Então
aconteceu. Pelo raciocínio lógico das pessoas, pelo entendimento racional dos
eleitores, por todos aqueles sem o possessivo radicalismo, sem exacerbado
partidarismo, sem irado preconceito, na apreciação e na observação comedida,
sem paixões, julgando as realizações nesses quatro anos de governo de Dilma
Roussef, ela mereceu a reeleição.
Ocorreu a
vitória de Dilma premeditada, sua reeleição esperada, enfim a prefiguração
concebida eleitoralmente, considerando-se as avaliações por pesquisas
realizadas, qualificando seu governo nos conceito ótimo e bom 40 e 45%, regular
35%. Foi atribuída a Dilma, pelo seu governo, a qualificação de excelente e
satisfatório (40 e 45%), bem-proporcionado (35%) e assim poderemos reputar por
uma conta - somados os conceitos ótimo, bom e regular - justificada, razoável,
sensata e moderada definição, um total de 70% de aceitação popular, de
aprovação dos brasileiros, pelo seu governo. Dilma retirou da miséria plena, da
indigência, miseráveis que passaram a se alimentar com o Bolsa Família. Pobres
ascenderam à classe média baixa (C e D). Empresários conseguiram maiores
empreendimentos com dinheiro do BNDES. Banqueiros, com seus bilionários lucros,
não se queixam da política econômica/financeira governamental.
Por tudo
isso Dilma foi reeleita. Poderia ter uma vitória nas urnas superior a 55%,
senão fossem as mazelas ocorridas, os desatinos imorais praticados pelo seu
partido e outros aliados. Venceu nas urnas e venceu uma devassa situação. Dilma
mulher e vencedora. Sobreviveu aos atos desonestos, a ignomínia, a rafuagem
proporcionada pelos homens do seu partido (PT). Dilma mulher e presidenta. Superou
as falcatruas, o opróbrio de outros homens dos partidos aliados (PMDB e PP), todos
eles envolvidos na organização escandalosa de corrupção da Petrobras. Só mesmo alguém com a fibra de Dilma venceria
uma eleição com tantas denúncias de roubalheira. Só mesmo a Dilma de coragem para
enfrentar o terrorismo eleitoral de alguns órgãos da mídia.
Dilma
demonstra que mulher não é sexo frágil. Dilma é a Amélia: que não tem a menor
vaidade, que é mulher de verdade.
*** ***
Redes
sociais durante o período pré-eleitoral e pós-eleitoral abusaram em ofensas,
ódio disseminado, ira xenófobica, raiva incontida, ofensas que poderiam ser
jogadas no lixo, infâmias a ser colocadas em fossa fecal.
As mensagens
racistas, os discursos preconceituosos contra nordestinos brasileiros, eles julgados
como a escoria da sociedade, eles, a causa da vitória de Dilma e a conseqüente
derrota de Aécio.
Nas redes
sociais nordestinos xingados de todas formas numa afirmação errônea de que foram
eles os responsáveis pela vitória de Dilma.
Ledo engano.
Contra fatos não há argumentos. Diante do resultado da eleição, dos números
apresentados, chega-se a conclusão de que os eleitores no Rio Grande do Sul são
formados por 46% de nordestinos burros (percentual de votos de Dilma no
estado), e que 41% dos sulistas são ignorantes nordestinos (Dilma no sul do
país fez 41% dos votos).
Os eleitores
nordestinos (nove estados) elegeram Dilma com um pouco mais de 20 milhões de
votos. No sul e sudeste a votação de Dilma foi de 26.6 milhões de votos. Na interpretação
de radicais, no raciocínio de maldosos comentários postados nas redes sociais,
as pessoas do sul e sudeste brasileiro - os ricos, alfabetizados, gente séria,
honesta e direita, gente da “elite branca”- certamente entre elas pode se constatar
milhões de analfabetos, corruptos, pobres da Bolsa Família, que não sabem ler e
não se informam, considerando-se que Dilma somou nas duas regiões (sul e
sudeste) 6.4 milhões de votos a mais que a votação nordestina.
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