terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Carta com cocô para presidente da Câmara:merda por merda

O indecente ano de 2017 acabou. Na verdade não deveria estar na folhinha do Calendário Gregoriano. Politicamente trata-se de um ano para se esquecer, que não tenha passado para se evitar lastimáveis recordações. Que se omita nos anais da República, olvidado e desdenhado na história.  Ano da vergonha política pelo descalabro governamental com a decadência da ética, com a ruína moral. A falta de pudor, os valores morais perdidos, a ética desmoralizada agregada aos escândalos financeiros, o gangsterismo, a bandidagem, as organizações criminosas, tudo protagonizado pelas “vossas excelências” do Congresso Nacional, oportunistas e fisiologistas deputados. Mais verdade ainda. Delinquentes de escabrosas negociatas com o dinheiro público, vigaristas que furtaram o honesto voto do eleitor para se aproveitarem de incontáveis mazelas.
Alguém tem alguma dúvida da parte podre do poder político? Claro que não. Um poder desmoralizado pelas depravações, decadente pelas falcatruas, degradado pela corrupção. Sim, os epítetos mencionados são dirigidos à classe política, referências aos donos do poder.
Ano de 2017, esqueça-se. As duas denúncias da PGU alcançaram o poder executivo e no seu desdobramento legal, com a votação em plenário da câmara o que se observou foi o decoro desrespeitado, a prática descarada  do fisiologismo contagiando a compostura, corrompendo a decência.
Temer salvou-se. A salvação custou caro. Propina em torno de 32 bilhões (emendas parlamentares, Refis juro zero, divida do Funfural, quitada).
Salafrários satisfizeram seus interesses pessoais e partidários.
Ano 2017, ano caricato, cenas de comédia pastelão, chanchadas de baixa qualidade. Vimos a ridícula corridinha daquele charlatão com uma mala de dinheiro. Surreal foi encontrar uma fortuna, negócio de 50 milhões de reais, escondida no interior de um apartamento.
Deputado em regime semiaberto. Retorna da câmara para a prisão. É descoberto com queijo e biscoitos na cueca. No mínimo um porcalhão.
Momento da “carne é fraca”. Recusa do produto no mercado internacional. Presidente convida embaixadores para almoço em churrascaria de Brasília para dirimir qualquer dúvida: a carne brasileira é excelente. A verdade: a carne da churrascaria é importada.   
Houve até o momento escatológico. Carta enviada ao presidente da Câmara de Deputados, cujo conteúdo era matéria solida, cocô. No interior do envelope papel higiênico sujo com fezes. Pode se entender o missivista: merda por merda...
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Janeiro de 1988, ano de eleição. Faz 30 anos. “O Farroupilha” quis saber a opinião dos eleitores com a enquete “O que você pensa dos políticos?” O pensamento da época parece não ser diferente dos dias atuais. Opinião de alguns farroupilhenses:
- Sônia, comerciária, 21 anos: “Eles só pensam neles. Eles prometem e não cumprem. Vou votar em branco”
- Rogério, vendedor, 28 anos: “Decididamente são políticos de um país subdesenvolvido. Todos com uma puta cara de pau”
- João, bancário, 22 anos: “Político é um cara que não precisaria existir. São eles que atrasam o país”
- Lisete, assistente social, 27 anos: “São os verdadeiros reprodutores de um sistema desigual, de uma minoria opressora e de um povo oprimido”
- Altemir, garçom,23 anos: “Uma grande merda”.







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