quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE


Liberdade, igualdade e fraternidade, três vocábulos emblemáticos conhecidíssimos em todo o mundo que representam o histórico movimento de ativistas pela democracia e consequentemente contra governos opressores, resistência ao poder ditatorial, obstinados em defesa da liberdade, ideário da Revolução Francesa.
Baseado no Iluminismo, chamado também como “Época das luzes”, movimento intelectual no século XVIII, conceituado no contexto da cultura, da política e do social, filosoficamente situado no propósito de iluminar, clarear a escuridão envolvida pela ignorância e o obscurantismo, foi uma bandeira naquela época, desfraldada principalmente pelo povo francês. Portanto, baseado no Iluminismo, conceituou-se: liberdade, o direito de ir e vir, de agir conforme seu livre arbítrio; igualdade, a ausência de diferenças, todos iguais na convivência universal; fraternidade, o laço de união entre os homens, o amor de uns para com outros.
A inter-relação dessa circunstância histórica é o fato predominante para a criação da defesa do ser humano na plenitude de seus direitos. Há 70 anos, dezembro de 1948, foi proclamado o histórico documento, Declaração dos Direitos Humanos, intrínseco ao ser humano, isento de qualquer condição, desprovido de doutrinas, raça, religião, sexo, ideologia, de qualquer conceito contrário, ligado ao modo de vida em liberdade.
Milhões e milhões, homens e mulheres, em todo o mundo vivem em estado de penúria, pertinente a falta de necessidades básicas, carentes de uma vida digna, privados de mínimas condições para sobrevier, destituídos de preceitos condizentes ao respeito a vida, dos princípios básicos para resistir, permanecer vivo.
Esses infelizes espalham-se pelo mundo. Miseráveis em estado de enorme e sofrida desgraça. No Iêmen crianças famélicas não tem o direito à alimentação. Corpos esqueléticos, famintos, minguados, em processo de degeneração são retratados, reveladores da mendicância, esmoleiros pela fome.
No Rio de Janeiro, uma jovem mulher dá a luz no corredor de um hospital público. Nesse lugar infecto, a mulher banhada por uma poça de sangue, indigente na vida, coloca seu filho no mundo sem ter o direito ao nascimento digno.
Os Direitos Humanos, lastima-se, não é justo com a imensa e extraordinária multidão de desassistidos, milhões de pessoas abandonadas, mas para o bem ou mal é motivo de comemoração em seus 70 anos, trata-se de uma conquista da humanidade.
Uma pesquisa internacional apurou que seis entre 10 brasileiros afirmam que os Direitos Humanos são uma forma de proteção aos bandidos. Provavelmente deve ser um pensamento preconceituoso, mais que isso odioso, que parte do imbecil coletivo.
Outra data, não comemorativa por democratas, em nome da liberdade, mas tem registro histórico, refere-se aos 50 anos da implementação do AI-5.
Atos institucionais eram a maneira pela qual o governo ditatorial dos militares formalizavam regras por poderes extraconstitucionais no período de 1964 a 1969. Foram decretados um total de 17 atos institucionais, mas um foi mais perverso, cruel, peremptoriamente decretado, tolhendo a liberdade, execrando a democracia, o famigerado e abominável AI-5, cabal demonstração contra os Direitos Humanos.
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O embaixador brasileiro na França, Sousa Dantas, foi um obstinado na defesa dos Direitos Humanos. Correndo sérios riscos com sua segurança, na iminência de perder seu emprego, concedeu milhares de vistos aos judeus perseguidos pelo nazismo. A fascinante magnitude foi contada no filme Querido Embaixador.  


  






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