terça-feira, 24 de maio de 2016

Cristo: "Consummatum est" / Dilma: "Tudo está consumado"

Jesus Cristo ao morrer na cruz, como últimas palavras pronunciou: “Consummatum est”. Muito provavelmente em novembro, quando tudo estará definido, Dilma Roussef, destituída da presidência da República em português explícito, poderá dizer:
“Tudo está consumado”. Assim termina a trajetória política de uma mulher que ficará lembrada nos anais republicanos como uma pessoa marcante na vida política-administrativa do país, a primeira mulher presidente do Brasil, para o bem ou para o mal, a ser registrada em compêndios da história nacional.
Quase ao final do ano, em novembro, o fim de uma mulher que governava os brasileiros passará a ser uma simples cidadã, provavelmente a cuidar dos netos.
Dilma Vana Roussef nasceu em confortável berço de uma família mineira de classe acima da média. Adolescente, poderia realizar todos os sonhos de uma garota na alegria de seus 16 anos, enfim “gozar a vida”. Mais não foi assim. A jovem, com idade adulta, prematuramente buscou outro caminho, o da liberdade. Precocemente  tornou-se revolucionária, contestou e lutou contra a tirania de uma ditadura militar. Envolveu-se na luta armada, foi presa, suportou aos sofridos processos de tortura, sobreviveu. Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Início de sua carreira política.  
Graduada em economia sua vida pública começou como secretária municipal da fazenda 1985/1988, quando Alceu Colares (PDT), prefeito de Porto Alegre.
Nos anos 1991/1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística. Entre os anos de 1999/2002, período do governo estadual de Alceu Colares, desempenhou a função de secretária estadual de Minas e Energia. No governo de Olívio Dutra (PT) retornou à mesma secretaria no período de 1999/2002.
No ano de 2001 fez sua filiação partidária ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Burocrata competente e eficiente, Dilma participou do grupo que realizou a transição governamental, como também fez parte da comissão que formulou o plano de governo do recente eleito Lula.
No início do governo Lula foi ministra de Minas e Energia e em 2005 Ministra-chefe da Casa Civil. Para se tornar conhecida nacionalmente foi chamada de “gerente” de um grandioso programa nacional, Programa de Aceleração do Crescimento, objetivando  sua candidatura a presidência da República. Assim aconteceu.
Em Brasília, na convenção do PT para a escolha de candidato a presidência da República foi mera formalidade. Sentida e visível que a escolha – na verdade uma determinação - caberia especificamente a Lula. Assim foi feito: foi opção pessoal de Lula que candidata seria Dilma Vana Rousseff.
Desgostou aos muitos petistas autênticos por diversos motivos: esses petistas legítimos, de raízes, não concebiam que uma novel correligionária se tornasse candidata do partido; inexperiente ela nunca havia participado de uma campanha política como candidata a algum cargo eletivo; no partido havia nomes vencedores em urnas, entre tantos, por exemplo, Tarso Genro, inclusive quatro vezes ministro do governo Lula que parecia ser indício de sua candidatura; finalmente por ser mulher mais fácil de ser manobrada, com Lula na sua sombra.
Dilma governou quatro anos (2010, 2014), infelizmente seu segundo mandato não durou um ano e meio. Dilma sai do governo por crime de responsabilidade, na verdade ela seria impedida por qualquer outra causa, pois mais verdade ainda, ela é deposta da presidência, pelos erros cometidos, pela péssima administração de seu governo.   



  

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