Falando da
Petrobras, a conversa evidentemente na atualidade deve começar pelos escândalos
formados pela corrupção na empresa. Esqueçamos esse assunto por enquanto.
Falaremos inicialmente de coisas mais amenas, do corriqueiro, da chamada aparentemente
“cultura inútil”, assunto extemporâneo, com detalhes inconseguentes, sem
nenhuma relevância em relação ao poderio da petroleira e a produção de
petróleo. Petróleo Brasileiro S/A tem a marca de fantasia com a sigla
Petrobras, que na verdade inicialmente era Petrobrás, com acento. Duas
academias, uma brasileira, outra portuguesa, afirmaram que nenhuma sigla pode
ser acentuada na língua portuguesa. Assim, Petrobrás virou Petrobras sem
nenhuma influência na produção do petróleo brasileiro ou que possa ter
contribuído com a corrupção.
O pior é de
que uma privilegiada “inteligência”
sugeriu que a empresa trocasse o nome para Petrobrax, o que seria uma maneira
mais apropriada de convivência com a língua inglesa, facilitando a comunicação.
A tolice não foi à frente.
A Petrobras
sempre foi envolvida por discórdias. Já em seu começo, na sua fundação
polêmicas foram formadas. De um lado
grupo de pessoas, influentes empresários e políticos, apelidados de entreguistas,
desejavam que a exploração do petróleo fosse feito por empresas estrangeiras.
Do outro lado, também influentes personalidades, chamados de nacionalistas,
desejavam que o petróleo a ser explorado fosse propriedade do governo. Esse
grupo, os nacionalistas, obtinha maior repercussão em suas ações de protestos,
principalmente a partir da descoberta do petróleo na Bahia.
Começou
então a campanha do petróleo, com o lema denominado “O petróleo é nosso”, campanha
que acabou vitoriosa. Em 1953, Getulio Vargas criou a estatal Petrobras e com
ela a exploração do petróleo, escândalos e corrupções.
Ah...sim, não
esqueci o assunto. Como não falar da corrupção na Petrobras. Tem agora essa
escandalosa roubalheira envolvendo diretores da estatal, políticos, donos de
empreiteiras. Isso parece novidade na petroleira, mas não é. É coisa antiga.
Governo
Itamar Franco, 1989. O jornalista Ricardo Boechat ganhou um prêmio Esso de
jornalismo por ter denunciado falcatruas, roubalheira na Petrobras.
Governo
Fernando Henrique Cardoso, 1994. O jornalista Paulo Francis denuncia uma
maracutaia em contratos realizados pela Petrobras, sem necessidade de
licitação.
Três
escandalosas casos de corrupção denunciados pela imprensa. E os outros? Muito
provavelmente aconteceram e o jornalismo investigativo não descobriu.
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A RBS é um
poderoso conglomerado empresarial de multimídia no Rio Grande do Sul e Santa
Catarina. São dois canais de televisão aberta e dois fechados (RS e SC), nove
rádios e oito jornais. Com esse poderio midiático realmente o grupo é um forte
formador de opinião entre gaúchos e catarinenses. No Rio Grande domina em 80% a
comunicação social (os outros 20% é divido entre a Rede Bandeirantes, Record e
Pampa) e por isso tem forte influência e domínio sobre a opinião pública dos
gaúchos. Não à toa que o grupo já elegeu três comunicadores como senadores
(Zambiasi, Ana Amélia e Lasier), deputados e até um que era um simples
anunciador do clima.
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Com as
decisões do governo na área econômica de fato o PT atucanou. Esse neologismo
significa que o PT e PSDB é a mesma coisa, irmãos no liberalismo,
ideologicamente à direita. Falam ainda que o PT é da esquerda. Bobagem. Dilma
na verdade é o Aécio de saia. O conservadorismo econômico dos petistas e
tucanos é igual em seus propósitos, que tanto faz Joaquim ou Armínio como
Ministros da Fazenda.
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O futuro
governador José Ivo Sartori deverá encerrar as atividades da estatal, Empresa
Gaúcha de Rodovias (EGR) o que significa dizer que os pedágios voltarão a ser privatizados.
Não está descartada nem a hipótese do retorno do pedágio em Farroupilha. É bom
lembrar que esse mesmo pedágio foi instalado pelo governador Antonio Brito do
PMDB.
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