Getúlio Vargas perde apoio dos
militares, o regime ditatorial já desgastante, não tem mais liderança,
prestígio e força. Por todos esses motivos o ditador foi desposto em outubro de
1945 por um movimento militar liderado por generais, o que se entende na
política nacional, mais uma derrubada, uma conspiração, um golpe. No caso especifico de Vargas, golpe contra
golpe, o feitiço contra o feiticeiro.
O desposto que foi substituído pelo
presidente do Supremo Tribunal Federal José Linhares, porque na Constituição de
1937 (outorgada por Getúlio), não previa a figura do vice-presidente - Getúlio
se achava único, insubstituível.
Fim do populismo, do Estado Novo, conhecido
também como Terceira Republica Brasileira, final de um duradouro e único
governo de 15 anos (1930/1945). Getúlio Vargas melancolicamente recolhe-se à
sua cidade natal, São Borja.
Inicia-se um novo período. Uma vez mais
constitui-se uma Assembleia Constituinte que promulga em 1946, a quarta
Constituição republicana. Um dos últimos atos de Vargas, fevereiro de 1945 fez
uma reforma constitucional que previa novas eleições.
Ocorrem as eleições. É eleito e
empossado, o marechal do Exército Brasileiro Eurico Gaspar Dutra como 16º
presidente brasileiro (1956/1951). Foi o quarto marechal presidente. Marechal
era o mais alto posto na hierarquia militar. A patente foi extinguida em 1967.
O maior posto passou a ser general de exército.
Eleição de 1950. Getúlio Vargas tem um
retorno triunfante, eleito democraticamente pelas urnas. Morre em 1954 em pleno
mandato, substituído pelo vice Café Filho, que ficou 1 ano e meio no governo,
afastado por motivo de saúde. Foi
substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz, que ficou
apenas três dias como presidente. Foi deposto pelo marechal Lott. Assumiu o
governo por 81 dias presidente do senado Nereu Ramos. Superada a crise política
há eleições. É eleito Juscelino Kubitschek (1956/1961). Seu sucessor Jânio
Quadros renuncia depois de 206 dias como presidente. Quem deveria assumir seria
o vice-presidente João Goulart, estava ausente, em viagem à China. Assume Ranieri
Mazzilli, presidente da Câmara e fica 13 dias no governo. João Goulart retorna,
assume o governo (1961/1964). Jango é cassado pelo Congresso. De novo Ranieri
Mazzili é presidente.
Outra reviravolta na história
republicana, mais um golpe militar (1964). Sucedem-se os generais presidentes.
Retorno da democracia, do livre arbítrio. Em 1984 por eleição indireta, o
Congresso elegeu Tancredo Neves presidente. Não assume em razão de sua morte. Presidente,
o vice José Sarney. Sucede-se democraticamente as sucessões presidenciais. Após
Sarney, Fernando Collor. Renuncia. O vice Itamar Franco, torna-se presidente. Elegem-se
ainda Fernando Henrique, Lula da Silva, Dilma Roussef, destituída pelo
impeachment. Michel Temer vice é presidente.
Nesse ano assumiu como presidente, o 38º
da República, Jair Bolsonaro. Depois de marechais e generais como presidentes
assume um capitão. Na hierarquia militar parece um erro, capitão mandar em
general. Ocorre que pela Constituição o presidente é o comandante supremo das
forças armadas. Marechais, generais, capitão. Um golpe militar está fora de
cogitações. Militar dar golpe em militar é pilheria.
*** ***
História republicana presidencial é
complicada, única: :
26 presidentes civis, 10 militares, (4
marechais, 5 generais, 1 capitão), 2 Juntas Militares.
8 vice-presidentes eleitos empossados
como presidentes. Ainda presidentes, 1 juiz STF, 1 senador, 4 deputados
federais.
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