terça-feira, 3 de maio de 2016

Muros da vergonha: até em Brasília.

Muros são construídos com pedras e tijolos que servem originariamente e simplesmente de linha divisória entre propriedades.
Muros, além de demarcar áreas, o que seria precipuamente sua função, tem se tornado um símbolo da vergonha, do constrangimento. Muros estão sendo construídos para impedir ou dificultar a passagem de pessoas entre países ou regiões.
O emblema desse acanhamento é o Muro de Berlim que dividiu a cidade em duas partes: socialista e capitalista.
Há outras construções abomináveis contra a liberdade de ir e vir.
O muro construído na Cisjordânia por Israel serve para evitar a infiltração de terroristas em Israel.
Muro fronteiriço entre Estados Unidos e México serve de proteção para proibir a entrada de imigrantes ilegais.
Muros em construções na Hungria, Grécia, Sérvia para dificultar entrada de refugiados na Europa.
Por aqui, em Brasília, tivemos no nosso muro da vergonha.
O muro na capital federal foi ali colocado por causa de uma questão política: a votação da admissibilidade do impeachment. Desdoura visão de uma sociedade dividida, desditosa observação da intolerância explicita. Desventurada ausência do sentido de compreensão, do entendimento, de que a diversidade de opiniões faz parte do relacionamento humano, da politização das pessoas.
Massas separadas quais fossem rebanhos de gado de diferentes raças.
Não pode se entender, difícil mesmo compreender de que cada lado do muro estão cidadãos rotulados como  inimigos: coxinhas e mortadelas.
Gente que estão separadas pelo medo por defender ideias políticas em lado opostos, ideologias e opiniões, mas que amanhã conforme conta a História poderão estar abraçados em nome da governabilidade, da paz, pelo bem do país.
Quanto aos outros, os políticos que estão lá dentro em seus gabinetes, pelos quais se discute aqui fora separados por um muro, prosseguirão com falsidades, falcatruas e corrupção. Aqui fora um muro para separar os autênticos, os verdadeiros, o povo.
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A poderosa e riquíssima FIESP fez de sua sede, num portentoso prédio da avenida Paulista, um verdadeiro quartel general “pró- impeachment”, festiva e engalanada, cheia de patinhos amarelos, além de um grande pato amarelo em Brasília.
Pelo seu poder financeiro a FIESP gastou fortunas na mídia (Jornal e Tv) alertando deputados a votar pelo SIM.
O presidente da FIESP, potente magnata da indústria, Paulo Skaf, foi candidato ao governo de São Paulo (PMDB) - fez somente 21% dos votos – mas sua intenção maior é ser candidato a presidência da Republica pelo PMDB.
Deve aproveitar a desgastante e ultrajante  trajetória dos políticos tradicionais, aproveitando o vácuo político.
É bom lembrar. Nas investigações do caso italiano de corrupção conhecido como “Mãos Limpas”, semelhante ao ”Lava Jato” depois de encerrado muita gente condenada e presa e tudo voltou a normalidade, inclusive politicamente. De repente, no vácuo político surgiu um milionário industrial de nome Silvio Berlusconi. Polêmico, controverso, contraditório, de política pelo interesse próprio, foi até envolvido em corrupção. Tem gente que afirma que futuramente como presidente, Paulo Skaf poderá ser um Silvio Berlusconi coincidentemente.
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