Dias 2 de fevereiro e 26 de maio são as
duas festas que levam milhares de peregrinos ao Santuário de Nossa Senhora de
Caravaggio. Verdadeiras apoteoses de fé e penitência atingindo as raias do
indescritível para um lugarejo como Caravaggio, 1º Distrito de Farroupilha.
O santuário naqueles dias, templo da
graça e perdão, acolhia os peregrinos vindos a demonstrar a sua virgem, devoção
e gratidão.
Como já frisamos acima as duas são
festas tradicionais que se realizam todos os anos em veneração a Nossa Senhora
de Caravaggio em seu santuário. A festa do dia 26 maio, mais famosa e conhecida,
sabe-se de sua origem e devoção. A festa do dia 2 de fevereiro é menos
conhecida, festejada e realizada sem grande afluência de peregrinos comparada a
do dia 26 de maio. A festa do dia 2 não
tem a grandeza daquela festejada em maio, mas no seu dia festivo consegue
reunir um respeitável número de devotos.
A data de 2 de fevereiro e sua
comemoração, originou-se da seguinte forma: parecendo um castigo para alguma
pena a pagar, longa seca vinha mortificando, verdadeiro flagelo, a zona
colonial italiana nos fins do ano de 1917 e princípio de 1918. Depois de tanto esperar – foi longa e amarga
espera - unidos os colonos lembraram-se de recorrer a Nossa Senhora de
Caravaggio, de quem tantas graças haviam alcançado e estavam certos que tão boa
mãe os atenderia também desta vez. Realizaram imponente procissão e levaram
junto a imagem da Santa Virgem e, então, caiu inacreditavelmente verdadeira
torrente de água com determinada fúria pelos elementos desencadeados, pela fé
demonstrada. Era o dia 2 de fevereiro e dessa data originou-se mais uma festa votiva
de Nossa Senhora de Caravaggio para que todos os anos fosse lembrada pela chegada
da chuva, verdadeiro milagre na época para os fiés e fervorosos devotos. Assim,
no ano de 1918, as agruras vencidas, a tenacidade pela fé e devoção. A seca, a chuva:
nesse ano da graça de 2018, 100 anos de comemorações de um milagre.
A mesma história, anos diferentes
Os
dados históricos correlatos a data de 2 de fevereiro foram obtidos junto a um
artigo publicado no jornal “A Gazeta”, órgão da União Farroupilhense de
Estudante, periódico mensal, na edição do mês de fevereiro de 1955, autoria de alguém
de codinome Beno. Acredita-se que Beno tratava-se do escritor e historiador
farroupilhense Benito José Fattori. Concomitantemente, o mesmo acontecimento,
com exatos detalhes ocorridos em 1918, com somente uma diferença que é em
relação ao ano ocorrido: o milagre da chuva aconteceu no ano de 1899.
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