sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Rio Grande atrasado
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revelou que o Ensino Médio nas escolas gaúchas está deficiente, decepcionando educadores, porque não dizer, vergonhoso. A meta a ser atingida, índice de 4,0, pelas escolas da rede pública e privada ficou aquém da otimização idealizada, obtendo o resultado sofrível de 3,7 o que coloca o Rio Grande do Sul em oitavo lugar no ranking nacional, em posição inferior aos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul.
Nas séries finais do Ensino Fundamental segundo os índices (Ideb 2011) o Rio Grande não alcançou a meta de 4,3, não evoluiu, parou na nota anterior de 4,1, colocando-se na 12ª posição, mais uma vez inferior aos estados do sul, da região centro-oeste e sudeste e até alguns nordestinos e nortistas
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental a meta de 5,1 mal foi conseguida e mais uma vez teve nota inferior comparada a aqueles mesmos estados. A posição do Rio Grande foi a de oitavo colocado no ranking nacional.
No entanto, uma ressalva orgulhosa para os farroupilhenses. Farroupilha em termos de educação está desmembrada do Rio Grande do Sul.
O resultado do Ideb colocou Farroupilha, como rede municipal de ensino, em posição invejável no estado. As notas das escolas municipais farroupilhenses que somaram 5,4 foram superadas somente pelas escolas dos municípios de Boa Vista do Burica com 5,6; Campo Bom com 5,5 e Vitor Graeff também com 5,6. A rede municipal farroupilhense considerando-se em conjunto o ensino público estadual e municipal só ficou com um índice inferior a 13 municípios e empatou com a mesma nota (5,4) com quatro outros.
Afora isso, como se sabe a E.M. Santa Cruz foi a primeira colocada no estado com a média de 6,8 nas séries finais do Ensino Fundamental (da 5ª a 8ª série)
Outro destaque, a E.M. Oscar Bertholdo, a terceira melhor do estado nas séries iniciais (cinco primeiros anos do ciclo básico) com a excelente nota de 7,7. Registre-se ainda, que nas séries finais a escola do bairro Imigrante ficou com a segunda posição entre as escolas farroupilhenses, portanto um primeiro lugar nas séries iniciais e segundo nas séries finais. Excelente desempenho no Ensino Fundamental como um todo.
Interessante saber que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) traçou como objetivo ao país chegar ao índice 6 em 2021. Isso significa que a E.M. Santa Cruz está 10 anos na frente. Ainda, a escola de Nova Milano obteve o melhor índice com a notas para a 8ª série. Com 6,8 em 2011 subiu oito décimos em relação a 2009 o que faz a instituição ocupar a 17ª posição no ranking nacional, entre um pouco mais de 30 mil escolas avaliadas.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Sei lá como se escreve
Na internet há erros crassos de português que se transformam em enormes besteiras. Alguns internautas reconhecem sua pouca prática em lidar com a língua portuguesa e reconhecem essa incapacidade com aquela frase "sei lá como se escreve". Vejamos alguns desses maus tratos e ofensas ao vernáculo.
- Vou mudar minha foto por perdonagem shirá, xirá ou chira. Sei lá como se escreve.
- Aff esse dente do sirzo, cizo, siszo, sei lá como se escreve esse bagio, só sei que é ruim dai.
- João: lembrei de mandakaska, sei lá como se escreve. Maria: Madagascar
- Encontrei meu sóser (sei lá como se escreve) vestido de virgem no carnaval.
O cara quis dizer sósia
- Paraleleipider, sei lá como se escreve
- ..e o outro prato cawiar, kaviar, kviar, cei lé como se escreve.
- ...pera ai!!! lá é farenritz sei lá como se escreve, não pode ser cecsio.
- Mas ajudar ninguém quer esse povo interecero, sei lá como se escreve.
- Como se escreve mereçe? assim ou meresse? merese? sei lá como se escreve
- Minha mãe é um poço de fogardia, folgadez sei lá como se escreve
- My romance xenical. Na give me drugs give my drugs, tá passando my chenical romence sei lá como se escreve. Na verdade a figura se enrolou quando viu numa "drugs" Xenical 120 mg.
- To elétrica hoje. Tomei champaien, sei como se escreve essa coisa
- Ai meu são loguin, sei lá como se escreve o nome desses homi.
- Antiproficionalismo eu falo do tatuador Billy ou Bili sei lá como se escreve e um antiproficional, não faço tatoo com ele.
- ...filmes do hari poder, sei lá como se escreve.
- Acordei e fui assistir o gung fu bunda sei lá como se escreve isso
terça-feira, 28 de agosto de 2012
HGPE
O início do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) evoca, regularmente, uma série de comentários críticos, preconceitos e reclamações das mais variadas origens, inclusive dos concessionários do serviço público de rádio e televisão.
Trata-se, portanto, de uma ocasião propícia para que algumas verdades sejam lembradas. Registro três.
1.Ao contrário do que o próprio nome indica, o HGPE nunca foi gratuito. A cada eleição, em cumprimento ao que determina a Constituição Federal (parágrafo 3º do artigo 17) e a Lei Eleitoral (9.504/1997, artigo 99), a Presidência da República faz conhecer, através de decreto, a regulamentação que normatiza a “compensação fiscal” que cada concessionário de radiodifusão terá pela “veiculação” da propaganda eleitoral. Este ano o decreto foi assinado no último dia 17 (7.791/2012).
É preciso que fique claro, portanto, que no HGPE o “gratuito” é o acesso de candidatos, partidos e coligações ao rádio e à televisão. Sua “veiculação”, ao contrário, não é gratuita.
Na verdade, a Receita Federal “compra” o horário das emissoras, permitindo que deduzam do imposto de renda em torno de 80% do que receberiam caso o período destinado ao HGPE fosse comercializado. O cálculo da “compensação fiscal” aos concessionários toma por base o valor de tabela para propaganda comercial nos horários utilizados. Pode-se afirmar com segurança que prejuízo não há, podendo haver até mesmo ganhos. De acordo com números divulgados em outubro de 2009, estimava-se que, em 2010, os custos para os cofres públicos dessa “compensação fiscal” chegariam a R$ 851,1 milhões.
Fator determinante
2.O HGPE é certamente o que a legislação brasileira tem de mais próximo do chamado “direito de antena”. Vale dizer, o acesso gratuito ao serviço público de rádio e de televisão que devem ter – de acordo com sua relevância – partidos políticos e organizações sindicais, profissionais e representativas de atividades econômicas e outras organizações sociais. O “direito de antena” já é praticado, faz tempo, em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Holanda.
Reproduzido da revista Teoria e Debate
sábado, 25 de agosto de 2012
Sonho. País nota 7
O lugar é de secular tranqüilidade, de plena serenidade e sossego. O aspecto bucólico ao seu redor torna tudo gracioso. A quietação oferece a sensação de felicidade, paz de espírito. Um arvoredo, plantas e flores, estão no contexto natural, complementam e embelezam o conjunto de magnificência que rege a existência das coisas mais lindas.
Nessa povoação aprazível, o silêncio faz parte do mosaico, miscelânea de magnífico paisagístico. Não totalmente se ouve o silêncio, vez por outra ele é burlado. É quebrado pela suavidade do canto dos pássaros, pelo estridente gorjeio de sábias, som que paradoxalmente chega aos ouvidos como uma poesia lírica. O badalar do sino da igreja em determinados períodos ecoam pelo horizonte. O silêncio não se importa. Existe muito de romantismo nas dolentes e cadenciadas pancadas percutidas no bronze. A algazarra festiva de crianças no recreio da escola ali por perto é o barulho animado que também denota a ausência do silêncio. De longe se ouve o ronco de veículos, no vai e vem vertiginoso e incessante, que percorrem uma rodovia não muito distante. Nesse caso o progresso, a modernidade, não se abstém em fazer desconfortáveis ruídos. O silencio se incomoda. Mas isso é pouco, muito pouco, não é empecilho para que o lugar sirva para meditação e reflexão para alguém sentado num banco da praça ou para alunos estudarem na escola ali, bem pertinho.
Esse lugar existe. Não é o distante americano Forres Gump. É o farroupilhense Nova Milano. È nesse lugar que parece fantasioso pela singeleza e beleza do mundo natural, que se situa a E.M. Santa Cruz, primeiro lugar no Estado, com a melhor nota 6,8 (referente ao Ensino Fundamental séries finais) resultado auferido por dedicação e competência dos professores, pelo interesse de pais e alunos, conforme conceito e exigência do Ideb. Talvez seja nata a tendência pelo resultado positivo na educação. Afinal, o berço esplendido que resulta em índices educacionais altamente satisfatórios possa advir lá pelo ano de 1928, quando ali se estabeleceu uma casa de formação de candidatas à vida religiosa das Irmãs Missionárias de São Carlos.
Afora isso, anos atrás, durante algum período, profissionalmente trabalhei na Santa Cruz e já naquela época havia a tendência de uma escola por excelência no ensino, com rigorismo ao planejamento pedagógico, professores capacitados, alunos dedicados, a inclusão de pais pela formação de uma comunidade escolar. Por isso tudo parabéns a sociedade que integra a instituição escolar, com pleno regozijo pelo dever cumprido.
*** ***
“Os índices do Ideb que variam numa escala de 0 a 10 e mesmo os ditos países desenvolvidos não alcançam sequer a nota 7. O que se pode esperar dos que ficam por volta de 4”. A opinião é de Esther Pillar Grossi, doutora em Psicologia da Inteligência.
Parabéns a E.M. Oscar Bertholdo, terceiro lugar no Estado pelo Ideb em referência ao conceito do Ensino Fundamental pelas séries iniciais. A nota foi 7,7 e segundo a professora Esther, nota de país desenvolvido, conceito para uma escola de existência no primeiro mundo. Que maravilha se esse país fosse o Brasil. E dá para ser. Escolas como Santa Cruz e Oscar Bertholdo comprovam o possível sonho de país de nota 7. O suficiente.
sábado, 18 de agosto de 2012
Chorar? Por quê?
Pódio. Na plataforma de três diferentes níveis, local da glorificação olímpica de um atleta, três choram. Um, copiosamente, derrama lágrimas, no ponto mais alto da premiação, como autêntico vencedor, auferindo inconfundivelmente os louros da vitória, medalha de ouro. Choro, manifestação de alegria natural de um vitorioso, de um único e primeiríssimo lugar. Num nível mais baixo, logo a seguir, chora de forma compulsiva, o atleta medalha de prata. Chora, por quê? Pela ordem de premiação, afinal é um segundo lugar, tem como justo choro o regozijo de uma conquista, ou será que seu pranto é de lástima, por ser simplesmente um segundo, o primeiro dos demais. Ainda no pódio, no mesmo nível, no lado oposto, a posição de terceiro colocado, outro competidor verte lágrimas. Chora, por quê? Por ter sido triunfalmente medalha de bronze à frente de dezenas de outros competidores, acredita-se é o motivo maior. Ou, quem sabe, aquelas gotas do humor lacrimal, são de frustração por um terceiro lugar, como na situação, a colocação tida como derrota, fosse uma desonra.
Chorar, por quê? Pela alegria ou tristeza, pelo triunfo ou pela derrota, pelo sucesso ou fracasso. Difícil entender os mistérios da alma humana, especialmente de atleta olímpico.
Entre os brasileiros o que é impenetrável à razão humana, o que pode ser incompreensível à essência imaterial do ser humano, no caso, como se trata agora, o chorar no pódio, é explicável, compreensivo.
As meninas do voleibol certamente choraram de satisfação pela medalha de ouro. Um choro maior de alegria pela recuperação, de uma conquista quase perdida. Uma equipe prestes a ser eliminada na fase classificatória, alcançou o primeiro lugar, conseguiu diante do favorito e fortíssimo time americano, a medalha de ouro.
O choro foi de total contentamento pela medalha de ouro de Zanetti na ginástica, da humilde piauiense no judô, da prata na natação, dos irmãos boxeadores, das medalhas de bronze no iatismo e judô. No voleibol masculino, embora medalha de prata, segundo lugar olímpico, o choro teve sentido de tristeza, de aspecto deplorável, pura lástima. Afinal, numa fase anterior da competição o time brasileiro venceu a Rússia por 3x0, na partida final, depois de estar na frente com dois sets a zero, acabou perdendo na reabilitação dos russos por 3x2. Total frustração, lastimável derrota na troca de uma vitória quase certa. Quanto ao time de futebol, medalha de prata, sem choro, sem vela.
Choro, sem ser no pódio, do espectador emotivo, modo de expressar alegria ou tristeza, de remover o passado ao apreciar o espetáculo de abertura e encerramento em Londres, que reviveu entre outros, as músicas de John Lennon e Freddie Mercury. Não se chegou ao choro, mas foi admirável ver e ouvir, o também admirável melhor rock britânico, além de ouvir em intervalos competitivos o som da música do inesquecível filme, do mesmo nome, Carruagem de Fogo. Entre o choro e muitos mais sorrisos terminou a Olimpíada de Londres, com direito na festa de encerramento de total brilhantismo, a uma apresentação brasileira por alguns minutos de forma convincente e brilhante, dando mostras daquilo que ocorrerá no Rio no aspecto de espetáculo artístico. Corroborando esse detalhe de sentido artístico e festivo é o clip oficial das Olimpíadas no Rio, de cinco minutos, muito bem realizado.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Espírito Olímpico
- Fase classificatória na modalidade esportiva de badminton, na Olimpíada de Londres. Oito jogadoras das equipes de duplas de três países (1 China, 1 Indonésia, 2 da Coreia do Sul foram eliminadas da competição por perderem deliberadamente seus jogos na fase de grupo, para garantir dessa forma, jogar na sequência com equipes mais fracas. Sem qualquer constrangimento, propositadamente erravam atirando a peteca contra a rede várias vezes. Essa atitude provocou vaia do público presente. Quem também não gostou foi o COI (Comitê Olímpico Internacional) e por isso eliminou as jogadores, pela falta de espírito olímpico.
- Não foi comprovado, mas o público que assistiu e que provocou revolta e contestação dos francese, foi a possível entrega do jogo de basquete entre Brasil x Espanha, na fase de classificação. Ao que tudo indica, nos minutos finais do jogo, a Espanha facilitou a vitória brasileira, isso porque o time espanhol, na fase subsequente se vencesse jogarias diante do time americano ou argentino. Preferiu perder e enfrentar os franceses, equipe mais fraca teoricamente. Ao que parece não foi respeitado o espírito olímpico.
- Espírito olímpico não faltou às jogadoras do time de voleibol americano. Na fase de classificação o time brasileiro foi mal. Tão mal que chegou a situação de classificar-se dependendo das americanas. No jogo entre EUA x Turquia, para a classificação do Brasil era sumamente necessário a vitória americana. Se não acontecesse (vitória da Turquia) o Brasil estaria desclassificado das Olimpíadas, na nona colocação. Americanas poderiam jogar com um time misto, alegando diversas questões. Jogou com a equipe principal venceu, classificou o Brasil e por um capricho esportivo acabaram as americanas perdendo a medalha de ouro para as próprias americanas.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
As mancadas de Galvão
Galvão Bueno ficou sem credencial para as Olimpíadas. Funcionário da Tv Globo não poderia tê-la, pois os direitos de transmissão dos jogos por televisão aberta foram adquiridos pela Tv Record. Em razão disso Galvão ofereceu seus préstimos ao canal a cabo Sportv, que pertence a Globo. Ali apresentou, em algumas oportunidades, o programa Conexão Sportv. Como sempre o Galvão mostrou-se um cara chato, metido a entender tudo, arrogante e onipresente. Além do mais foi mal como apresentador. Gaguejando, meio atrapalhado, levava o programa de forma desagradável. Outra questão. Normalmente especialistas em diversos esportes (comentaristas e treinadores)eram convidados do programa. Galvão, metido a entendido em tudo, quase não deixava os especialistas a expor suas ideias, realizarem seus cometários. Ele entrava no meio do assunto, para mostrar que também entendia de natação, judo, esgrima e outras coisas mais. Pior mesmo foi o comentarista de arbitragem Arnaldo Coelho colocado a comentar os erros dos árbitros na esgrima e natação. Algo que poderia ser sério, inclusive para informar o telespectador acabou virando motivo de chacota, momentos de plena gozação. A regra foi bem escura para o Arnaldo.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Olímpicas
Fatos curiosos, bobagens e mancadas, observados na Olimpíada em Londres.
Modalidade olímpica luta greco-romana. No tablado dois lutadores defrontam-se. Entre tantas marcações há uma faixa vermelha com dois metros de largura. Quando um lutador sai dessa área seu adversário volta para o circulo central. A luta recomeça com o lutador que saiu da faixa vermelha sendo obrigado a ficar de joelhos. O outro pelas costas tenta golpear o oponente. Um de joelho o outro de pé atacando por trás. Sem qualquer insinuação maldosa, mas esse momento da luta é bem esquisito, deixando algum resquício de dúvida quanto a uma interpretação de macheza dos contendores.
Tem outros esportes olímpicos que não tem – pensamento quase comum – vibração, a exigência de uma disputa autêntica. Caso do tênis de mesa. A bolinha de plástico de um lado para o outro saltitando sobre uma rede. Ping para lá, pong para cá. Pior que o tênis de mesa individual, somente em dupla. Para quem assiste é um excelente exercício de alongamento para o pescoço, com o movimento da cabeça.
Outro esporte meio sem graça é o hóquei disputando sobre grama sintética. Imitação civilizada do hóquei sobre o gelo. Gente correndo com um taco na mão tentando dominar uma bola do tamanho daquela do jogo de tênis. Muito chato. Mais maçante que o hóquei somente o beisebol.
Transmissão da prova de natação, nado livre 50 metros, pela televisão, participação de César Cielo. Comentarista especialista em natação garante que Cielo é franco favorito a ganhar a prova. O narrador deslumbrado e eufórico, com exagerado ufanismo, berra: “Vamos lá, Cielo. A medalha de ouro é nossa. Quero te ver no ponto mais alto do pódio”. No rápido percurso de 50 metros, o excesso nacionalista, a exacerbação patriótica, a xenofobia marcante, peculiaridades demonstradas pelo entusiasta narrador, chega a ser ridícula. Cala boca, Magda. Otimismo demasiado. Cielo em terceiro lugar, bronze.
A namoradinha de César Cielo Priscila Machado, a “nossa” miss Farroupilha, miss Brasil, não poderia ser diferente, ficou decepcionada. Ela também, terceiro lugar, medalha de bronze, no concurso de Miss Universo.
Nem oito nem oitenta. Competição de ginástica olímpica de aparelhos com argolas, participando o brasileiro Arthur Zanetti. Transmissão pela televisão e segundo opinião dos entendidos, com total pessimismo, Zanetti, com tudo correndo bem poderia obter medalha de bronze. Decepção para os entendidos. Deviam calar a boca as línguas ferinas. Medalha de ouro para Arthur Zanetti.
O nadador Michael Phelps é um fenômeno. Em quatro Olimpíadas disputadas se tornou individualmente o atleta que conquistou mais medalhas, um total de 22, 18 de ouro, duas de prata, duas de bronze. A conquista espetacular surpreendente, comparada aos outros paises. Por exemplo. Portugal conquistou em todas as Olimpíadas 23 medalhas. Em todas as Olimpíadas o Brasil até agora conquistou 23 medalhas de ouro (Phelps 18). Na América do Sul e Central somente Brasil e Cuba conquistaram mais medalhas de ouro que o americano: Argentina 17, México 12. Os demais paises no máximo com duas medalhas de ouro.
sábado, 4 de agosto de 2012
Maria-vai-com-as-outras
Acontece em julgamento colegiado o voto de algum juiz em que sua excelência pronuncia uma ou outra frase: voto com o relator ou acompanho o relator.
O ministro relator do tribunal lê o catatau que origina o processo e é o primeiro a votar.
Em seguida votam os demais juizes que simplesmente se pronunciam assim: voto com o relator. Embora seja desse modo, através de uma expressão rápida e incisiva, esse voto significa o entendimento, o sentido preciso, exato e literal do que foi descrito. Acompanha a referência, a interpretação fiel do que foi dito, sem qualquer questionamento. Um voto adequado à expressão latina “ipsis litteris”.
Pode algum ministro votar com o relator, mas utiliza algum tempo para ratificar e justificar seu voto, um parecer que poderia se resumir com o acompanho o relator. Nem todos votam com o relator. Nessas ocasiões o voto contrário equivale a uma discurseira que leva longo tempo, justificável e técnica.
Votar com o relator, acompanhar o relator, pode ser entendido como no popular se conhece pelo ditado “Maria-vai-com-as-outras”, ou seja, no sério, a pessoa facilmente influenciável, que se deixa levar pela opinião de outras pessoas. Na verdade em quantos momentos nos deixamos influenciar em nossas escolhas, decidimos pela opinião dos outros. Ruim ou bom? Seguir os passos daqueles que nos procederam principalmente se as estratégias comportamentais foram bem sucedidas, é natural ao ser humano.
No entanto no julgamento de um juiz toda a decisão deve ser técnica, ao pé da letra, sem emoções. Se alguma coisa no passado foi bem sucedida, que seja exemplar e determinante, nada tem de emocional, no contexto da lei é a jurisprudência.
Começa o julgamento, conhecido como Mensalão, que deverá ser histórico nos anais do STF. Processo que envolve um calhamaço de 234 volumes, com 50.000 páginas, envolvendo 11 juizes, 38 réus, dezenas de advogados, mais de 600 testemunhas e que deverá levar quase três meses até uma decisão final, quando juizes irão ou não votar com o relator, relator que pronunciará seu voto para o bem ou para o mal, absolvendo ou condenando os acusados José Dirceu e sua súcia, sua camarilha.
Refletindo bem, essa turma condenada, pode ser somente um ajuste moral. Condenados a cumprir pena talvez de dois a no máximo cinco anos, provavelmente nem irão para a cadeia e se forem serão beneficiados em pequeno espaço de tempo pelo sistema de progressão de regime e certamente muitos, satisfeitos com a vida de bolso cheio com a grana arrecadada com o mensalão, escondida em malas e cuecas.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Doença na hora
Numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo o então deputado federal Roberto Jefferson disse que o PT pagava mensalmente 30 mil reais a deputados para obter apoio na Câmara Federal aos seus projetos. Sua declaração em 2005 deu início ao mais rumoroso caso de corrupção na história política nacional. Jefferson na época era presidente do PTB, que ainda é, embora tenha seu direito político de deputado cassado, abriu a boca, bancou o delator, dedo duro, um X-9, talvez porque a grana para ele e o partido era pouca. Queria mais. Não levou, dedurou a turma do PT, principalmente o mentor do Mensalão o Zé Dirceu. É réu no mesmo Mensalão. Coincidentemente ou não Jefferson teve que ser operado justamente nessa época. De forma estratégica se retira do cenário, do foco das atenções.
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