Clero é a
palavra que descreve a classe clerical, ou seja, são os religiosos conhecidos
como sacerdotes que fazem parte de uma igreja. É também um conjunto de
religiosos que podem pertencer a um determinado grupo, a um determinado culto e
etc.
O clero
surgiu com a Igreja Católica, época da idade média, clero esse representado dos
padres até o Papa, obedecendo a hierarquia da Igreja.
Há o alto e baixo clero. O alto clero era formado por cardeais,
arcebispos, bispos e sacerdotes de famílias ricas. O baixo clero constituído
por sacerdotes e diáconos das famílias pobres.
Escrito isso, podemos fazer uma ilação a partir de um
determinado etcetera acima mencionado ou
seja, a determinada classe política.
O baixo clero na política, especificamente os deputados da Câmara
são parlamentares de pouco prestígio. Isso pouco importa, em razão de que são
movidos por interesses paroquiais e pessoais, sempre em busca de emendas
parlamentares para a construção de quadras esportivas, calçamento de ruas e
etc. em beneficio de suas bases eleitorais. De modo geral não são capazes de
intervir no cenário da política nacional. Nenhum deles saem daquele ciclo para
eventualmente alcançarem uma projeção politicamente excepcional com destaque
nacional ou até mesmo no ambiente do próprio legislativo. Quando muito podem ser vice-líder, vice disto
ou vice daquilo.
Deputados do baixo
clero nem sempre formam um bloco compacto, mas trata-se de um grupo definido. Tem
perfis discretos de atuações pouco expressivas. São calados, poucos usam a
tribuna em plenário, cautelosos dominam o ambiente com conchavos em sussurros
ou conluios em cochichos. A maioria são deputados inexperientes, provincianos
ou fisiológicos. Essa turma pode parecer inexpressiva individualmente, mas
ganha contornos de evidência e importância no coletivo em votações decisivas
como a eleição para a presidência da Câmara, ou como aconteceu recentemente com
a votação da admissibildade de impeachment.
Faz parte do baixo clero o deputado Waldir Maranhão. Entre
as condições melhores unicamente em ser vice, o deputado maranhense obteve a
melhor vice-presidência, aquela da mesa diretora da Câmara. Deslumbrado
alcançou a notoriedade nacional ao chegar a presidência (Cunha caiu fora), algo
nunca visto com um parlamentar do baixo clero. Waldir Maranhão chegou lá.
De uma família de 10 irmãos de poucas posses, de muitas
necessidades, moradora em bairro da periferia de São Luiz (MA), o polêmico
deputado, tal e qual a infância miserável de muitos futebolistas famosos,
chegou ao seu apogeu político: presidente da Câmara Federal e assim
constitucionalmente, o primeiro nome na sucessão presidencial.
Sua excelência Waldir, não pode ser considerado ignorante
como muitos pensam. Ele possui curso superior graduado em veterinária, portando
conhecedor de animais. Mais. Ele pode ser considerado um intelectual, afinal
ele foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão.
Waldir protagonizou intensa celeuma em 48 horas (suas horas de
fama), quando revogou o processo de impeachment na Câmara. Agiu por conta
própria para ser expoente na mídia, serviu de joguete ao interesse de
terceiros, marionete nas mãos de outros?
Discuti-se o posicionamento, o comportamento do deputado,
mas há uma certeza: não se trata de um traidor. Contra a decisão do seu partido
(PP) em votar pelo SIM na célebre votação, firme, coerente, decisivo votou pelo
NÃO ao impeachment.
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