segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Passou da conta

A maioria concorda. Fanáticos, apaixonados aficionados que gostam, críticos azedos contumazes que odeiam, acham que Big Brother 12 passou da conta.
Em edições anteriores acontecia o mexe-mexe de edredons, gente escondida sob ele que naturalmente brincava de papai e mamãe. Em certos momentos de outrora o exagero, a apelação sexual, a voluntariedade do desejo por pouco não chega ao clímax, ao grau máximo do prazer explicito. Camas separadas para pessoas que começam a se conhecerem, que iniciam um relacionamento, seria o mais apropriado, pensamento de moralistas, teoria dos costumes da decência. Bobagem. Isso não vale no BBB. O ambiente convida. Propositadamente as camas são poucas, oportunidade para que todos juntos durmam, se encostem, se esfreguem, se apertem, pura adrenalina.
Tudo pode acontecer. Guerra é guerra. Afinal na casa estão machos, fêmeas, heróis e guerreiros. O sexo é uma natural imposição.
O esquema, o cenário, o roteiro dos 11 bbbs, além de sexo praticado por saradões e gostosas, ditos heterossexuais, há o outro lado, homossexuais formados por gays e lésbicas. Vez por outra é incluída no realitty alguma gordinha engraçadinha, algum velhinho (ali passou dos 40 é velho). Todos exibicionistas vulgares. O grupo heterogêneo formado por pessoas de diferentes comportamentos, miscelânea de caráter, personalidades confusas, tem um ponto comum: a maior parte é ignorante, gente alienadada e poucos têm algum conhecimento razoável, jamais um nerd.
O BBB desse ano superou tudo isso. Passou da conta com um caso de estupro. Polícia foi chamada. Estupro, verdade ou não. A audiência está baixa é necessário levantar pontos no ibope. Convenhamos, mas com um estupro.
Depois de uma bebedeira, tragos das mais explosivas misturas químicas, vodka com energético em demasia e ai ninguém é de ninguém. Dorso de corpos nus expostos, indumentárias sensuais, música excitante para os prazeres dos sentidos do tipo “se eu te pego” de rebolativos movimentos sensuais, não há dúvida claro estímulo à libido, plena tendência ao lascivo. Depois, lá pela madrugada, tudo se encaminha para baixo do edredom. O casal envolvido sabe da verdade, mas o mistério é interessante continuar. Audiência!!! Acontecido ou não, um estupro foi comentado. O rapaz envolvido nada diz. Está mudo calado fica. Se não houve estupro o brother participante e acusado, participou de um esquema, acredita-se. Deve ter sido bem remunerado por isso, mas valeu a pena para agora ser reconhecido por violento sexual, rotulado de estuprador.
O apresentador do programa disse que o amor é lindo, que aquilo faz parte do jogo. Espera ai! Como assim! Violência sexual é amor, é um jogo?
Em termos de busca de audiência não é de se duvidar que daqui a pouco ocorra um assassinato. É do jogo, alguém afirmará.
Melhor é dançar e rebolar com a música de Michel Teló e procurar saber se Luiza volta para o Canadá ou fica por aqui.

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