quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Absurdos da eleição proporcional

A eleição proporcional é antiga. Surgiu na Europa no fim do século XIX. A finalidade do voto proporcional é obter uma melhor e maior representação dos partidos políticos junto ao poder legislativo. O importante é a coletividade da agremiação política e não a individualidade do candidato. O fato é comprovado quando um partido de boa votação elege um candidato de menor votação relacionada a outros candidatos.
O voto proporcional é o sistema eleitoral escolhido pela maioria dos países, o mais utilizado pelas democracias no mundo.
A eleição proporcional se apresenta em muitos resultados como uma vilã, coisa abjeta, injusta, porque não desequilibrada, muitas vezes como uma excrescência.
Muitos são os comentários críticos. Sistema em que o eleitor vota em determinado candidato, mas pode estar contribuindo para eleger outros candidatos, desconhecidos, aqueles pelos quais não tem a mínima afinidade, embora pertençam ao mesmo partido ou coligação.   Isso ocorre porque na proporcionalidade o voto não é contado apenas para o candidato, mas também para o partido ou coligação.
As vagas às câmaras serão distribuídas em proporção aos votos obtidos pelos partidos e coligações, preenchidas pelos candidatos mais votados.
O preenchimento dessas vagas é feito por cálculos do quociente eleitoral e quociente partidário, como também na distribuição de sobras.
O número total de votos válidos de cada agremiação é que define a quantidade de vagas as quais a legenda terá direito.
É a partir daí, com esse sistema, que se elege o deputado ou vereador, quando entra a aritmética para calcular os quocientes, quando a matemática elege algum candidato com um menor número de votos.
Por tudo isso em muitas eleições proporcionais ocorre a incoerência, o contraditório. Em eleições proporcionais farroupilhenses aconteceu aquele injusto fenômeno eleitoral e não foi diferente nesse ano.
Na recente eleição para a Câmara Municipal o candidato eleito pela proporcionalidade com base em cálculos de quociente eleitoral e partidário, somou menos votos do que qualquer um dos primeiros cinco suplentes e 194 a menos que o primeiro suplente   
O sistema de eleição proporcional provocou com alguns resultados delírios, esquizofrenias eleitorais Em eleição passada o candidato a deputado federal Enéas com sua exuberante votação levou consigo para Brasília quatro candidatos de baixas votações, um inclusive com menos de mil votos. Mais recentemente Tiririca, com espetacular votação elegeu para a Câmara Federal, três candidatos com votações inferiores a dezenas de outros candidatos.
O fim desses absurdos eleitorais parece terminar. Na quarta-feira o plenário Senado Federal aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com coligações partidárias nas eleições proporcionais. É meio caminho avançado.
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Concernente a coluna da semana passada “Resenha Eleitoral”, os números estão corretos em seu aspecto estatístico. Serão aqueles números que estarão nos anais da história eleitoral, nos arquivos implacáveis da política de Farroupilha.
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O voto nulo é direito inconteste e democrático do eleitor. Sua escolha. Ruim, sem ser sua decisão, o eleitor ter seu voto anulado peremptoriamente pela Justiça eleitoral, em razão de deslize de outrem.


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