A maioria concorda. Fanáticos, apaixonados aficionados que gostam, críticos azedos contumazes que odeiam, acham que Big Brother 12 passou da conta.
Em edições anteriores acontecia o mexe-mexe de edredons, gente escondida sob ele que naturalmente brincava de papai e mamãe. Em certos momentos de outrora o exagero, a apelação sexual, a voluntariedade do desejo por pouco não chega ao clímax, ao grau máximo do prazer explicito. Camas separadas para pessoas que começam a se conhecerem, que iniciam um relacionamento, seria o mais apropriado, pensamento de moralistas, teoria dos costumes da decência. Bobagem. Isso não vale no BBB. O ambiente convida. Propositadamente as camas são poucas, oportunidade para que todos juntos durmam, se encostem, se esfreguem, se apertem, pura adrenalina.
Tudo pode acontecer. Guerra é guerra. Afinal na casa estão machos, fêmeas, heróis e guerreiros. O sexo é uma natural imposição.
O esquema, o cenário, o roteiro dos 11 bbbs, além de sexo praticado por saradões e gostosas, ditos heterossexuais, há o outro lado, homossexuais formados por gays e lésbicas. Vez por outra é incluída no realitty alguma gordinha engraçadinha, algum velhinho (ali passou dos 40 é velho). Todos exibicionistas vulgares. O grupo heterogêneo formado por pessoas de diferentes comportamentos, miscelânea de caráter, personalidades confusas, tem um ponto comum: a maior parte é ignorante, gente alienadada e poucos têm algum conhecimento razoável, jamais um nerd.
O BBB desse ano superou tudo isso. Passou da conta com um caso de estupro. Polícia foi chamada. Estupro, verdade ou não. A audiência está baixa é necessário levantar pontos no ibope. Convenhamos, mas com um estupro.
Depois de uma bebedeira, tragos das mais explosivas misturas químicas, vodka com energético em demasia e ai ninguém é de ninguém. Dorso de corpos nus expostos, indumentárias sensuais, música excitante para os prazeres dos sentidos do tipo “se eu te pego” de rebolativos movimentos sensuais, não há dúvida claro estímulo à libido, plena tendência ao lascivo. Depois, lá pela madrugada, tudo se encaminha para baixo do edredom. O casal envolvido sabe da verdade, mas o mistério é interessante continuar. Audiência!!! Acontecido ou não, um estupro foi comentado. O rapaz envolvido nada diz. Está mudo calado fica. Se não houve estupro o brother participante e acusado, participou de um esquema, acredita-se. Deve ter sido bem remunerado por isso, mas valeu a pena para agora ser reconhecido por violento sexual, rotulado de estuprador.
O apresentador do programa disse que o amor é lindo, que aquilo faz parte do jogo. Espera ai! Como assim! Violência sexual é amor, é um jogo?
Em termos de busca de audiência não é de se duvidar que daqui a pouco ocorra um assassinato. É do jogo, alguém afirmará. Melhor é dançar e rebolar com a música de Michel Teló e procurar saber se Luiza volta por aqui.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Passou da conta
A maioria concorda. Fanáticos, apaixonados aficionados que gostam, críticos azedos contumazes que odeiam, acham que Big Brother 12 passou da conta.
Em edições anteriores acontecia o mexe-mexe de edredons, gente escondida sob ele que naturalmente brincava de papai e mamãe. Em certos momentos de outrora o exagero, a apelação sexual, a voluntariedade do desejo por pouco não chega ao clímax, ao grau máximo do prazer explicito. Camas separadas para pessoas que começam a se conhecerem, que iniciam um relacionamento, seria o mais apropriado, pensamento de moralistas, teoria dos costumes da decência. Bobagem. Isso não vale no BBB. O ambiente convida. Propositadamente as camas são poucas, oportunidade para que todos juntos durmam, se encostem, se esfreguem, se apertem, pura adrenalina.
Tudo pode acontecer. Guerra é guerra. Afinal na casa estão machos, fêmeas, heróis e guerreiros. O sexo é uma natural imposição.
O esquema, o cenário, o roteiro dos 11 bbbs, além de sexo praticado por saradões e gostosas, ditos heterossexuais, há o outro lado, homossexuais formados por gays e lésbicas. Vez por outra é incluída no realitty alguma gordinha engraçadinha, algum velhinho (ali passou dos 40 é velho). Todos exibicionistas vulgares. O grupo heterogêneo formado por pessoas de diferentes comportamentos, miscelânea de caráter, personalidades confusas, tem um ponto comum: a maior parte é ignorante, gente alienadada e poucos têm algum conhecimento razoável, jamais um nerd.
O BBB desse ano superou tudo isso. Passou da conta com um caso de estupro. Polícia foi chamada. Estupro, verdade ou não. A audiência está baixa é necessário levantar pontos no ibope. Convenhamos, mas com um estupro.
Depois de uma bebedeira, tragos das mais explosivas misturas químicas, vodka com energético em demasia e ai ninguém é de ninguém. Dorso de corpos nus expostos, indumentárias sensuais, música excitante para os prazeres dos sentidos do tipo “se eu te pego” de rebolativos movimentos sensuais, não há dúvida claro estímulo à libido, plena tendência ao lascivo. Depois, lá pela madrugada, tudo se encaminha para baixo do edredom. O casal envolvido sabe da verdade, mas o mistério é interessante continuar. Audiência!!! Acontecido ou não, um estupro foi comentado. O rapaz envolvido nada diz. Está mudo calado fica. Se não houve estupro o brother participante e acusado, participou de um esquema, acredita-se. Deve ter sido bem remunerado por isso, mas valeu a pena para agora ser reconhecido por violento sexual, rotulado de estuprador.
O apresentador do programa disse que o amor é lindo, que aquilo faz parte do jogo. Espera ai! Como assim! Violência sexual é amor, é um jogo?
Em termos de busca de audiência não é de se duvidar que daqui a pouco ocorra um assassinato. É do jogo, alguém afirmará.
Melhor é dançar e rebolar com a música de Michel Teló e procurar saber se Luiza volta para o Canadá ou fica por aqui.
Em edições anteriores acontecia o mexe-mexe de edredons, gente escondida sob ele que naturalmente brincava de papai e mamãe. Em certos momentos de outrora o exagero, a apelação sexual, a voluntariedade do desejo por pouco não chega ao clímax, ao grau máximo do prazer explicito. Camas separadas para pessoas que começam a se conhecerem, que iniciam um relacionamento, seria o mais apropriado, pensamento de moralistas, teoria dos costumes da decência. Bobagem. Isso não vale no BBB. O ambiente convida. Propositadamente as camas são poucas, oportunidade para que todos juntos durmam, se encostem, se esfreguem, se apertem, pura adrenalina.
Tudo pode acontecer. Guerra é guerra. Afinal na casa estão machos, fêmeas, heróis e guerreiros. O sexo é uma natural imposição.
O esquema, o cenário, o roteiro dos 11 bbbs, além de sexo praticado por saradões e gostosas, ditos heterossexuais, há o outro lado, homossexuais formados por gays e lésbicas. Vez por outra é incluída no realitty alguma gordinha engraçadinha, algum velhinho (ali passou dos 40 é velho). Todos exibicionistas vulgares. O grupo heterogêneo formado por pessoas de diferentes comportamentos, miscelânea de caráter, personalidades confusas, tem um ponto comum: a maior parte é ignorante, gente alienadada e poucos têm algum conhecimento razoável, jamais um nerd.
O BBB desse ano superou tudo isso. Passou da conta com um caso de estupro. Polícia foi chamada. Estupro, verdade ou não. A audiência está baixa é necessário levantar pontos no ibope. Convenhamos, mas com um estupro.
Depois de uma bebedeira, tragos das mais explosivas misturas químicas, vodka com energético em demasia e ai ninguém é de ninguém. Dorso de corpos nus expostos, indumentárias sensuais, música excitante para os prazeres dos sentidos do tipo “se eu te pego” de rebolativos movimentos sensuais, não há dúvida claro estímulo à libido, plena tendência ao lascivo. Depois, lá pela madrugada, tudo se encaminha para baixo do edredom. O casal envolvido sabe da verdade, mas o mistério é interessante continuar. Audiência!!! Acontecido ou não, um estupro foi comentado. O rapaz envolvido nada diz. Está mudo calado fica. Se não houve estupro o brother participante e acusado, participou de um esquema, acredita-se. Deve ter sido bem remunerado por isso, mas valeu a pena para agora ser reconhecido por violento sexual, rotulado de estuprador.
O apresentador do programa disse que o amor é lindo, que aquilo faz parte do jogo. Espera ai! Como assim! Violência sexual é amor, é um jogo?
Em termos de busca de audiência não é de se duvidar que daqui a pouco ocorra um assassinato. É do jogo, alguém afirmará.
Melhor é dançar e rebolar com a música de Michel Teló e procurar saber se Luiza volta para o Canadá ou fica por aqui.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Agildo o fumante
Agildo parou de fumar. Não, não mesmo. Ele não morreu. Parou de fumar por sua livre e espontânea vontade. Agildo, em termos de consumo de nicotina, alcatrão, entre outros mais 10 produtos químicos que fazem parte da composição do cigarro, fez dele um veteraníssimo viciado, por conseqüência um dependente.
Fumava desbragadamente, de maneira compulsiva, um hábito que o levava a consumir três carteiras de cigarro diariamente. Pelo que significa o número três em quantidade e de forma genérica, parece pouco. Na verdade, levando-se em consideração que uma carteira contém 20 cigarros, chegamos a contagem absurda de 60 cigarros diários. Levando-se em conta que nosso personagem nas 24 horas do dia deve no mínimo dormir sete horas, mais algum tempo com as refeições, concluímos que ele fumava quase quatro cigarros por hora. Agildo fumava em qualquer lugar. Na cama, numa ocasião, com o cigarro acesso entre os dedos, incendiou o lençol. Suas roupas estavam sempre impregnadas com o forte cheiro morrinha do tabaco. O armário onde elas eram guardadas tornara-se infecto. Agildo acredita que a vontade de fumar começou no ventre de sua mãe, ela também inveterada fumante. A mãe, ainda jovem, começou a fumar na época áurea do cinema de Holliwood (talvez por isso só fumasse cigarros Holliwood) com os seus artistas famosos. Ao início, na lembrança, foi por causa do charmoso Humphrey Bogart no papel de Rick, que fumava de jeito impulsivo pela amargura de ter perdido o amor de Ilsa (Ingrid Bergman) no filme famosíssimo Casablanca. Ainda sob efeito do glamour da terra do cinema a mãe de Agildo ficava deslumbrada com o sex appeal de artistas como Ava Gardner, Rita Haiworth entre tantas, que apareciam em fotos de cartazes e revistas, com vestidos longos e aquela inconfundível fenda, lateral ou central, abertura que mostrava voluptuosas pernas e claro, entre os dedos da mão, o distinto cigarro inserido numa piteira – como falsa proteção aos malefícios do fumo - colocado entre os usuais dedos da mão e evidentemente esbanjando muita classe. Quanto poder de sedução, de fascínio, do encanto sensual. A mãe de Agildo não tinha nenhum atributo das vedetes famosas, a única maneira de imitá-las era o charme do cigarro sendo tragado.
Agildo acreditava ser um daqueles 5% de fumantes possuidores de um gene especial protegendo-o contra doenças respiratórias, enfisema e até câncer de pulmão. Pois então poderia continuar fumando, mas parou. Parou e não foi preciso qualquer tratamento especifico, nem os conselhos do Dr. Drauzio. Parou de fumar porque se sentiu discriminado, um paria da sociedade. Hoje em dia em qualquer lugar se pode tudo, menos fumar. Sentiu-se indefeso, tolhido em sua vontade diante de tantas imposições. Parte do direito de ser um cidadão livre ficou prejudicado. Agildo sentiu-se um ser excluído da sociedade, um homem desprezível. Contra esse estado de coisa nada mais poderia fazer. Cansou de ser um soldado do Exercito Brancaleone, da luta contra tudo e contra todos pela liberdade de fumar. Renunciou ao cigarro. Tornou-se ex-fumante pela discriminação.
Fumava desbragadamente, de maneira compulsiva, um hábito que o levava a consumir três carteiras de cigarro diariamente. Pelo que significa o número três em quantidade e de forma genérica, parece pouco. Na verdade, levando-se em consideração que uma carteira contém 20 cigarros, chegamos a contagem absurda de 60 cigarros diários. Levando-se em conta que nosso personagem nas 24 horas do dia deve no mínimo dormir sete horas, mais algum tempo com as refeições, concluímos que ele fumava quase quatro cigarros por hora. Agildo fumava em qualquer lugar. Na cama, numa ocasião, com o cigarro acesso entre os dedos, incendiou o lençol. Suas roupas estavam sempre impregnadas com o forte cheiro morrinha do tabaco. O armário onde elas eram guardadas tornara-se infecto. Agildo acredita que a vontade de fumar começou no ventre de sua mãe, ela também inveterada fumante. A mãe, ainda jovem, começou a fumar na época áurea do cinema de Holliwood (talvez por isso só fumasse cigarros Holliwood) com os seus artistas famosos. Ao início, na lembrança, foi por causa do charmoso Humphrey Bogart no papel de Rick, que fumava de jeito impulsivo pela amargura de ter perdido o amor de Ilsa (Ingrid Bergman) no filme famosíssimo Casablanca. Ainda sob efeito do glamour da terra do cinema a mãe de Agildo ficava deslumbrada com o sex appeal de artistas como Ava Gardner, Rita Haiworth entre tantas, que apareciam em fotos de cartazes e revistas, com vestidos longos e aquela inconfundível fenda, lateral ou central, abertura que mostrava voluptuosas pernas e claro, entre os dedos da mão, o distinto cigarro inserido numa piteira – como falsa proteção aos malefícios do fumo - colocado entre os usuais dedos da mão e evidentemente esbanjando muita classe. Quanto poder de sedução, de fascínio, do encanto sensual. A mãe de Agildo não tinha nenhum atributo das vedetes famosas, a única maneira de imitá-las era o charme do cigarro sendo tragado.
Agildo acreditava ser um daqueles 5% de fumantes possuidores de um gene especial protegendo-o contra doenças respiratórias, enfisema e até câncer de pulmão. Pois então poderia continuar fumando, mas parou. Parou e não foi preciso qualquer tratamento especifico, nem os conselhos do Dr. Drauzio. Parou de fumar porque se sentiu discriminado, um paria da sociedade. Hoje em dia em qualquer lugar se pode tudo, menos fumar. Sentiu-se indefeso, tolhido em sua vontade diante de tantas imposições. Parte do direito de ser um cidadão livre ficou prejudicado. Agildo sentiu-se um ser excluído da sociedade, um homem desprezível. Contra esse estado de coisa nada mais poderia fazer. Cansou de ser um soldado do Exercito Brancaleone, da luta contra tudo e contra todos pela liberdade de fumar. Renunciou ao cigarro. Tornou-se ex-fumante pela discriminação.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Joey e Albert
Joey é um cavalo puro sangue inglês. Albert um jovem rapaz de uma província inglesa. Os dois se interligam por uma profunda, enternecida e consternadora amizade ambientada na belíssima paisagem rural da Inglaterra. Esse é o início do roteiro do filme de Steven Spielberg, Cavalo de Guerra, que passa pelo drama comovedor de uma família, até à tragédia, a dor e o horror de uma guerra, com seus episódios patéticos, que despertam piedade e profunda tristeza.
Num leilão de cavalos, Ted pai de Albert, inquilino de um poderoso fazendeiro, num impulso de coragem, desafia e faz do rico dono de terras, um desafeto. O protagonista da temerária ousadia de Ted é Joey, disputado lance a lance, afinal adquirido, mas comprometendo as economias da família. Joey é um espécime equino não afeito as atividades rurais como se submeter ao cabresto para puxar o arado. Leva algum tempo para Albert ensinar e convencer o cavalo a cumprir a tarefa. Consegue. Terra arada e a plantação de nabo pronta para a colheita com ajuda de Joey. Nem tudo é felicidade. O infortúnio vem do céu em forma de uma intempérie. Uma tempestade devasta a plantação, o que significa a ruína da família, a dívida não paga com o dono das terras. Honrar seus compromissos, saldar seus débitos, obrigou Ted a vender Joey para o exército britânico. O menino e o cavalo se separam.
A partir daí começa uma extraordinária jornada, uma aventura épica, enfrentada e proporcionada por Joey, durante a qual mostra tenacidade, esperança e lealdade. A arrebatadora marcha empreendida pelo cavalo envolve a cada etapa a amizade com as pessoas encontradas. Desfilam nos encontros, o capitão da cavalaria inglesa, o soldado alemão, o fazendeiro francês e sua neta e o relacionamento com seu irmão de raça, o forte, velho e negro cavalo. Na epopéia desses acontecimentos romanescos os personagens envolvidos descobrem a capacidade de expressão e comunicação do fogoso Joey. Todo o corpo, especialmente os olhos, demonstra emoções de modo surpreende.
Joey passa a ser propriedade de um capitão inglês.
O filme tem duas cenas espetaculares. Os ingleses sabem que uma tropa alemã está acampada em campo aberto. Uma fácil investida derrotará os alemães. A cavalaria inglesa em louca disparada percorre a distância entre uma produção de milho. O milho alto só deixa aparecer a cabeça do cavalo e seu cavaleiro em desembalada carreira. Ficou fácil de fato para os ingleses até aquele momento. No avanço deparam com uma linha de artilharia de metralhadoras. Soldados ingleses são metralhados e dizimados, entre eles o capitão inglês. Na primeira guerra mundial (1914/1918) comprova-se uma realidade: cavalaria numa não tem mais serventia. Joey torna-se presa dos alemães. Cavalo não serve mais à frente de batalha. Ele vai puxar carroças.
A outra cena fantástica é o momento em que Joey revoltado, desesperado, sabe-se lá o quê, dispara por entre trincheiras inimigas e de repente de maneira penosa fica enrolado, preso entre fios de arame farpado. Perplexo, pelo seu intelecto animal, raciocinou qual o motivo da guerra, quando um soldado inglês e outro alemão, saído cada qual de suas trincheiras, vem socorrê-lo.
Num leilão de cavalos, Ted pai de Albert, inquilino de um poderoso fazendeiro, num impulso de coragem, desafia e faz do rico dono de terras, um desafeto. O protagonista da temerária ousadia de Ted é Joey, disputado lance a lance, afinal adquirido, mas comprometendo as economias da família. Joey é um espécime equino não afeito as atividades rurais como se submeter ao cabresto para puxar o arado. Leva algum tempo para Albert ensinar e convencer o cavalo a cumprir a tarefa. Consegue. Terra arada e a plantação de nabo pronta para a colheita com ajuda de Joey. Nem tudo é felicidade. O infortúnio vem do céu em forma de uma intempérie. Uma tempestade devasta a plantação, o que significa a ruína da família, a dívida não paga com o dono das terras. Honrar seus compromissos, saldar seus débitos, obrigou Ted a vender Joey para o exército britânico. O menino e o cavalo se separam.
A partir daí começa uma extraordinária jornada, uma aventura épica, enfrentada e proporcionada por Joey, durante a qual mostra tenacidade, esperança e lealdade. A arrebatadora marcha empreendida pelo cavalo envolve a cada etapa a amizade com as pessoas encontradas. Desfilam nos encontros, o capitão da cavalaria inglesa, o soldado alemão, o fazendeiro francês e sua neta e o relacionamento com seu irmão de raça, o forte, velho e negro cavalo. Na epopéia desses acontecimentos romanescos os personagens envolvidos descobrem a capacidade de expressão e comunicação do fogoso Joey. Todo o corpo, especialmente os olhos, demonstra emoções de modo surpreende.
Joey passa a ser propriedade de um capitão inglês.
O filme tem duas cenas espetaculares. Os ingleses sabem que uma tropa alemã está acampada em campo aberto. Uma fácil investida derrotará os alemães. A cavalaria inglesa em louca disparada percorre a distância entre uma produção de milho. O milho alto só deixa aparecer a cabeça do cavalo e seu cavaleiro em desembalada carreira. Ficou fácil de fato para os ingleses até aquele momento. No avanço deparam com uma linha de artilharia de metralhadoras. Soldados ingleses são metralhados e dizimados, entre eles o capitão inglês. Na primeira guerra mundial (1914/1918) comprova-se uma realidade: cavalaria numa não tem mais serventia. Joey torna-se presa dos alemães. Cavalo não serve mais à frente de batalha. Ele vai puxar carroças.
A outra cena fantástica é o momento em que Joey revoltado, desesperado, sabe-se lá o quê, dispara por entre trincheiras inimigas e de repente de maneira penosa fica enrolado, preso entre fios de arame farpado. Perplexo, pelo seu intelecto animal, raciocinou qual o motivo da guerra, quando um soldado inglês e outro alemão, saído cada qual de suas trincheiras, vem socorrê-lo.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Busca da melhor sorte
Ano Novo, reveillon, é um evento que acontece quando uma cultura celebra o final de um ano e o começo do próximo. Na tradição da cultura ocidental o fim de um ano e o começo de um outro, que acontece entre 31 de dezembro e 1º de janeiro, é o momento conhecido como a passagem do ano, que parece sugerir um recomeço de vida.
E para que isso aconteça da melhor maneira, com toda a felicidade e sucesso, necessário cumprir determinado ritual com hábitos arraigados a cultura popular brasileira.
A tradição pela crendice obriga a fazer certas simpatias. Mesmos os descrentes, os não levados por superstições, são envolvidos pela tendência instintiva da apreciação por amuletos, a busca por talismãs, para que tudo do melhor realiza-se.
Assim é que antes do início da comemoração tradicional a casa deve ter sido varrida de trás para frente colocando todo o lixo fora, o que significa um bom agouro.
O asseio corporal ideal foi feito com banho de ervas que serve como purificação e energização. Em relação a roupa é importante usar a indumentária, conforme tradição e exigência do momento, que no caso é aquela de cor branca. Até peças intimas, calcinhas e cuecas além de brancas, novinhas em estreia. A cor branca justifica-se: trata-se da junção de todas as cores da imagem. É definida como a cor da luz, cor que reflete todos os raios luminosos surgindo com clareza e pureza, cor protetora contribuindo à paz e ao conforto, alivia a sensação de desespero, ajuda a limpar e aclarar as emoções, os pensamentos e o espírito, tudo que o ser humano deseja.
Como costume cultural a última refeição do ano, que continuada serviu para ser a primeira do ano novo, um lombinho ou pernil de porco vai muito bem. Não faltou a salada de sete frutas diferentes o que significa fartura. Espumante Gotas de Cristal, o acompanhamento popular indispensável para o brinde.
Claro que o consumo de aves, como peru e frango que ciscam para trás e o caranguejo que anda para os lados, jamais foram pensados como comestíveis.
Em termos de comida não faltou saborear a lentilha o que significa não faltar dinheiro.
Para garantir ainda mais dinheiro sete grãos de lentilhas foram embrulhados e distribuídos entre os presentes. À meia-noite não houve espocar de foguetes, mas foi feito muito barulho com gritos, apitos, palmas para afastar os maus espíritos. Não foi esquecido subir numa escada significando ascensão na vida profissional.
No momento da passagem do ano o brinde, seguindo o ritual. Com a taça de Espuma de Prata na mão foram dados três pulinhos sem derramar uma gota. Em seguida o liquido jogado para trás, significando que tudo que aconteceu de ruim ficou no passado.
Assim foi feito, tradição e ritual cumpridos, as simpatias feitas. Sorte, muita sorte mesmo, principalmente com o sorteio da Mega da Virada em 2012.
*** ***
Verão, calor, e como sempre vou andar por aí. Não me afasto do leitor. Nesse espaço as colunas serão publicadas. Afinal estamos em tempos modernos, da internet.
E para que isso aconteça da melhor maneira, com toda a felicidade e sucesso, necessário cumprir determinado ritual com hábitos arraigados a cultura popular brasileira.
A tradição pela crendice obriga a fazer certas simpatias. Mesmos os descrentes, os não levados por superstições, são envolvidos pela tendência instintiva da apreciação por amuletos, a busca por talismãs, para que tudo do melhor realiza-se.
Assim é que antes do início da comemoração tradicional a casa deve ter sido varrida de trás para frente colocando todo o lixo fora, o que significa um bom agouro.
O asseio corporal ideal foi feito com banho de ervas que serve como purificação e energização. Em relação a roupa é importante usar a indumentária, conforme tradição e exigência do momento, que no caso é aquela de cor branca. Até peças intimas, calcinhas e cuecas além de brancas, novinhas em estreia. A cor branca justifica-se: trata-se da junção de todas as cores da imagem. É definida como a cor da luz, cor que reflete todos os raios luminosos surgindo com clareza e pureza, cor protetora contribuindo à paz e ao conforto, alivia a sensação de desespero, ajuda a limpar e aclarar as emoções, os pensamentos e o espírito, tudo que o ser humano deseja.
Como costume cultural a última refeição do ano, que continuada serviu para ser a primeira do ano novo, um lombinho ou pernil de porco vai muito bem. Não faltou a salada de sete frutas diferentes o que significa fartura. Espumante Gotas de Cristal, o acompanhamento popular indispensável para o brinde.
Claro que o consumo de aves, como peru e frango que ciscam para trás e o caranguejo que anda para os lados, jamais foram pensados como comestíveis.
Em termos de comida não faltou saborear a lentilha o que significa não faltar dinheiro.
Para garantir ainda mais dinheiro sete grãos de lentilhas foram embrulhados e distribuídos entre os presentes. À meia-noite não houve espocar de foguetes, mas foi feito muito barulho com gritos, apitos, palmas para afastar os maus espíritos. Não foi esquecido subir numa escada significando ascensão na vida profissional.
No momento da passagem do ano o brinde, seguindo o ritual. Com a taça de Espuma de Prata na mão foram dados três pulinhos sem derramar uma gota. Em seguida o liquido jogado para trás, significando que tudo que aconteceu de ruim ficou no passado.
Assim foi feito, tradição e ritual cumpridos, as simpatias feitas. Sorte, muita sorte mesmo, principalmente com o sorteio da Mega da Virada em 2012.
*** ***
Verão, calor, e como sempre vou andar por aí. Não me afasto do leitor. Nesse espaço as colunas serão publicadas. Afinal estamos em tempos modernos, da internet.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Ano Velho
Homem de certa idade - eufemismo para não dizer que se trata de um idoso -, nos últimos dias do mês de dezembro, do ano que está para terminar, se posta por algum tempo diante do tradicional calendário anual com a estampa do Sagrado Coração de Jesus, conhecido de forma popular como “folhinha”.
O volumoso bloquinho formado por 365 folhinhas (evidentemente excetuando-se os anos bissextos) está sobreposto na parte inferior da estampa. Copioso no início, no passar do tempo, dia após dia, uma folhinha é destacável, por conseguinte, seu volume diminui. Elementar, pois cada dia do ano corresponde uma folhinha.
Últimos dias do ano, então, restam poucas folhinhas para serem arrancadas naquele movimento sincronizado de baixo para cima. O nosso personagem diariamente, de forma justa e inflexível pela manhã uma folhinha é arrancada.
Quando mais jovem o mover da folhinha era bem rápido, feito num ímpeto mecânico, num ato irrefletido, na tentativa de fazer o tempo passar de forma apressada, para mais depressa alcançar objetivos de vida.
O tempo passou e bem rápido. Agora, como um desdenhado senhor da terceira idade, medita no momento de retirar mais uma folhinha, entre milhares de sua existência e vale como metáfora: mais uma página de sua vida retirada O faz de maneira morosa, de irritante calma para quem observasse. Lia o texto de informação histórica, os detalhes daquele dia. Em seguida, de modo instintivo, sem se deixar afetar por qualquer pieguice, enrolava e amassava a folhinha entre os dedos e a palma da mão e de forma irreflexa, era atirada num lixo qualquer.
O idoso, de que se diz cinicamente estar na melhor idade, se posiciona diante da folhinha, resignado, melancólico e reflexivo.
Mais umas folhinhas, mais um ano terminado e o sentimento de que está ficando mais velho, com um futuro já curto, que deverá ser interceptado adiante na marcha inexorável do tempo. Medita objetivamente. Daqui a pouco irremediavelmente um ano mais velho.
Tenta se convencer de que isso é natural, mas se desgosta ao sentir que o processo é implacável. Hora após hora, dia depois do outro, ano atrás de ano, fazem o agrupamento da contagem inapelável dentro do sistema marcado por um calendário.
È na passagem do ano velho para novo que se depara com a dura realidade. Ano novo e dali a pouco comemorará mais um aniversário natalício. Um ano mais velho formado por hora após hora, dia após o outro. Um tempo que passa tão depressa que não se teve tempo de ver. O ano que passou, marca indelével que não se apaga mesmo no ato da folhinha tirada dia a dia. Um ano passado. Um adeus. Um ano velho que deixou o velho mais velho, ou melhor, mais velho o homem de certa idade.
De qualquer forma feliz Ano Novo para os jovens e velhos.
O volumoso bloquinho formado por 365 folhinhas (evidentemente excetuando-se os anos bissextos) está sobreposto na parte inferior da estampa. Copioso no início, no passar do tempo, dia após dia, uma folhinha é destacável, por conseguinte, seu volume diminui. Elementar, pois cada dia do ano corresponde uma folhinha.
Últimos dias do ano, então, restam poucas folhinhas para serem arrancadas naquele movimento sincronizado de baixo para cima. O nosso personagem diariamente, de forma justa e inflexível pela manhã uma folhinha é arrancada.
Quando mais jovem o mover da folhinha era bem rápido, feito num ímpeto mecânico, num ato irrefletido, na tentativa de fazer o tempo passar de forma apressada, para mais depressa alcançar objetivos de vida.
O tempo passou e bem rápido. Agora, como um desdenhado senhor da terceira idade, medita no momento de retirar mais uma folhinha, entre milhares de sua existência e vale como metáfora: mais uma página de sua vida retirada O faz de maneira morosa, de irritante calma para quem observasse. Lia o texto de informação histórica, os detalhes daquele dia. Em seguida, de modo instintivo, sem se deixar afetar por qualquer pieguice, enrolava e amassava a folhinha entre os dedos e a palma da mão e de forma irreflexa, era atirada num lixo qualquer.
O idoso, de que se diz cinicamente estar na melhor idade, se posiciona diante da folhinha, resignado, melancólico e reflexivo.
Mais umas folhinhas, mais um ano terminado e o sentimento de que está ficando mais velho, com um futuro já curto, que deverá ser interceptado adiante na marcha inexorável do tempo. Medita objetivamente. Daqui a pouco irremediavelmente um ano mais velho.
Tenta se convencer de que isso é natural, mas se desgosta ao sentir que o processo é implacável. Hora após hora, dia depois do outro, ano atrás de ano, fazem o agrupamento da contagem inapelável dentro do sistema marcado por um calendário.
È na passagem do ano velho para novo que se depara com a dura realidade. Ano novo e dali a pouco comemorará mais um aniversário natalício. Um ano mais velho formado por hora após hora, dia após o outro. Um tempo que passa tão depressa que não se teve tempo de ver. O ano que passou, marca indelével que não se apaga mesmo no ato da folhinha tirada dia a dia. Um ano passado. Um adeus. Um ano velho que deixou o velho mais velho, ou melhor, mais velho o homem de certa idade.
De qualquer forma feliz Ano Novo para os jovens e velhos.
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