quarta-feira, 11 de julho de 2018

Adenor e Anastacia


Século XIX. O regime dominante na Rússia na era czarista, definia-se como um governo absoluto, ditatorial, autocrático, entre tantos adjetivos negativos, substantivando a falta de liberdade, a ausência dos direitos democráticos. A repressão era violenta a qualquer oposição, pessoas que assim se posicionavam eram condenadas e enviadas ao exilio na Sibéria.
Na atividade rural camponeses eram explorados, viviam submetidos a servidão, ao regime despótico por parte da nobreza latifundiária, classe social aparentemente livre, mas subjugada ao poder imperial e soberano dos czares. A tensão social no campo prenunciava-se como o início de uma grave crise, provocadora e contestadora ao regime anacrônico, obsoleto na produção feudal, significando delonga na modernidade da atividade rural. Havia necessidade de reformas. Elas começaram promovidas pelo czar Alexandre com a abolição da servidão, a restauração agrária. No entanto foram de poucas serventias, quase nada adiantaram para aliviar as tensões, para conter a sublevação no campo. Mais tarde com o czar Nicolau ocorreu uma tentativa rápida na busca da industrialização do país, formando uma nova classe social, operários. Nada adiantou. As condições de vida pioraram: desemprego, baixos salários, fome. A burguesia também queixava-se pela concentração de renda nas mãos de grandes empresários. Todos esses fatores determinaram o surgimento de protestos populares que transformaram- se na Revolução de 1917. Com a revolução o destino da família imperial destituída do poder ficou com um futuro incerto aterrador. Tempos depois não mais incertezas, pela certeza de um assassinato em grupo. A família foi presa, confinada a uma casa onde foram mortos. Desse trágico acontecimento surge a misteriosa, enigmática e lendária vida e morte da princesa Anastásia, uma entre as quatros filhas do czar Nicolau, ao que supõe deveria ter escapada da chacina. Não se sabe a verdade. Ao longo do tempo a história de Anastásia teve a teoria da conspiração, um conto de fadas, vítima de extremada perseguição política.



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