sábado, 12 de julho de 2014

Fomos todos para o inferno...Felipão mandou

Pois bem. Copa do Mundo no Brasil. A grande oportunidade da pátria brasileira alcançar mais um título mundial: o hexa. Um pouco mais que isso, resgatar o infortúnio de 64 anos atrás quando em terra pátria a seleção brasileira de futebol perdeu o primeiro título de campeão, surpreendido pela derrota por 2x1 diante do Uruguai, em pleno Maracanã, quando a vitória era insofismável, fato que ficou guardado nos anais esportivos como Maracanaçõ.
Pois então, depois de mais de seis décadas, o momento de redimir o orgulho ferido se apresentou. Vamos ganhar, a taça está em uma das mãos.
Partida pela fase semifinal. Momento do jogo. Acomodado no sofá vejo o preâmbulo, a preparação protocolar. Momento de refletir. Não acredito na vitória brasileira pela falta de qualidade técnica e pela confusão tática da equipe e mais pelo retrospecto. Diante da Croácia, classificada pela repescagem, houve a ajuda do árbitro japonês, vitória de 3x1. Contra o México, outra seleção classificada na repescagem, um horroroso 0x0. Contra Camarões, uma seleção desajustada administrativamente e tecnicamente, uma enganosa goleada de 4x1. Diante do Chile a classificação pelos pênaltis e naturalmente a ajuda de Nossa Senhora de Caravaggio foi milagrosa. Contra a Colômbia valeu somente o primeiro tempo.
A esperança de uma próxima vitória se desvaneceu quando tenho conhecimento da escalação de um baixinho quase desconhecido de nome Bernard.
Na sala onde estou tenho a companhia de minha mulher e de suas três sobrinhas. Como ocorre entre jovens, as manifestações com gritinhos meios histéricos: Brasil...Brasil...Brasil... Entram em campo as duas equipes. Perfilam-se para ouvir a execução do hino nacional de cada país. Dois ou três jogadores, entre a rapaziada futebolística alemã, devidamente alinhada, na tomada da câmera de cada um dos rostos, chamam a atenção, causam deslumbramentos as três moças casadoiras, sobrinhas da minha mulher.   
Começa o jogo e até que o time brasileiro causa boa impressão, dá alguma esperança. Até o baixinho Bernard aparece no jogo, quem não aparece e parece que a equipe joga com 10 jogadores é o Fred. A ilusão de boa performance durou pouco. 10 minutos 1x0, há esperança de reabilitação, mas aos 20, 2x0 Alemanha. Senti. Apossou-me um sentimento de vergonha pelo pressentimento daquilo que poderia ocorrer e que ocorreu. Retirei-me da sala. Fui para o pátio, brincar com o meu “srd”, um vira-lata pelo de fogo, para dissipar maus agouros, espraiar as ideias. Repentinamente ouço lamúrias provindas da sala e espoucar de foguetes. Fico confuso. Não mais diante da televisão, Alemanha 5x0, primeiro tempo.
Matuto na tentativa de saber a origem dos foguetes. Seria um alemão humilhando a pátria amada, Brasil, ou seria a manifestação hipócrita de algum fariseu?
Fim de jogo: Alemanha 7 x 1 Brasil. Se havia a intenção de se esquecer, deixar no passado o Maracanaço o objetivo foi alcançado. Com a inusitada e espetacular goleada surgiu o Mineiraço, desconcertante resultado de um jogo a deixar de forma energúmena, sabe-se lá, quantas gerações.
Pensando bem, para o brasileiro não passar tamanha vergonha, seria muito melhor que aquela bola na trave no jogo diante do Chile tivesse se transformado em gol.
Resta agora a disputa do terceiro lugar. Felizmente a seleção adversária será a Holanda. Imagine-se se fosse a Argentina e ocorresse outro 7 x 1. De qualquer forma o quarto lugar do Brasil está garantido, convenhamos há pouco futebol para vencer.
Felipão por fé ou oportunismo foi à Caravaggio, assistiu a missa e comungou. Ele como técnico da seleção não fez sua parte. Acreditou demais no milagre, deixou tudo com a Santa. Afora a incompetência tática, a ruindade técnica, com Fred e Huck no time e alguém que “manda as pessoas para o inferno”, por temerário sacrilégio, não merece a ajuda da Santa de Caravaggio ou qualquer outra de nomenclatura religiosa.
Muito justamente Alemanha e Argentina realizam o jogo final. Qualquer uma das duas de forma merecida será a seleção campeã do mundo.
   









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