terça-feira, 29 de junho de 2010

M@#%*

A mídia para palavras indecentes, na verdade para os palavrões ou se quiserem as palavras de baixo calão, procura atualmente expressá-las de forma enigmática, imitando aqueles sinais característicos de revistas em quadrinhos ou desenho animado, mas o suficiente para que se entenda pela primeira letra escrita o que está oculto como palavrão. Antes o simples M com reticências (m...) sabia-se do que se estava falando. Agora o M (daquilo mesmo que o caro eleitor está imaginando), vem seguido de vários caracteres. Mistura-se @ de arrouba, o & de companhia limitada, o cifrão do dinheiro ($), o designativo do percentual (%) e outros tantos sinais que podem ser utilizados dependendo do tamanho do palavrão.
Dunga, numa entrevista coletiva, apelou demasiadamente com os palavrões contra o repórter da Rede Globo Alex Escobar. Começou com um simples “o que você está olhando”, quando o jornalista falava ao celular, que respondeu: “Nem estou te olhando”, o suficiente para Dunga largar um m@#&*. Em seguida foi mais “ameno” chamando-o de burro, besta, cagão e em seguida, mais irritado, chegou ao ápice de sua grosseria pronunciando mais alguns deploráveis palavrões, tipo: f@#$%¨&*+=%$#@&*.
No programa da Bandirantes, Custe o que Custar (CQC), com seu estilo satírico e irreverente, a produção teve a genial e inusitada ideia de testar os senhores deputados averiguando o que eles assinam em troca de um simples pedido.
No hall de entrada da Câmara Federal uma produtora se postou em local adequado – o que permite o regime democrático – e em nome de uma suposta entidade solicitava a assinatura dos deputados para uma PEC (Projeto de Emenda a Constituição) em que se incluiria um litro de cachaça na chamada cesta básica familiar. Em outro ponto se colocou a repórter Monica Iozzi e perguntava aos deputados o que eles tinham assinado. Embananaram-se totalmente na resposta quando repórter disse o motivo da assinatura – a bem da verdade somente um deputado não assinou e explicou que só assina o que lê e se estiver de pleno acordo. Alguns sem jeito não souberam como explicar o litro de cachaça na cesta. Um deles foi grosseiro, mais que isso violento, destruindo parte do aparelhamento da televisão. Quando se livrou da repórter, protegido por uma porta envidraçada gritou para a moça “F@#¨&*”. Outro deputado disse que assinava qualquer coisa até pela bunda da repórter. Foi mal. A produção do programa descobriu que o dito cujo deve mais de 200 milhões reais em impostos e alertou o eleitor goiano para o fato, onde ele tem sua base eleitoral.
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