Muros são construídos
com pedras e tijolos que servem originariamente e simplesmente de linha
divisória entre propriedades.
Muros, além
de demarcar áreas, o que seria precipuamente sua função, tem se tornado um
símbolo da vergonha, do constrangimento. Muros estão sendo construídos para
impedir ou dificultar a passagem de pessoas entre países ou regiões.
O emblema
desse acanhamento é o Muro de Berlim que dividiu a cidade em duas partes: socialista
e capitalista.
Há outras
construções abomináveis contra a liberdade de ir e vir.
O muro construído
na Cisjordânia por Israel serve para evitar a infiltração de terroristas em Israel.
Muro
fronteiriço entre Estados Unidos e México serve de proteção para proibir a
entrada de imigrantes ilegais.
Muros em
construções na Hungria, Grécia, Sérvia para dificultar entrada de refugiados na
Europa.
Por aqui, em
Brasília, tivemos no nosso muro da vergonha.
O muro na
capital federal foi ali colocado por causa de uma questão política: a votação da
admissibilidade do impeachment. Desdoura visão de uma sociedade dividida,
desditosa observação da intolerância explicita. Desventurada ausência do
sentido de compreensão, do entendimento, de que a diversidade de opiniões faz
parte do relacionamento humano, da politização das pessoas.
Massas
separadas quais fossem rebanhos de gado de diferentes raças.
Não pode se
entender, difícil mesmo compreender de que cada lado do muro estão cidadãos
rotulados como inimigos: coxinhas e
mortadelas.
Gente que
estão separadas pelo medo por defender ideias políticas em lado opostos, ideologias
e opiniões, mas que amanhã conforme conta a História poderão estar abraçados em
nome da governabilidade, da paz, pelo bem do país.
Quanto aos
outros, os políticos que estão lá dentro em seus gabinetes, pelos quais se
discute aqui fora separados por um muro, prosseguirão com falsidades,
falcatruas e corrupção. Aqui fora um muro para separar os autênticos, os
verdadeiros, o povo.
***
***
A poderosa e
riquíssima FIESP fez de sua sede, num portentoso prédio da avenida Paulista, um
verdadeiro quartel general “pró- impeachment”, festiva e engalanada, cheia de
patinhos amarelos, além de um grande pato amarelo em Brasília.
Pelo seu
poder financeiro a FIESP gastou fortunas na mídia (Jornal e Tv) alertando
deputados a votar pelo SIM.
O presidente
da FIESP, potente magnata da indústria, Paulo Skaf, foi candidato ao governo de
São Paulo (PMDB) - fez somente 21% dos votos – mas sua intenção maior é ser candidato
a presidência da Republica pelo PMDB.
Deve
aproveitar a desgastante e ultrajante trajetória dos políticos tradicionais,
aproveitando o vácuo político.
É bom
lembrar. Nas investigações do caso italiano de corrupção conhecido como “Mãos
Limpas”, semelhante ao ”Lava Jato” depois de encerrado muita gente condenada e presa
e tudo voltou a normalidade, inclusive politicamente. De repente, no vácuo
político surgiu um milionário industrial de nome Silvio Berlusconi. Polêmico,
controverso, contraditório, de política pelo interesse próprio, foi até
envolvido em corrupção. Tem gente que afirma que futuramente como presidente,
Paulo Skaf poderá ser um Silvio Berlusconi coincidentemente.
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