O sujeito
tem excelente oportunidade de conquistar uma posição invejável, poderosa,
prestigiosa. Nem que para isso use manobras artificiais, conluios ou conchavos,
ardis em que não haja nenhuma ilegalidade, mas muito discutíveis no aspecto da
moralidade. A oportunidade apresentada em muitos casos uma simbiose com o
oportunismo, aquele sistema que é a prática usada por aqueles que se aproveitam
astuciosamente da dita oportunidade e como oportunistas tirar proveito,
vantagens conseguidas pela perfídia conspiradora, por ações clandestinas, pela
falsidade que como se diz na gíria, “traíragem”. Esse retrato cômodo e conveniente
parece ter como protagonista, ser adequado no momento a configuração política
de Michel Temer e o PMDB. O comportamento de Temer é de ter absoluto desejo em ser
presidente da República. Tudo começa com um desconforto, de veladas críticas à
presidenta Dilma, o projeto de “Uma Ponte para o Futuro”, são as maiores determinantes
para alcançar seu objetivo. A vontade de Temer pela presidência ficou explicita
por mais um imbróglio surgido: a carta enviada a Dilma. A missiva tornou-se
pública, causou rebuliço, controvérsia, e seu autor disse que a correspondência
não poderia ter sido vazada. A carta com aquele teor crítico, de certa
amargura, evidentemente era para ser publicada, se assim não fosse não teria
nenhuma repercussão. Qual seria o interesse em escrever de forma particular
para Dilma, declarando sua insatisfação. As linhas escritas por força do desgosto
se referem em determinado ponto ao desprezo, a posição decorativa de
vice-presidente.
Se assim se
sentiu o vice nos quatro primeiro anos de governo, porque então aceitou na
reeleição continuar desprezado e decorativo. O poder encanta, seduz, é
possessão.
Assim, com
essa política e artimanhas, vontade e desejo, farão de Michel Temer em março
novo presidente do Brasil. Articulações políticas com essa finalidade já
ocorreram. A formação da Comissão Especial na Câmara de Deputados é um indicio.
Os peemedebistas querem apoio e iniciam conluio com os tucanos. Nessa articulação
o PSDB pode se dá mal na próxima eleição presidencial. Vale um exercício
imaginativo. Imaginemos Temer presidente. O projeto “Uma Ponte para o Futuro”
da certo, economia equilibrada, investimentos retornam. Tudo isso faz do PMDB
favorito nas eleições de 2018. Adeusinho para os tucanos de Geraldo Alckmin.
Sim,
Alckmin, o candidato do PSDB que é mais político, tem mais carisma. Aécio ficou
fora. Não tem aquele perfil. Em entrevistas mostra a feição da indecisão, nas
declarações o rosto de um inseguro, a cara de um tanso.
Enfim depois
de tanto anos (mais de 20) de estar no governo o PMDB é governo com Temer.
Certamente o amigo Padilhão (Eliseu Padilha), o primeiro traíra, será o
Ministro Chefe da Casa Civil e até pode ser Eduardo Cunha Ministro da Justiça.
Sim, com o PMDB no comando, Cunha escapa da cassação. Mais. Cunha poderá ser
até presidente. Pela invenção construtiva imaginativa, Temer por algum motivo,
não assume a presidência. Pela Constituição assume o presidente da Câmara de
Deputados, Cunha. Por sua vez - já que estamos nesse patamar – presidente da
Câmara Tiririca. Que país é esse?
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