quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Hitler, Mussolini e Trump

O atual conjunto de transformações com a globalização na ordem política ocorre, foi criado, por um fenômeno caracterizado por uma ferrenha doutrina conservadora, pelo nacionalismo exacerbado, pela agudeza de espírito da direita populista.
O presente estado de coisas nos remete ao passado, as lembranças de um desvairado e bestial tempo na história. Período da brutalidade criminosa de Adolf Hitler, da ferocidade assassina de Benito Mussolini.
Fim da Primeira Guerra Mundial. A Alemanha que entrará na guerra como uma potência imperialista ( os Estados Unidos de hoje), toda orgulhosa, cheia de presunção, saiu dela derrotada, endividada e arruinada.
O calamitoso processo econômico enfrentado pelos alemães decorrente de enormes indenizações pagas, o marco alemão em declínio, a hiperinflação, tudo isso teve um efeito devastador. Esse infortúnio econômico, uma desdita nos anos subseqüentes, teve como resultado o caos. A confusa e sem solução economia alemã provocou na política uma grave crise com situações extremadas de golpes da direita e esquerda.
Um jovem por sua bravura, ferido duas vezes, condecorado como herói e por suas proezas guerreiras, no vazio de uma crise surgiu no cenário político Adolf Hitler, imposto, situado, colocado como líder populista.
Fundou o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores e com ele surgiu o Nazismo. Deu no que deu. A história conta os horrendos acontecimentos de Hitler, do Nazismo.
Fim da Primeira Guerra Mundial. A Itália tragicamente contabiliza um saldo doloroso de  700 mil mortos e 500 mil feridos. Conta pelo lado contábil dívidas enormes junto a bancos estrangeiros. Fome e desemprego são fenômenos devastadores. Operários e camponeses em total pindaíba afetados pela crise que redunda em agitação social.
A complicada situação, a conjuntura difícil e perigosa oferece o oportunismo. No vácuo da crise econômica e política surge Benito Mussolini e com o seu Partido Nacional Fascista e se oferece como representante para solucionar os problemas sociais da Itália. Tem a intenção de acabar com greves operárias e com as agitações socialistas, o que agradou em muito aos conservadores, a direita reacionária.
Deu no que deu. Nos anais da história italiana o registro de um período medonho.
Acreditamos que não possa se repetir tão infaustos acontecimentos dos períodos de Hitler e Mussolini. O mundo de hoje, a globalização, não permite mais acontecer trágicos sinistros de antigamente.
Porém no contexto político, econômico e social há algumas ilações com o passado. O nacionalismo, o predomínio dos conservadores, o exultante domínio partidário e ideológico de regimes à direita.
Na Inglaterra o nacionalismo inglês com o Braxit, na França o fascismo com a família La Pen, na Itália, Espanha o recrudescer da direita.
Agora Donald Trump. Trump não se trata de nenhum Hitler ou Mussolini, mas tem ideias parecidas, comportamento quase idêntico. Igual aos dois líderes repulsivos predomina o preconceito, racismo, a intolerância com os imigrantes mexicanos, o repúdio aos muçulmanos (com Hitler os judeus).
Xenófobo Trump pretende acabar com acordos comerciais com Japão e China. Assim em estradas americanas não se encontrará Toyotas rondando, nas lojas não mais miudezas chinesas.
Sexista quanto ao gênero feminino, no entanto pelo assédio sexual costumava bolinar as mulheres e casou três vezes. Portanto com Trump misoginia nem tanto.
 Trump faz parte de um mundo em transformação para pior com ideias arcaicas, pensamentos anacrônicos, ações obsoletas.

   

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