Existe um
paiseco que passa por uma situação inusitada, insólita, estapafúrdia, bizarra,
excêntrica, enfim, poderia se usar qualquer um desses adjetivos para determinar
algo estranho. Situado no hemisfério sul, latino-americano, de fato está numa
condição esquisita, porque tem dois presidentes. Na verdade um casal presidente.
Ela, presidenta está afastada. Ele, presidente provisório. Mais verdade ainda.
O presidencialismo
duplo não identifica em saber quem manda e coloca-se numa conjetura esdrúxula.
A presidenta afastada pode voltar a governar. Ele presidente provisório não
sabe até quando governa, assim sendo, pode retornar a condição de vice. A
imperfeição desse regime republicano leva a insensatez, ao ridículo, quando
supõe-se, acredita-se, que quem manda mesmo é uma terceira pessoa, que seria, poderia
se dizer, um primeiro ministro, o deputado que foi destituído da presidência do
parlamento por corrupção mas continua em evidência, dando as cartas, ordenando nesse
mesmo parlamento.
O paiseco
confuso republicanamente, em plena balbúrdia democrática, pode ser comparado a uma
rebubliqueta das bananas, onde tudo é patético, abominável.
A
republiqueta das bananas é um pejorativo para designar paiseco que tem como
comódities a exportação de bananas, que alias está em crise econômica em razão
do mercado da União Européia, o maior consumidor e importador não aceitar
bananas com devido padrão de qualidade com a exigência que as bananas tenham 14
centímetros de comprimento e 270 milimetros de grossura.
Além do desemprego e inflação, como está por
baixo, no fundo do poço, tudo pode acontecer de ruim naquela republiqueta, até
as bananas, no caso, nanicas.
As republiquetas
que tem como fruto a banana podem também metaforicamente ser vivenciada por políticos
bananas que são envolvidos em presepadas por políticos mais espertos, tem até
um nome Cunha. Aah, mais ainda, tem a peculariedade de ter tem dois presidentes.
Naquele paiseco
transita um processo judicial que envolve políticos (parlamentares e
governantes), empresários, pastores (que vivem em pleno pecado), todos
envolvidos e investigados em falcatruas e corrupções. O método processual tem
uma técnica de investigação que consiste numa oferta de benefícios pela Justiça
caracterizada àquele que confessar e prestar informações úteis ao
esclarecimento do fato delituoso, que tem como designação a delação premiada,
que paradoxalmente oferece prêmio para quem, na gíria policial é conhecido e se
que apresente como Dedo-Duro, X-9.
O alcaguete,
o delator como também é conhecido é aquele que trai a confiança de alguém, quando
há a quebra de sigilo e revela tudo que não deveria ser dito, fundamental numa
delação.
Por essa
forma de agir os delatores são indivíduos sem escrúpulos que não têm a menor hesitação
em praticar a traição. Hipócritas traidores não possuem caráter, desprezíveis
moralmente. São covardes, desleais com os companheiros.
No ambiente
político-partidário, entre correligionários, falsos que não tem compromisso com
a lealdade. Na verdade corruptos que não merecem mais do que isso e assim pela
delação, pela colaboração, pela entrega de companheiros, para salvar a própria pele
passam por devassos, antiéticos, sem qualquer valor moral, o que pouco importa.
Na corrupção
desenfreada há o conluio de parlamentares e empresários formando uma verdadeira
corja de corruptos.
Naquele
paiseco, na capital daquela republiqueta das bananas a situação é tão
deplorável, lastimavelmente depravada, infectada pela corrupção que uma música
sucesso do passado ainda faz sucesso no presente:
“Se gritar
pega ladrão / Não fica um meu irmão”.
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