segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Santos Inocentes pobres crianças

Canal por assinatura History (H). Acompanho a série sobre os homens mais cruéis, impiedosos e sanguinários do mundo em todos os tempos.
As paginas históricas de atrocidades estão repletas de pessoas praticantes de cruéis atos malignos. Monstruosos para quem a vida humana alheia não tem valor algum, protagonistas fratricidas. Os desafiadores daqueles desumanos, seres humanos normais, tornavam-se inimigos mortais. Pior, a morte prometida e consumada era de forma sangrenta, dolorosa e torturante, para a satisfação dos tiranos facínoras, sádicos extravagantes por algum espetáculo sanguinolento, quer pela vingança, ou por qualquer outro motivo. Para eles o fascínio doentio pela morte como capricho. Não tinham piedade por homens, mulheres e crianças.
Átila, o rei dos hunos, era implacável bárbaro assassino que pretendia destruir o Império Romano e todos aqueles que surgissem em sua trajetória, como algum cidadão romano. Mesmo pedindo misericórdia não adiantava. Estava morto.
Suas ações eram tão destrutivas e desditosas que diziam que Átila deveria ser um castigo do céu, praga de Deus.   
Genghis Khan era o Khan do Império Mongol que conquistou a maior parte da China. Mais um marcado pela crueldade e vingança. Seu exercito destruiu um incontável número de cidades assassinando soldados e civis. Torturava e decapitava inimigos. Pessoas eram mortas com metal fundido derramado nos olhos e ouvidos.
Herodes, Rei da Judeia, é outro nome na galeria daqueles que não tinham qualquer sentimento humano. Cruel desventurado, paranóico sanguinário, sua desdita era ser um infanticida, assassino impiedoso de crianças. Foi ele o protagonista, descrito na Sagrada Escritura, como autor e responsável pelo episódio de infanticídio, que ficou conhecido como o “Massacre dos Inocentes”.
Herodes teria ordenado a execução de todos os meninos nascidos em Belém porque entre eles poderia estar o recém-nascido, aquele que foi denominado o “Rei dos Judeus”, Jesus Cristo, para quem Herodes poderia perder seu reinado. Para evitar esse desdouro futuro, inocentes foram eliminados, todos os meninos nascidos no período de nascimento de Jesus.
Essa trucidação infantil trata todos aqueles meninos dizimados, como os primeiros mártires cristãos e por isso a igreja católica reverência o episódio com data especial.
Foi numa missa, num dos últimos domingos de dezembro, que o celebrante na homilia, em sua prédica, refere-se a 28 de dezembro como dia dos Santos Inocentes. Curioso, fui pesquisar o porquê da comemoração e cheguei as conclusões descritas no texto, um passado que não parece ser distante do presente.
Nos dias de hoje ainda há massacre de inocentes. Na atualidade existem santos inocentes. Subsistem os mártires no mundo contemporâneo.
Crianças são exploradas pelo crime do trabalho infantil. A necessidade proporcionada pelo estado de miséria oferece o desperdício da infância com a ausência de lúdicos entretenimentos.
Crianças exploradas por uma causa como do Estado Islâmico. O menino camuflado com roupas militares fazendo um convite para matar os infiéis.
Crianças sírias mostradas com feições raquíticas, desesperadas. Flagrantes de imagens físicas cadavéricas. Famélicas imploraram um prato de comida.
Crianças que padecem no drama migratório. Na tortuosa viagem do oriente para o ocidentes naufragam e são encontradas mortas numa praia qualquer da Grécia ou da Turquia. Crianças massacradas, mártires, santas inocentes, desde a antiguidade de Herodes, ao tempo atual dos senhores do poder.











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