Brasil, ou seria a manifestação hipócrita de algum fariseu?
Fim de jogo: Alemanha 7 x 1 Brasil. Se havia a intenção de se esquecer, deixar no passado o Maracanaço o objetivo foi alcançado. Com a inusitada e espetacular goleada surgiu o Mineiraço, desconcertante resultado de um jogo a deixar de forma energúmena, sabe-se lá, quantas gerações.
Pensando bem, para o brasileiro não passar tamanha vergonha, seria muito melhor que aquela bola na trave no jogo diante do Chile tivesse se transformado em gol.
Resta agora a disputa do terceiro lugar. Felizmente a seleção adversária será a Holanda. Imagine-se se fosse a Argentina e ocorresse outro 7 x 1. De qualquer forma o quarto lugar do Brasil está garantido, convenhamos há pouco futebol para vencer.
Felipão por fé ou oportunismo foi à Caravaggio, assistiu a missa e comungou. Ele como técnico da seleção não fez sua parte. Acreditou demais no milagre, deixou tudo com a Santa. Afora a incompetência tática, a ruindade técnica, com Fred e Huck no time e alguém que “manda as pessoas para o inferno”, por temerário sacrilégio, não merece a ajuda da Santa de Caravaggio ou qualquer outra de nomenclatura religiosa.
Muito justamente Alemanha e Argentina realizam o jogo final. Qualquer uma das duas de forma merecida será a seleção campeã do mundo.
   









quarta-feira, 9 de julho de 2014

ALEMANHA 7X1 BRASIL: A PIOR GOLEADA EM COPA DO MUNDO. SAIBA QUAIS SÃO AS OUTRAS MAIORES GOLEADAS.

Alemanha 7 x  1 Brasil: a 10ª pior goleada em Copas
A goleada sofrida pelo Brasil foi a 10ª pior goleada registrada numa Copa do Mundo. O Brasil junto com El Salvador, Zaire, Coréia do Norte e do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Cuba, Haiti está entre as nove seleções que sofreram as maiores goleadas.
As 10 piores goleadas:
1982: Hungria 10 x1 El Salvador
1974: Iugoslávia 9 x 0 Zaire
1954: Hungria 9 x 0 Coréia do Sul
2002: Alemanha 8 x  0 Arábia Saudita
1950: Uruguai 8 x 0 Bolívia
1938: Suécia 8 x 0 Cuba
2010: Portugal 7 X 0 Coréia do Norte
1974: Polônia 7 x 0 Haiti
1954: Turquia 7 x 0 Coréia do Sul
2014: Alemanha 7 x 1 Brasil
Outros dois resultados com a goleada de 7 x 1 também ocorreram:
1950: Brasil 7 X 1 Suécia; 1934: Itália 7 X  1 Estados Unidos; 

Em fase de semifinais a pior goleada
Em Copa do Mundo, na fase semifinal da competição, a goleada da Alemanha 7 x 1 sobre o Brasil,  foi a pior ocorrida. As outras três piores foram:
1930: Argentina 6 X 1 Estados Unidos ; 1930: Uruguai 6 x 1 Iugoslávia; 1954: Alemanha Ocidental 6 x 1

Outras goleadas
Além da pior goleada de 7 x 1 diante da Alemanha  em Copa do Mundo, o Brasil sofreu outras homéricas goleadas:
1920: Campeonato Sul-Americano: Uruguai 6 x 0 Brasil
1934: Jogo amistoso: Iugoslávia 8 X 4 Brasil
1940: Copa Roca: Argentina 6 x 1 Brasil

Goleadas esquisitas
Em jogos da Copa do Mundo há goleadas esquisitas por gols pró e contra
1934: Brasil 6 x 5 Polônia; 1954: Hungria 8 x 3 Alemanha; 1954: Austria 7 x 5 Suiça; 1958: França 7 x 3 Paraguai

Em casa o Brasil não é o único a levar sete gols
O Brasil como sede de uma Copa do Mundo foi goleado por 7 x 1 pela Alemanha. Na Copa do Mundo em 1954, a Suíça, como sede foi goleada pela Austria por 7 x 5, na fase de quartas-de-final. Em 19 minutos os suíços venciam por 3x0 e tomaram cinco gols antes do final do primeiro tempo.

Em finais de Copa do Mundo o Brasil com duas goleadas
Final da Copa do Mundo na Suécia em 1958. Brasil campeão do mundo ao vencer a Suécia, anfitriã, por 5 x 2, a maior goleada em final de Copa. Outra foi em 1970 no México, Brasil campeão, derrotando a Itália por 4 x 1.

Brasil, a terceira vez
O Brasil se tornou a terceira seleção a chegar ao intervalo de uma partida de Copa do Mundo perdendo por cinco gols. As outras duas foram Zaire em 1974 que perdeu por
9 x 0 para Iugoslávia. Também em 1974 foi o Haiti             que perdeu por 7 x 0 para a Polônia.

A maior goleada 31 x 0
Em termos de Copa do Mundo a maior goleada oficial ocorreu na fase eliminatória da
Oceania para a Copa do Mundo de 2002. A Austrália goleou a Samoa Americana (uma possessão America situada na Polinésia) por 31 x 0. Nessa partida o jogador Archie Thompson se tornou o maior goleador em somente um jogo marcando 13 gols.

Brasil é o único
Quatro seleções campeãs do mundo, Alemanha, Itália, França e Brasil já sediaram duas Copas do Mundo. O Brasil foi o único a não ganhar a Copa jogando em casa.

As maiores goleadas em Copa do Mundo
Em Copas do Mundo as maiores goleadas acontecidas:
1930: Argentina 6 x 3 México; Argentina 6 x 1 Estados Unidos; Uruguai 6 x 1 Iugoslávia
1934: Itália 7 x 1 Estados Unidos; Alemanha 5 x 2 Bélgica
1938: Hungria 6 x 0 Índias Holandesas; Brasil 6 x 5 Polônia; Hungria 5 x 1 Suécia
1950: Brasil 6 X 1 Espanha; Brasil 7 x 1 Suécia; Uruguai 8 x 0 Bolívia
1954: Alemanha 8 x 3 Alemanha; Alemanha 7 x 2 Turquia; Austria 7 x 5 Suiça
1958: França 7 x 3 Paraguai; Tchecoslovaquia 6 x 1 Argentina, França 6 x 3 Alemanha
1962: Iugoslávia 5 x 0 Colômbia; Hungria 6 x 2 Bukgária
1966: Alemanha 5 x 0 Suíça; Portugal 5 x 3 Coréia do Norte
1970: Alemanha 5 x 2 Bulgária; Brasil 4 x 1 Itália
1974: Polônia 7 x 0 Haiti; Iugoslávia 9 x Zaire 0
1978: Alemanha 6 x 0 México; Argentina 6 x 0 Peru
1982: Polônia 5 x 1 Peru; Hungria 10 x 1 El Salvador; Escócia 5 x 2 Nova Zelandia
1986: União Soviética 6 x 0 Hungria; Dinamarca 6 x 1 Uruguai; Espanha 5 x 1 Dinamarca
1990: Tchecoslovaquia 5 x 1 Estados Unidos; Alemanha 5 x 1 Emirados Árabes
1994: Rússia 6 x 1 Camarões; Argentina 4 x 0 Grécia
1998: Espanha 6 x 1 Bulgária; Holanda 5 x 0 Coréia do Sul; Argentina 5 x 0 Jamaica]
2002: Brasil 5 X 2 Costa Rica; Alemanha 8 x 0 Arábia Saudita
2006: Argentina 6 x 0 Sérvia e Montenegro
2010: Portugal 7 x 0 Coréia do Norte  




terça-feira, 8 de julho de 2014

Capitão Thiago amarelou

Copa do Mundo, jogo entre Brasil X Chile. Tempo regulamentar empate (1x1). Necessidade de um tempo extra para o desempate. Na prorrogação persiste o resultado. Pelo regulamento da competição é indispensável haver um vencedor.
A decisão ocorre pela cobrança de cinco tiros direto ao gol, por cada equipe, da marca do pênalti. Momentos antes jogadores apreensivos, nervosos. Os brasileiros falam entre si, outros quase aos gritos incentivam, dão força um para o outro, principalmente aos cobradores. Um pouco afastado a câmera de televisão flagra o capitão da equipe Thiago Silva sentado sobre a bola, as mãos amparando a cabeça, a imagem de um sofrido derrotado, num profundo estado emocional negativo.
Ali por perto outra câmera, outro flagrante. Na mão de alguém, numa folha de papel branco, o nome dos cinco dos batedores, entre eles o de Thiago Silva, mas foi riscado. Mas, como isso. O capitão, o líder do grupo, quem sabe deveria ser o primeiro a cobrar o pênalti e não irá cobrar nenhum. Ou ele foi destituído da obrigação ou, por iniciativa própria desistiu. Amarelou? Na imagem anterior Thiago apareceu cabisbaixo, desconsolado e assim demonstrava não ter estado de espírito para qualquer decisão. Sim, ao que tudo indica o capitão amarelou.
Perto do momento decisivo, da cobrança dos pênaltis, os jogadores abraçados, num último instante pretendem com palavras entusiasmadas fazer prevalecer a certeza da vitória. Paulinho, jogador titular, que passou a condição de reserva é quem fala cara a cara, olho no olho, com cada jogador que ira fazer a cobrança e com o goleiro Julio Cesar. Paulinho é quem anima, exorta o grupo. Parece ser ele o capitão da equipe. E o Thiago Silva, o que faz?  Todo esse episodio é documentado pelo alto, por uma câmera. O fato comprova insegurança, incertezas, a dúvida quanto ao sucesso.
 Há demonstrações de intranqüilidade emocional entre os jogadores. Tanto é verdade que a psicóloga, do grupo de trabalho da seleção, foi chamada para uma consulta extra, um atendimento que pela urgência se transfigura num abalo moral do grupo, perto da raia de uma comoção.
Há intranqüilidade emocional. O choro em demasia é prova suficiente. O pranto é uma demonstração explicita do estado emocional alterado. Thiago Silva, Neymar, Davi Luiz choram na execução do hino nacional, Julio Cesar chora pela defesa nos pênaltis. Os jogadores choram quando vencem, felizmente ainda não choraram na derrota. Não se sabe se eles vão chorar antes ou depois de uma entrevista, na saída, ou entrada em campo. Choram, quando numa promoção do programa Esporte Espetacular,da Rede Globo, as mamães de marmanjões jogadores enviaram cartas piegas, de sentimentalismo barato. Espalharam as mesmas por todos os cantos da concentração para lerem e chorar. Sentimentalismo, lamurias e lamentações. É um muito chororô.
Entrada em campo. Um atrás do outro em fila indiana, parecendo um grupo de índio americano, com a mão sobre o ombro de cada um como se fosse uma ordem unida militar. Cantam o hino nacional com um fervor intenso. David Luiz enche os pulmões e com a voz tonitruante, com a postura que parece ser um soldado do império romano ou membro da antiga alemã SS.
Cantam com vibração, emoções expostas, energias claramente manifestadas que poderiam ser mais controladas.  Quem sabe todos esses predicados, as virtudes demonstradas, poderiam ter resultados mais positivos na hora da bola rolar.
                                                       *** ***
Pois então, logo mais. Tensão, mais nervosismo, ansiedade ao início do jogo, quando tudo poderá ser compensado ao final pela alegria da vitória, o contentamento por mais uma classificação. Todos então glorificados, com justo direito, chorarão sem qualquer constrangimento. Para isso mais uma vez acreditar na sorte de Felipão, numa atuação de um juiz amigo, a ajuda de Nossa Senhora de Caravaggio e mais ainda: na qualidade técnica do goleiro Julio Cesar e o sucesso terapêutico da psicóloga.




 


   

terça-feira, 1 de julho de 2014

Tsu-chu: o futebol

O futebol, em tempo de antanho, na China era conhecido como tsu-chu, três séculos a.C, que traduzido significa “golpe na bola com o pé”. Nessa época sua prática era feita de forma primitiva. O objetivo do jogo valia como um treinamento militar. Soldados jogavam com o intuito de se apoderar e chutar a bola (feita de couro ou bexiga enchida por pelos ou vegetais resistentes) para determinada área promovendo disputas acirradas, o que valia como exercícios pela prática violenta de contatos físicos entre jogadores. A rudeza pela posse da bola servia para o preparo e formação de guerreiros para combates bélicos. O tsu-chu tinha outra finalidade.  Após uma vitória numa guerra, o jogo servia como prêmio para comemorar a gloria de uma conquista, ultrajar pela vingança os inimigos e a bola nesse caso, eram os crânios dos infelizes derrotados.
Ainda no Oriente, mais exatamente no Japão, o jogo da bola, depois de 500 a 600 anos do exemplo chinês se chamava Kemari. No mundo antigo, entre os gregos era conhecido como Epyskiros e Haprastum, entre os romanos. Na Itália medieval chamado como Calcio.
O tempo passou e com eles as seculares maneiras da prática do jogo. O futebol moderno como hoje se conhece iniciou-se em 1883 quando foi fundada a International Football Association Board, em Londres, criada para elaborar as regras. Nessa época já se disputavam jogos que envolviam equipes com operários de diversas fábricas inglesas. Em 1904, em Paris, sete países (Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça) reuniram-se e fundaram a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) para comandar o futebol no mundo e a ideia de criar uma grande competição. Em 1914 ela reconheceu que as competições de futebol dos Jogos Olímpicos valeriam como campeonatos mundiais. Em 1920 nos Jogos Olímpicos da Antuérpia (Belgica) o futebol foi oficializado como esporte olímpico, com a Bélgica oficialmente como primeira campeã. Nas Olimpíadas de 1908 (Londres) e 1912 (Estocolmo) o futebol era apresentado como esporte exibição. Em 1924, Paris, nos Jogos Olímpicos, pelo futebol, 24 equipes participaram, sagrando-se campeão o Uruguai. Em 1928, nos Jogos de Amsterdã, o Uruguai repetiu o êxito, bicampeão. O sucesso do futebol nas duas últimas Olimpíadas proporcionou a FIFA a ideia da realização de uma competição de âmbito mundial, uma Copa do Mundo. Assim aconteceu em 1930, no Uruguai, país escolhido para ser a sede da primeira Copa do Mundo, pelo bicampeonato olímpico conquistado. De 1930 até a Copa 2014, quando é realizada a cada quatro anos, ela só não foi realizada entres os anos de 1939 até 1949, devido a segunda grande guerra mundial. Nesse período a última Copa realizada foi em 1938, França, com a Copa voltando a ser disputada em 1950, no Rio de Janeiro
                                                                                                                   *** ***
A maioria das equipes na Copa do Mundo depende muito do talento, da individualidade do craque. Ele não pode falhar e atuar sempre com o seu potencial máximo. É o caso de Neymar na seleção do Brasil, Messi na Argentina, Robben na Holanda e Schweinsteiger na Alemanha. Muito provavelmente entre esses quatro aquele que tiver o melhor desempenho será campeão do mundo com sua seleção..
                                                                                                                  *** ***
Em São Paulo, o lado direito da seleção verdadeira a avenida Paulista. A Croácia deitou e rolou. Em Fortaleza, como se fosse a avenida Beira-mar, foi a turma do México que se divertiu. Até os camaroneses em Brasília saracotearam por uma dita cuja também avenida. Não sei se Felipão entende de mobilidade urbana. De qualquer forma deve resolver o problema da avenida Daniel Alves. Todo mundo está passando por ali em alta velocidade.
                                                                                                                *** ***
Contra o Chile amanhã torcer pela sorte do Felipão, ajudazinha de um juiz, rezar para a Santa de Caravaggio e principalmente pelo excelente futebol de Neymar, senão a seleção brasileira volta para a Europa.