O tempo
passa, passa o tempo, sem ser um passatempo. Às vezes sim, vez por outra não.
Tempo que nem sempre é divertimento. Tempo como uma das mais importantes
grandezas usadas em ciência.
Em sua cronologia
é inexorável. Tem pressa. Tal qual um bólido, enumera a sucessão de ocorrências
que passam a ser lembranças. Rapidez incessante.
Depressinha 1
segundo é tempo passado. Segundo inestimável no desenrolar de nossas vidas. Tempo
que fundamentalmente marca nossa existência.
A sensação de tempo está inseparavelmente, de
forma intimista ligada a cada um de nós. É inerente às pessoas.
É ele, esse
tempo que nos conduz pelos caminhos ora alegres, ora tristes, retos e plenos, às
vezes por atalhos tortuosos.
Tempo
contado na duração das coisas ou fenômenos, que conta uma viagem, o período de
sono e de vigília, que marca duração de um jogo, o espaço decorrido para o recolhimento, meditação e oração, de contar os
indispensáveis batimentos cardíacos, entre tantas coisas. Tempo contado nos
segundos, horas, dias, na sucessão de anos, décadas, séculos, milênios, por épocas,
toda uma eternidade.
Tempo que já
foi determinado num tempo passado por ampulhetas. Tempo contado no presente por
relógios eletrônicos.
Como se
observa o tempo aqui não faz referência ao estado atmosférico, temperatura fria
ou quente, nem ao clima, chuva ou sol.
Também não
se escreve sobre o tempo das ocasiões oportunas, do tempo das conjeturas,
ensejos e desejos, do tempo perdido.
O tempo aqui
dito e falado é do tempo que passa de forma implacável. Drástico no contar, na
soma dos instantes, no tempo dos momentos. Não cede a rogos, as lagrimas,
suplicas e lamentações. Cruel, inflexível.
O tempo
passa. O segundo de agora, a sexagésima parte do minuto, será o segundo do
passado. Passa a ser história, pode ficar na memória entre lembranças ou pode
ficar perdido no próprio tempo.
O tempo
passado pode ser relembrado de muitas maneiras: histórias contadas, álbuns de
família, fotos e páginas de um jornal.
Dezembro de
1985, 30 anos, jornal “O Farroupilha” (30.12.15 pag. 14). O tempo que passou.
Uma galeria de fotos de 56 crianças matriculadas numa escolinha maternal, com a
tenra idade entre três e cinco anos. A infância e o começo da vida escolar.
Pela necessidade, no mundo moderno lá estão enquanto os pais trabalham,
executam tarefas em diversos setores. Alguém precisa cuidar das crianças.
Reuni-se então o útil ao agradável: são cuidadas e começam a desenvolver
estudos, a escolaridade.
O tempo.
Dezembro de 1985. Fotografias da Daniela... de Thais... Fernando...Mayara...Dayana...
Madalene...e outras mais 50 crianças. Infantes no tempo passado. No tempo
presente, adultos, na faixa etária dos 35 anos. Provavelmente com filhos,
matriculados numa escolhinha maternal onde já foram fotografados e passados 30
anos, fotografias que serão revistas, relembradas.
Ainda no
jornal (8.01.16 pag. 8, Expressões), título “Novos farroupilhense”, fotos daqueles
nascidos na semana de 29 de dezembro a 5 de janeiro. 24 novos farroupilhenses.
Fotografias de cada um deles. De Eloá... do Joaquim...da Heloisa... e de todos
os outros. Nasceram. Daqui a pouco, podem estar aos cuidados de uma creche, depois
no maternal, mais fotografias, mais 30 anos passados.
Segue a
marcha inexorável do tempo. Na há volta, retrocesso, tempo passado e segue a
vida.
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