terça-feira, 17 de maio de 2016

Waldir Maranhão é do baixo clero

Clero é a palavra que descreve a classe clerical, ou seja, são os religiosos conhecidos como sacerdotes que fazem parte de uma igreja. É também um conjunto de religiosos que podem pertencer a um determinado grupo, a um determinado culto e etc.
O clero surgiu com a Igreja Católica, época da idade média, clero esse representado dos padres até o Papa, obedecendo a hierarquia da Igreja.
Há o alto e baixo clero. O alto clero era formado por cardeais, arcebispos, bispos e sacerdotes de famílias ricas. O baixo clero constituído por sacerdotes e diáconos das famílias pobres.
Escrito isso, podemos fazer uma ilação a partir de um determinado etcetera  acima mencionado ou seja, a determinada classe política.
O baixo clero na política, especificamente os deputados da Câmara são parlamentares de pouco prestígio. Isso pouco importa, em razão de que são movidos por interesses paroquiais e pessoais, sempre em busca de emendas parlamentares para a construção de quadras esportivas, calçamento de ruas e etc. em beneficio de suas bases eleitorais. De modo geral não são capazes de intervir no cenário da política nacional. Nenhum deles saem daquele ciclo para eventualmente alcançarem uma projeção politicamente excepcional com destaque nacional ou até mesmo no ambiente do próprio legislativo.  Quando muito podem ser vice-líder, vice disto ou vice daquilo.
 Deputados do baixo clero nem sempre formam um bloco compacto, mas trata-se de um grupo definido. Tem perfis discretos de atuações pouco expressivas. São calados, poucos usam a tribuna em plenário, cautelosos dominam o ambiente com conchavos em sussurros ou conluios em cochichos. A maioria são deputados inexperientes, provincianos ou fisiológicos. Essa turma pode parecer inexpressiva individualmente, mas ganha contornos de evidência e importância no coletivo em votações decisivas como a eleição para a presidência da Câmara, ou como aconteceu recentemente com a votação da admissibildade de impeachment.
Faz parte do baixo clero o deputado Waldir Maranhão. Entre as condições melhores unicamente em ser vice, o deputado maranhense obteve a melhor vice-presidência, aquela da mesa diretora da Câmara. Deslumbrado alcançou a notoriedade nacional ao chegar a presidência (Cunha caiu fora), algo nunca visto com um parlamentar do baixo clero. Waldir Maranhão chegou lá.
De uma família de 10 irmãos de poucas posses, de muitas necessidades, moradora em bairro da periferia de São Luiz (MA), o polêmico deputado, tal e qual a infância miserável de muitos futebolistas famosos, chegou ao seu apogeu político: presidente da Câmara Federal e assim constitucionalmente, o primeiro nome na sucessão presidencial.
Sua excelência Waldir, não pode ser considerado ignorante como muitos pensam. Ele possui curso superior graduado em veterinária, portando conhecedor de animais. Mais. Ele pode ser considerado um intelectual, afinal ele foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão.
Waldir protagonizou intensa celeuma em 48 horas (suas horas de fama), quando revogou o processo de impeachment na Câmara. Agiu por conta própria para ser expoente na mídia, serviu de joguete ao interesse de terceiros, marionete nas mãos de outros?
Discuti-se o posicionamento, o comportamento do deputado, mas há uma certeza: não se trata de um traidor. Contra a decisão do seu partido (PP) em votar pelo SIM na célebre votação, firme, coerente, decisivo votou pelo NÃO ao impeachment.
  



   




 




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