terça-feira, 22 de janeiro de 2019

DOS MARECHAIS AO CAPITÃO (parte 2)


O oitavo presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, o terceiro marechal presidente, teve apoio irrestrito dos militares e da maioria privilegiada e predominante das oligarquias.
O poder presidencial republicano retorna aos civis, com a eleição do nono presidente, o mineiro Venceslau Brás (1914/1918). Durante seu governo foi publicado o primeiro Código Civil Brasileiro, com detalhe importante em termos de grafia: pela primeira vez o nome Brasil, escrito com a letra S
No processo sucessório presidencial é escolhido e reeleito Rodrigues Alves. Doente, faleceu antes de assumir o cargo.
Assume como presidente o vice, Delfim Moreira. Seu curto período de governo, 255 dias, compreende novembro de 1918 a julho de 1919.
Pela Constituição de 1891, o vice se tornaria definitivamente presidente caso o presidente eleito morresse antes dos decorridos dois anos de mandato. Por ser assim constitucionalmente, nova eleição foi realizada para cumprimento do mandato de Rodrigues Alves, sendo eleito para um mandato de três anos, o paraibano Epitácio Pessoa (1919/22), com uma peculiaridade: eleito quando estava em viagem na França.
Artur Bernardes, mineiro, foi eleito 12º presidente da República (1922/26)
O 13º presidente, nascido no Rio de Janeiro, Washington Luis (1926/1930). Plena democracia, eleições em março de 1930 para a escolha do sucessor de Washington Luis. Pelas urnas é eleito presidente Júlio Prestes, que no voto derrotou Getúlio Vargas. No entanto faltando 21 dias para o término do mandato, Washington Luis, tornou-se o último presidente efetivo da República Velha, foi deposto por um golpe de Estado militar e, como sempre, o golpe, tido como revolução. Júlio Prestes é impedido de tomar posse. O golpe ficou conhecido como revolução de 1930. Como consequência é formado o governo provisório da conspiração e Getúlio Vargas empossado como chefe, com pleno poderes, configurados como ditadura. Esse período durou quatro anos.
Em 1932, a Revolução Constitucionalista, protagonizada pelos paulistas contra o regime e, por esse motivo, o governo provisório de Getúlio Vargas em 1934 obrigou-se a formação da Assembleia Constituinte e com isso a formulação de uma nova Constituição, a segunda republicana. Durou pouco somente três anos.
Em 1937 mais um golpe de Estado, fim da Constituição de 1934 e mais uma vez tendo como líder conspirador Getúlio Vargas. É instaurado o Estado Novo. Querendo demonstrar uma feição democrática ao seu poder outorga a Constituição 1937, a terceira e, nela estava contida a eleição de um novo legislativo o que jamais aconteceu. Em contraposição concedia a Vargas um controle total no poder executivo, centralizado e supremo, o que significava em suma, o poder ditatorial. A censura foi estabelecida, ao mesmo tempo uma intensa campanha de propaganda ao regime. A repressão política foi intensa, aos mais contestadores, a tortura. No final da década dos anos de 1940, o desgaste e declínio do regime totalitário. Passaram-se os 15 anos da era e ditadura Vargas. Em 1945 um novo sopro de democracia com a eleição pelo voto de mais um marechal.




   



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