quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

NAQUELE TEMPO; COXINHAS E PETRALHAS


Politicamente há esquerda, existe direita ou, vice-versa. De modo geral pode ser canhoto ou destro. Todos sabem: Canhoto é o indivíduo que tem maior habilidade com os membros do lado esquerdo, portanto ele é um sinistrômano (sem preconceito, até o nome é cabuloso). Destro é o sujeito que preferencialmente usa a mão e o pé direito. Canhotos são minoria. A população mundial dos mesmos está entre 10% a 15%. Trata-se de um povo diferenciado, pessoas que se diz, esquisitas, com frequência ridicularizadas. Na verdade essa retórica, os argumentos preconceituosos não têm fundamento, os sinistrômanos tem direitos e devem ser tratados iguais aos destros. Canhoto tem seu jeito de ser. É mais emocional, destro mais racional. Simplesmente trata-se de uma característica entre muitas.
Muitos destros gostam de dormir no lado direito da cama. Preferem em conduções (ônibus, trens, aviões) o lado direito. Na esquerda dá azar. Religiosamente o canhoto é diferenciado, prejudicado.  Está escrito nos alfarrábios: “`a direita de Deus pai”. Destro odeia dirigir na Inglaterra: o volante é do lado esquerdo. No trânsito quem está à direita tem preferência. Pênalti marcado. Quem vai cobrar é o canhoto. A torcida do time fica apavorada. Fecha os olhos, não quer nem ver o que vai acontecer.
Por tudo isso preconceituosamente crianças canhotas sofrem: pais forçam para escrever direito, claro com a mão direita.
Na ciência política, esquerda e direita, são de fundamental antagonismo. Por ideologia há oportunidade da escolha política. Pessoas canhotas ou destras decididamente, por natureza, não têm alternativa. Uma criança é canhota, não por decisão sua. A pessoa é destra ou canhota desde o momento que nasce.
É secular entre militantes esquerdistas e direitistas o debate sobre ideários, o confronto doutrinário, a ambiguidade de pensamentos, ideologias sempre radicalmente opostas. Na linguagem política ideológica esse contraditório tem como semântica ser progressista (esquerda) ou conservador (direita).
A locução com aqueles termos originou-se e eternizou-se como uso político pela conotação com a Revolução Francesa (1789) - que acabou com o sistema absolutista e privilégios da nobreza - quando os liberais girondinos (chamados assim por seus membros pertencerem ao partido político denominado Girondo) e os extremistas jacobinos (denominação em razão das reuniões serem efetuadas no convento de São Tiago: Tiago em latim jacobus) , no salão da Assembleia Nacional para a implementação de uma nova Constituição, sentaram-se à direita e à esquerda, respectivamente.
Os dois grupos formaram-se após revolução.
Os jacobinos eram o grupo da classe social mais pobre, da baixa burguesia, colocados à esquerda. Os girondinos classe social prospera e dominante, situaram-se à direita. Assim, pela descrição histórica naquela época já existiam os petralhas (jacobinos) e os coxinhas (girondinos).
                                              *** ***






terça-feira, 22 de janeiro de 2019

DOS MARECHAIS AO CAPITÃO (final)


Getúlio Vargas perde apoio dos militares, o regime ditatorial já desgastante, não tem mais liderança, prestígio e força. Por todos esses motivos o ditador foi desposto em outubro de 1945 por um movimento militar liderado por generais, o que se entende na política nacional, mais uma derrubada, uma conspiração, um golpe.  No caso especifico de Vargas, golpe contra golpe, o feitiço contra o feiticeiro.
O desposto que foi substituído pelo presidente do Supremo Tribunal Federal José Linhares, porque na Constituição de 1937 (outorgada por Getúlio), não previa a figura do vice-presidente - Getúlio se achava único, insubstituível.
Fim do populismo, do Estado Novo, conhecido também como Terceira Republica Brasileira, final de um duradouro e único governo de 15 anos (1930/1945). Getúlio Vargas melancolicamente recolhe-se à sua cidade natal, São Borja.
Inicia-se um novo período. Uma vez mais constitui-se uma Assembleia Constituinte que promulga em 1946, a quarta Constituição republicana. Um dos últimos atos de Vargas, fevereiro de 1945 fez uma reforma constitucional que previa novas eleições.
Ocorrem as eleições. É eleito e empossado, o marechal do Exército Brasileiro Eurico Gaspar Dutra como 16º presidente brasileiro (1956/1951). Foi o quarto marechal presidente. Marechal era o mais alto posto na hierarquia militar. A patente foi extinguida em 1967. O maior posto passou a ser general de exército.
Eleição de 1950. Getúlio Vargas tem um retorno triunfante, eleito democraticamente pelas urnas. Morre em 1954 em pleno mandato, substituído pelo vice Café Filho, que ficou 1 ano e meio no governo, afastado por motivo de saúde.  Foi substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz, que ficou apenas três dias como presidente. Foi deposto pelo marechal Lott. Assumiu o governo por 81 dias presidente do senado Nereu Ramos. Superada a crise política há eleições. É eleito Juscelino Kubitschek (1956/1961). Seu sucessor Jânio Quadros renuncia depois de 206 dias como presidente. Quem deveria assumir seria o vice-presidente João Goulart, estava ausente, em viagem à China. Assume Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara e fica 13 dias no governo. João Goulart retorna, assume o governo (1961/1964). Jango é cassado pelo Congresso. De novo Ranieri Mazzili é presidente.
Outra reviravolta na história republicana, mais um golpe militar (1964). Sucedem-se os generais presidentes. Retorno da democracia, do livre arbítrio. Em 1984 por eleição indireta, o Congresso elegeu Tancredo Neves presidente. Não assume em razão de sua morte. Presidente, o vice José Sarney. Sucede-se democraticamente as sucessões presidenciais. Após Sarney, Fernando Collor. Renuncia. O vice Itamar Franco, torna-se presidente. Elegem-se ainda Fernando Henrique, Lula da Silva, Dilma Roussef, destituída pelo impeachment. Michel Temer vice é presidente.
Nesse ano assumiu como presidente, o 38º da República, Jair Bolsonaro. Depois de marechais e generais como presidentes assume um capitão. Na hierarquia militar parece um erro, capitão mandar em general. Ocorre que pela Constituição o presidente é o comandante supremo das forças armadas. Marechais, generais, capitão. Um golpe militar está fora de cogitações. Militar dar golpe em militar é pilheria.
                                              *** ***
História republicana presidencial é complicada, única: :
26 presidentes civis, 10 militares, (4 marechais, 5 generais, 1 capitão), 2 Juntas Militares.
8 vice-presidentes eleitos empossados como presidentes. Ainda presidentes, 1 juiz STF, 1 senador, 4 deputados federais.             
  


DOS MARECHAIS AO CAPITÃO (parte 2)


O oitavo presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, o terceiro marechal presidente, teve apoio irrestrito dos militares e da maioria privilegiada e predominante das oligarquias.
O poder presidencial republicano retorna aos civis, com a eleição do nono presidente, o mineiro Venceslau Brás (1914/1918). Durante seu governo foi publicado o primeiro Código Civil Brasileiro, com detalhe importante em termos de grafia: pela primeira vez o nome Brasil, escrito com a letra S
No processo sucessório presidencial é escolhido e reeleito Rodrigues Alves. Doente, faleceu antes de assumir o cargo.
Assume como presidente o vice, Delfim Moreira. Seu curto período de governo, 255 dias, compreende novembro de 1918 a julho de 1919.
Pela Constituição de 1891, o vice se tornaria definitivamente presidente caso o presidente eleito morresse antes dos decorridos dois anos de mandato. Por ser assim constitucionalmente, nova eleição foi realizada para cumprimento do mandato de Rodrigues Alves, sendo eleito para um mandato de três anos, o paraibano Epitácio Pessoa (1919/22), com uma peculiaridade: eleito quando estava em viagem na França.
Artur Bernardes, mineiro, foi eleito 12º presidente da República (1922/26)
O 13º presidente, nascido no Rio de Janeiro, Washington Luis (1926/1930). Plena democracia, eleições em março de 1930 para a escolha do sucessor de Washington Luis. Pelas urnas é eleito presidente Júlio Prestes, que no voto derrotou Getúlio Vargas. No entanto faltando 21 dias para o término do mandato, Washington Luis, tornou-se o último presidente efetivo da República Velha, foi deposto por um golpe de Estado militar e, como sempre, o golpe, tido como revolução. Júlio Prestes é impedido de tomar posse. O golpe ficou conhecido como revolução de 1930. Como consequência é formado o governo provisório da conspiração e Getúlio Vargas empossado como chefe, com pleno poderes, configurados como ditadura. Esse período durou quatro anos.
Em 1932, a Revolução Constitucionalista, protagonizada pelos paulistas contra o regime e, por esse motivo, o governo provisório de Getúlio Vargas em 1934 obrigou-se a formação da Assembleia Constituinte e com isso a formulação de uma nova Constituição, a segunda republicana. Durou pouco somente três anos.
Em 1937 mais um golpe de Estado, fim da Constituição de 1934 e mais uma vez tendo como líder conspirador Getúlio Vargas. É instaurado o Estado Novo. Querendo demonstrar uma feição democrática ao seu poder outorga a Constituição 1937, a terceira e, nela estava contida a eleição de um novo legislativo o que jamais aconteceu. Em contraposição concedia a Vargas um controle total no poder executivo, centralizado e supremo, o que significava em suma, o poder ditatorial. A censura foi estabelecida, ao mesmo tempo uma intensa campanha de propaganda ao regime. A repressão política foi intensa, aos mais contestadores, a tortura. No final da década dos anos de 1940, o desgaste e declínio do regime totalitário. Passaram-se os 15 anos da era e ditadura Vargas. Em 1945 um novo sopro de democracia com a eleição pelo voto de mais um marechal.




   



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

DOS MARECHAIS AO CAPITÃO


Quem frequentava as principais ruas do Rio de Janeiro, uma notícia comentada de boca em boca – popular boato – informações desencontradas (fake News na época), de que a monarquia estava com seus dias contados. Rumores confirmados, não se tratava de notícia falsa: o governo imperial acabou, Dom Pedro II sofre um golpe é escorraçado do poder, ocorrendo a primeira intervenção militar no país. Fim da monarquia, início da era republicana com a derrubada ilegal de um poder constituído. Os conspiradores organizam um blefe criando o Governo Provisório da República (1889/1891), cujo chefe designado é o marechal Deodoro da Fonseca. Em 1891 foi promulgada a primeira constituição republicana e Deodoro, de forma constitucional, por eleição indireta, é eleito o primeiro presidente do Brasil.
Seu governo foi marcado por tensões políticas. Além da crise econômica, seus colegas de armas (Revolta da Armada, conflitos entre Exército e Marinha) ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro. Os graves acontecimentos motivaram a Deodoro a dissolver o Congresso Nacional e o surgimento da primeira ditadura militar. Além disso Deodoro titubeava, paradoxalmente agia, entre o império e a república, não dando confiança aos republicanos. Um tucano da época. As pressões continuaram, Deodoro não resistiu, consequentemente a renúncia, marco primeiro entre quatro ocorridas conforme a História.
Assume o vice-presidente marechal Floriano Peixoto (1891/1894) - depois conhecido como Marechal de Ferro por suas ações violentas - em meio ainda da grave crise política. Enfrentou a segunda Revolta da Armada, os ideais federalistas com revoluções, guerras civis. Reprimiu os conflitos com violência. Há o sangrento episódio, o massacre na ilha de Anhatomirim (SC), revolta federalista conhecida como Desterro, quando 185 desterrenses foram fuzilados. Contrariamente e polemicamente a capital catarinense, em homenagem ao marechal Floriano, chamou-se Florianópolis. Além disso tudo, sua ascensão ao poder era contestada, ilegítimo seu mandato: a Constituição de 1891 estabelecia que a deposição ou renúncia, que interrompiam mandatos antes de dois anos, deveriam ser sucedidos por eleição direta. Apesar das sublevações enfrentadas, Floriano Peixoto chegou ao fim de seu mandato. A chamada República da Espada (Deodoro e Floriano) chegou ao fim.
O país em plena democracia. O terceiro presidente republicano, o primeiro civil, primeiro eleito pelo voto direto, o terceiro sem ser alagoano, o paulista Prudente de Moraes (1894/1898).
O quarto presidente eleito, Campos Sales (1898/1902), venceu com folgada margem de votos. Cumprida a sua missão de quatro anos seu sucessor é Rodrigues Alves (1902/1906), quinto presidente e terceiro paulista eleito. A linha sucessória de paulistas na presidência da República é interrompida, eleito o mineiro Afonso Pena (1906/1909), que quase ao final de mandato falece. Paulista e mineiros formam a política do Café com Leite. Seu substituto, vice-presidente, Nilo Peçanha (1909/1910), nascido no Rio de Janeiro, assume o governo. Foi o primeiro vice a assumir o governo numa série de diversos outros conforme conta a História. É substituído pelo militar e também marechal, eleito democraticamente pelo voto direto, o gaúcho, sobrinho de Deodoro, Marechal Hermes da Fonseca (1910/1914).
Tem mais marechal presidente. Aguardem.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE


Liberdade, igualdade e fraternidade, três vocábulos emblemáticos conhecidíssimos em todo o mundo que representam o histórico movimento de ativistas pela democracia e consequentemente contra governos opressores, resistência ao poder ditatorial, obstinados em defesa da liberdade, ideário da Revolução Francesa.
Baseado no Iluminismo, chamado também como “Época das luzes”, movimento intelectual no século XVIII, conceituado no contexto da cultura, da política e do social, filosoficamente situado no propósito de iluminar, clarear a escuridão envolvida pela ignorância e o obscurantismo, foi uma bandeira naquela época, desfraldada principalmente pelo povo francês. Portanto, baseado no Iluminismo, conceituou-se: liberdade, o direito de ir e vir, de agir conforme seu livre arbítrio; igualdade, a ausência de diferenças, todos iguais na convivência universal; fraternidade, o laço de união entre os homens, o amor de uns para com outros.
A inter-relação dessa circunstância histórica é o fato predominante para a criação da defesa do ser humano na plenitude de seus direitos. Há 70 anos, dezembro de 1948, foi proclamado o histórico documento, Declaração dos Direitos Humanos, intrínseco ao ser humano, isento de qualquer condição, desprovido de doutrinas, raça, religião, sexo, ideologia, de qualquer conceito contrário, ligado ao modo de vida em liberdade.
Milhões e milhões, homens e mulheres, em todo o mundo vivem em estado de penúria, pertinente a falta de necessidades básicas, carentes de uma vida digna, privados de mínimas condições para sobrevier, destituídos de preceitos condizentes ao respeito a vida, dos princípios básicos para resistir, permanecer vivo.
Esses infelizes espalham-se pelo mundo. Miseráveis em estado de enorme e sofrida desgraça. No Iêmen crianças famélicas não tem o direito à alimentação. Corpos esqueléticos, famintos, minguados, em processo de degeneração são retratados, reveladores da mendicância, esmoleiros pela fome.
No Rio de Janeiro, uma jovem mulher dá a luz no corredor de um hospital público. Nesse lugar infecto, a mulher banhada por uma poça de sangue, indigente na vida, coloca seu filho no mundo sem ter o direito ao nascimento digno.
Os Direitos Humanos, lastima-se, não é justo com a imensa e extraordinária multidão de desassistidos, milhões de pessoas abandonadas, mas para o bem ou mal é motivo de comemoração em seus 70 anos, trata-se de uma conquista da humanidade.
Uma pesquisa internacional apurou que seis entre 10 brasileiros afirmam que os Direitos Humanos são uma forma de proteção aos bandidos. Provavelmente deve ser um pensamento preconceituoso, mais que isso odioso, que parte do imbecil coletivo.
Outra data, não comemorativa por democratas, em nome da liberdade, mas tem registro histórico, refere-se aos 50 anos da implementação do AI-5.
Atos institucionais eram a maneira pela qual o governo ditatorial dos militares formalizavam regras por poderes extraconstitucionais no período de 1964 a 1969. Foram decretados um total de 17 atos institucionais, mas um foi mais perverso, cruel, peremptoriamente decretado, tolhendo a liberdade, execrando a democracia, o famigerado e abominável AI-5, cabal demonstração contra os Direitos Humanos.
                                                                         *** ***
O embaixador brasileiro na França, Sousa Dantas, foi um obstinado na defesa dos Direitos Humanos. Correndo sérios riscos com sua segurança, na iminência de perder seu emprego, concedeu milhares de vistos aos judeus perseguidos pelo nazismo. A fascinante magnitude foi contada no filme Querido Embaixador.  


  






ANO NOVO: A DURA VIDA DE UM CÃO


Festejos do Ano Novo. Foguetório, verdadeira baderna, poluição sonora que perturba a sensibilidade auditiva do ser humano, provocando alterações na percepção do som pelo intenso volume, provocando irritabilidade. Difícil aguentar aquela quantidade estrondosa de foguetes que estouram simultaneamente e continuadamente. Haja paciência e um bom estado de espírito para compreender que trata-se do início de mais um Ano Novo, celebrado assim, desse modo, com foguetada.
Pior para a raça canina que possui uma audição bem mais apurada e sensível que o ser humano. O ruído produzido por rojões são verdadeiras explosões por menor que seja o barulho. Tilico é o cachorro lá de casa. Pequeno porte, 10 quilos. Bem peludo, tipo assim um Golden Retiever, aquele de cor caramelada ou dourado claro. O Tilico é um SRD (sem raça definida), um mestiço, popular vira-lata. Não é nenhum Golden, então sua cor é ferrugem. O aposento de Tilico é na garagem onde ele refestela-se tranquilamente sobre um sofá. Nem sempre é assim. De repente, não mais do que de repente, sim, de forma súbita, inicia-se o abominável espocar de foguetes. Uma perturbação, tormento, pelas circunstâncias, para o não tanto corajoso Tilico. Na parte dos fundos da casa ele se debate contra a porta. Late, dá pena. Se cachorro chora, ele chora, Pede socorro peloamordedeus. Precisa de companhia para encorajá-lo, perder o medo, enfrentar a dificuldade ruidosa. A misericórdia dos dona da casa o aconchega. A porta se abre. Tilico dormirá dentro de casa.
A festa pirotécnica que afligi, agonia, tortura, atazana a cachorrada é culpa de um alquimista chinês. Fez uma endiabrada mistura com elementos químicos, coisa que data alguns milhares de anos antes de Cristo. No princípio o sábio chinês colocava todo o preparado dentro de um caule de bambu ativando pequenas explosões. Ao que tudo indica a travessa criação chinesa servia para espantar os maus espíritos. Tem mais, sem rojões. Os chineses em suas crendices realizam até hoje a procissão com a imagem do dragão, animal forte, portentoso, que amealha felicidade.
Prosseguindo com as lendas chinesas. Os chineses relacionam cada novo ano a um grupo de 12 animais. Por que 12? Numa ocasião Buda convocou todos os bichos para uma reunião. Apenas 12 teriam atendido o pedido do mestre budista. Assim a cada ano, somente aquela dúzia da bicharada que se fez presente ao conclave passou a ser homenageada anualmente. Se alguém tiver curiosidade, informa-se: os 12 animais do horoscopo chinês, obviamente que correspondem aos anos chineses, estão de acordo com a ordem de apresentação na reunião do Buda  e assim foram agraciados: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cachorro e porco. No calendário chinês do ano que se aproxima (para eles a partir de 5 de fevereiro), se fará a homenagem ao porco, assim o ano de 2019 será o Ano do Porco. Importante salientar-se que o Ano do Porco (ele é o último dos animais entre os 12) marca o fim de um ciclo de rotação completo dos 12 signos do zodíaco chinês, que compreende 11 anos. Período de alegria, relaxamento. A benevolência é sentida em muitas áreas ao longo de 2019. Assim seja.