quarta-feira, 19 de julho de 2017

No ambiente escolar "no chão da escola"

Houve época no ensino brasileiro em que os alunos ao ingressar no curso Científico ou Colegial (hoje correspondente ao Ensino Médio) estudavam e se preparavam para cursos superiores. Não obstante, havia outras opções, em que o estudante ao final dos três anos de estudo poderia profissionalmente ingressar de imediato no mercado de trabalho: técnico em contabilidade ou magistério. Irrequieto, ligado as atividades esportivas não poderia me conceber como contabilista, aporrinhado com números, apoquentado com crédito e débito. Tinha que escolher outra profissão, quem sabe professor, preferencialmente de Educação Física. Tudo começou quando fui convidado a lecionar do antigo Colégio São Tiago, na época escola particular. Tempos depois fui contratado pelo estado. Trabalhei em diversas escolas e encerrei minhas atividades no Colégio Estadual Farroupilha, o popular, simplesmente Estadual. Atuei profissionalmente como professor durante 35 anos. Foi nesse ambiente escolar que obtive a maior realização da minha vida envolvendo a sensibilidade afetiva, o sentimento de amar, enfim a realização do meu casamento. O Colégio São Tiago foi o destino, que me proporcionou a felicidade conjugal. Naquela a época o colégio completava seu corpo docente com a contratação de professoras oriundas de Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Uma caxiense me chamou atenção, pelo discreto e cativante carinho que demonstrava. Interessei-me. Fui até a secretaria buscar informações sobre a moça. Clady, secretária, informou-me o telefone da pretendida. Neiva Teresinha, o nome da professora. Tornou-se minha mulher, a mãe dos meus filhos, companheira e parceira e lá se vão quase 40 anos. Felizes reminiscências. As recordações me fazem ainda lembrar da primeira professora, lá no curso primário,morena de lindos olhos verdes de nome Arlete. A professora dos meus primeiros ensinamentos. Muitos e muitos anos se passaram até chegar a professora da minha vida, do meu destino, Neiva Teresinha.
Fiz ou faço parte dos 90 anos do Estadual. Durante duas décadas andei inumeráveis vezes por aquele corredor de quase cem metros de piso de ladrilhos carcomido pelo tempo. Subi e desci incontáveis vezes a escada no vai e vem em direção ao segundo piso. Prédio de construção antiga, robusto de possantes paredes, com altura proeminente entre o piso e o forro das salas (pé direito) que deve guardar mistérios, felicidades e infortúnios, nas vidas de centenas de professores, de milhares de alunos que ali lecionaram e estudaram. No Estadual, como em todas as escolas, não se discute gênero, pela própria natureza da profissão em que as mulheres têm domínio. Os homens aceitam e compreendem a situação. Por ser assim, nessa questão de gênero, nos muitos anos do colégio tive apenas dois diretores com trabalho eficiente, tanto quanto as dezenas de diretoras das quais fui subalterno.
Boas lembranças da amizade de inesquecíveis colegas, de centenas de alunos, do ambiente escolar. Como professor além das aulas, fui responsável técnico na

  

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