sexta-feira, 16 de abril de 2010

rainhas e coluna

Na redação do jornal, nessa sexta-feira, a presença da rainha Rafaela Roth e as princesas Francine Lima Nascimento e Maria Luiza Grazziotin Brites da Fenakiwi, lindas e graciosas.

Coluna de 16/04, jornal "O Farroupilha"
Populismo
No livro de Gabriel Garcia Marques, Crônica de uma Morte Anunciada, Ângela está no altar pronta para o casamento. De repenre em meio a cerimônia, o noivo anuncia que ela não é mais virgem. Ângela revela quem a desonrou; Nassar. Os irmãos Pedro e Pablo, por vingança, juram de morte Nasar. Toda a comunidade tem conhecimento do que iria acontecer e ninguém impede o trágico desfecho.
A tragédia no Rio de Janeiro trata-se de uma crônica anunciada pelo descaso dos políticos, a irresponsabilidade de governantes. Para vencer uma eleição não importa ao político incentivar construções de barracões em encosta de morros sujeitos a desmoronarem com a perda de tudo e até mesmo da vida. O populismo é uma praga enraizada na ideologia negativa dos políticos brasileiros. Aos infortunados, os excluídos, os miseráveis, os explorados pelo populismo, casebres dependurados em morros, sem assitência , no meio de traficantes.
No morro dos Prazeres, centro do Rio, a incúria de um prefeito, Cesar Maia (DEM) tem a responsabilidade por centenas de famílias desabrigadas e 40 pessoas mortas. Maia "urbanizou" afavela abrindo caminhos, luz e água, sem se importar com um morro de encostas perigosas e instáveis. A força da chuva colocou literalmente tudo abaixo.
Nos anos 80, no governo de Leonel Brizola, momento culminante do populismo no Rio. Favela para o governo pedetista era intocável. Desbragadamente construções de barracos sucediam-se
nas favelas. Polícia era impedida de subir aos morros e por isso proliferava-se o tráfico de drogas com a bandidagem ameaçadora e dominadora naquelas comunidades. Nada importava. O que interessava era o voto. É dessa época a tese do vice de Brizola, Darci Ribeiro: "Favela não é problema, é solução. Solução pela destruição, escombros, mortes.
Em Niteroi, uma região foi urbanizada em cima de um lixão. O populismo domina Niterói a partir da família Silveura. Tudo começa com Roberto da Silveira do antigo PTB, governador do estado do Rio de Janeiro (na época) em 1959, falecido no exervício do mandato num acidente de helicóptero. A dinastia prossegue com o seu irmão Badger, governador em 1962. O clã se seguiu com o filho de Roberto, sobrinho de Badger, Jorge Roberto da Silveira (PDT) prefeito de Niterói por três vezes. É o atual prefeito, responsável pela urbanização na favela do Bumba, feita sobre um lixão, sucumbida sob escombros. Dezenas de mortes pelo populismo.Tragédia anunciada. Os plitícos tinham conhecimento do que iria acontecer, ou no mínimo coniventes e ninguém impediu o trágico desfecho. Omitiram-se por votos, pelo populismo.
Ahh...Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio, ficou inundada. Águas invadiram a orla da lagoa, ruas alagadas, Lá os moradores não são prejudicados pelo populismo. Não precisam, lá moram os ricos.

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