Deveras.
Dentre as personalidades da história do município de Farroupilha está meu avô Faustino Gomes, espanhol que
chegou menino, 11 anos de idade, quase ao final do século XIX com a sua família. Veio para o Brasil entre aproximadamente
os 700 mil espanhóis emigrantes (o terceiro maior contingente de emigrantes). Os
espanhóis como todos imigrantes europeus - alemães, portugueses e italianos - fugiram
da situação de miséria no campo o que os impeliu em buscar novas possibilidades
de uma vida melhor.
Nascido e procedente
da cidade espanhola de Seijido, província de Pontevedra, Faustino e a família
chegaram a Santa Maria onde se localizava o mais importante centro ferroviário
do Estado. O espírito aventureiro, a busca de novas oportunidades, a esperança
de promissores horizontes, remeteu a família àquela cidade onde havia
possibilidades de engrandecimento profissional e crescimento pessoal, entre
trens e trilhos.
Por ali a
família espanhola iniciou a vida empresarial como empreiteira do ramo
ferroviário. Santa Maria naquele tempo
era uma pujança econômica por ser o maior ramal ferroviário do estado, ponto
central do trafego de trens. Naquela cidade se estabeleceu em 1898, como
arrendatária da rede rio-grandense de ferrovias, a empresa belga Compagnie
Auxiliare de Chemins de Fer au Bresil. A companhia na Santa Maria da Boca do
Monte construiu 80 residências para abrigar seus funcionários, comunidade que
ficou conhecida como Vila Belga, hoje restaurada, faz parte do Patrimônio
Histórico Municipal. Nessa vila provavelmente morava uma jovem belga de nome
Luiza Debelauprez que tinha a função de cozinheira.
O menino
Faustino cresceu, estudou, casou e se separou pelo desquite.
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