Nesse tempo
perigoso de criminalidade, quando o cidadão andando na rua ou até mesmo dentro
de residência é provável vitima de um ato criminoso, protagonista iminente de
roubo, que envolve a perda de bens materiais e agradecer aos santos porque
escapou de uma possível tragédia, da violência mais grave como um homicídio.
Esses são os dias perigosos da vida urbana. Sabemos quem são os praticantes dessas
atrocidades, desses atos pungentes. De modo lastimável constata-se de se tratar
de uma maioria de jovens delinqüentes, indivíduos da escoria da sociedade,
atirados ao meio da vida marginal. Pobres coitados, infelizes que se apegam ao
crime por não terem alternativas. O assassinato para eles é uma atividade precoce.
A luta entre facções criminosas é o caminho para matar ou morrer. Eles não têm
como sobreviver entre as agruras das práticas mais vis e grosseiras do ser
humano, existência no conflagrado no mundo cão. Em Brasília, o mundo marginal
também existe, mas em outro nível. Ditos congressitas eleitos pelo povo são na
verdade quadrilheiros, assaltantes do erário.
Bandidos sofisticados, de terno e gravata. Não roubam com uma arma na
mão. O instrumento do crime é uma caneta, uma assinatura. Ladroagem tem o
eufemismo de doação, gratificação, desde medidas provisórias com emendas, até
dinheiro corrompido para campanhas eleitorais, exclusivamente pelo interesse em
negócios de uma empresa do governo paralelo republicano corrupto, chamada
Odebretch, manipuladora do poder nacional, executivo e legislativo. Essa gente
dos dois poderes é manobrada, dominada em forma de agrados, doações, por
milhões de reais pela famigerada empreiteira.
Os facínoras
urbanos das periferias, só tem uma diferença para com aquelas V.Excias de Brasília: não usam ternos, nem
gravatas.
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Dias desses,
semana passada. Sessão ordinária na Câmara de Federal. Deputados no plenário. De
repente alguém gritou: “Saiu a lista do Fachin. Também de repente ocorreu
desembalada correria, o plenário ficou rapidamente vazio, os presentes fugiram
todos para seus gabinetes. É o tal negócio: “Se alguém gritar pega ladrão, não
sobra um meu irmão”. Um desavisado visitante à Câmara, surpreso pergunta ao
segurança: “O que aconteceu?” Resposta: “Se o aparecer o camburão da PF todo mundo vai preso”
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Governadores,
senadores, deputados, não somente eles ganharam dinheiro corrompido. Prefeito e
vereadores também receberam grana da corrupção. A depravação do suborno vai do
senador Aécio Neves até o Vado da Farmácia, prefeito da cidade de Cabo Santo
Agostinho em Pernambuco. Ela se localiza onde fica o Porto de Suape uma das
maiores obras da Odebrecht. O prefeito foi “agraciado” por benefícios fiscais.
Em Uruguaiana
10 vereadores são suspeitos de corrupção por receberem “doações” em campanha
política da Odebrecht para que dessem apoio político aos negócios da
empreiteira nos serviços públicos na cidade. Uruguaiana foi o primeiro
município gaúcho a ter uma empresa privada como concessionária dos serviços de
água e esgoto, graças aqueles vereadores.
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O grotesco e
precário governo Temer, sem a legitimidade das urnas, tem oito ministros
envolvidos com a corrupção da Odebrecht. Michel disse que não demitir ninguém porque
tudo está na fase de inquéritos. A verdade é que não tem outro alguém para
substituí-los. Todos os demais prováveis tem “rabo preso” com a empreiteira.