Suíça é um
país situado no centro da Europa. País adorado por alguns brasileiros, não
pelos Alpes, neve, frio, chocolate e relógios, mas sim onde há os bancos para
muito político pilantra guardar dinheiro, lugar para corruptos amealharem
fortunas, larápios do dinheiro público.
Zurique é a
mais importante cidade suíça. Lá está a majestosa sede da FIFA. Em seu imenso
auditório ocorreu o célebre, badalado e famoso mundialmente acontecimento esportivo
chamado de Bola de Ouro.
Ambiente de
muita sofisticação e glamour. Celebridades do esporte mais praticado no mundo estão
presentes, envolvendo o ambiente com o charme pessoal de cada um, sedução pelo
encanto e magnetismo.
Nesse
refinado recinto foi realizada a solenidade para a entrega de premiação aos
melhores do futebol durante o ano que passou. Um espetáculo deslumbrante.
Comparece ao
fascinante evento um simplório, humilde e modesto brasileiro. Brasileiro que
poderia ser chamado por seu jeito crédulo e singelo, pelo nome e sobrenome de
Simplício da Simplicidade Simples.
O nome de
Simplício é falso, claro, pode até servir de metáfora, pois o aludido Simplício
tem nome verdadeiro: Wendell Lira.
Famílias
modestas, como de Wendell, sofrem influência, tem a cultura de utilizar nomes
americanos no registro em cartório. Como Wendell há Ashley, Dylan, Jonathan,
Wesley. Por sua vez famílias abastadas utilizam a língua portuguesa para na pia
bastimal usar nomes tradicionais: Pedro ou Antônio
Então o nosso
Wendell, lá estava lado a lado de ídolos como Messi, Neymar e Cristiano
Ronaldo. No ambiente requintado de homens e mulheres elegantes, alguns afetados
e vaidosos, exibicionistas no apurado gosto de vestir, o simplório goiano não
decepcionou pela elegância, embora modesta. O terno de cor escura, gravata no
mesmo tom, camisa branca. Corte de cabelo tradicional, curto e bem ajeitado, sem
as extravagâncias de penteados de muitos astros.
A festa da
FIFA teve intensa programação com homenagens e premiação: a seleção de
jogadores; o melhor jogador (Messi), a melhor jogadora (americana Carli Lloyd).
Para a
torcida brasileira a premiação mais importante era o prêmio Puskas de Gol Mais
Bonito: Wendel estava concorrendo. Era um dos três finalistas na companhia de
Messi e do italiano Fiorenzi. Wendell está na platéia junto a esposa. Usa fone
de ouvidos evidentemente para tradução dos acontecimentos. Mas quando foi
pronunciado o nome Wendell Lira como vencedor com quase 50% dos votos (exatos
46,7) ele não precisou de tradução nenhuma. No momento em que é proferido seu
nome pelo apresentador, uma mulher loira sentada na fileira de poltronas, atrás
de Wendell, procura com os olhos o vencedor e fica surpresa, não acredita (seu
olhar, suas feições demonstram) que vencedor está na sua frente. Muita gente
ficou surpresa, Messi com seu gol parecia ser o ganhador.
Wendel beija
sua companheira, ergue-se, caminha pelo tapete vermelho até o palco, sério e imperturbável,
não parece deslumbrado. Recebe o prêmio e talvez como religioso faz menção, em
forma de agradecimento, da passagem bíblica entre Davi e Golias. Assim o moço
do interior, com seu jeito tímido e acanhado chegou ao pináculo da fama, tudo
conseguido num belo gol feito com precisão e de modo acrobático.
Mereceu o
prêmio o Simplício, digo, Wendell Lira
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