domingo, 31 de julho de 2011

Miss Farroupilha

O nome da moça é Priscila Machado. E daí? O que a comunidade farroupilhense tem a ver com isso, a não ser evidentemente, com a notícia nacional de um concurso de beleza Tem sim, muito a ver, afinal ela é Miss Farroupilha. Se ninguém sabe - na verdade pouca gente sabe - Priscila é nascida na cidade de Canoas e venceu o concurso de Miss Rio Grande do Sul como Miss Farroupilha, depois Miss Brasil. Mas qual seria o motivo da escolha, uma canoense torna-se representante farroupilhense. Quem sabe impressionada pela bela e bucólica paisagem dos vales farroupilhense com seus parreirais ou o progresso, o sucesso, de uma cidade em pleno desenvolvimento econômico. Poderia ser por outros pendores atraentes e assim uma simples e natural empatia pelas coisas daqui. Esse somatório de atrativos pode ter exercido uma forma de fascínio da moça em se aproximar da cidade. Ou não.
Pode ter sido uma simples preferência como poderia ter sido uma outra cidade qualquer. Enfim, escolha feita, feita: Priscila, Miss Farroupilha.
Contudo uma conjetura, um fato alternativo, uma teoria provável mais séria, muito discutível e possível: interesse, tirar proveito oportunista de ser farroupilhense.
Por conveniência a canoense fez de Farroupilha sua representada. Não teve interesse em disputar a fase preliminar em sua terra natal. Havia o risco de não ganhar.
Conforme Priscila declarou preparou-se durante dois anos para o concurso e evidentemente entre os preparativos era evitar um fracasso precoce como não ganhar o concurso em fase municipal. Nesse caso porque não Farroupilha. Sem miss inscrita, sem desfile preliminar, tratava-se de ótima alternativa. Livre de um enfrentamento, de qualquer adversidade ou possível infortúnio, representar Farroupilha como única e exclusiva miss era muito adequado as suas pretensões.
A cidade “laranja” farroupilhense proporcionou todos os desejos da moça. Deu sorte. Venceu, parabéns. Mas, por favor, se Priscila aparecer na cidade nada de desfile em cima de carro de bombeiros

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Brasil (FA) campeão de 1992

O maior título da Serc Brasil (Farroupilha)ocorreu em 1992,campeão da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho o que lhe deu condição de disputar o campeonato da Primeira Divisão em 1993. Presidente Edson Tonin (Tilico), vice de futebol Vitor Francischini, que formaram um grupo de jogadores com a colaboração do empresário Juan Figger.
O campeonato foi disputado por 24 clubes formando quatro chaves regionais com seis equipes cada uma. Foram disputadas três fases distintas para se chegar ao octogonal final com o qual se classificariam duas equipes para a Primeira Divisão.
O Brasil foi campeão disputando 34 jogos, ganhando 68 pontos, com 22 vitórias, 7 empates e somente 5 derrotas. Marcou 54 gols (média 1.6 gol por jogo), sofreu 18 (média de 0,5 gol por jogo) aproveitamento de 72%.
O treinador era Bebeto e a equipe tinha jogadores conhecidos de grandes centros como Fernando (ex Grêmio)Paulo Santos (ex-Inter) e Renato Teixeira (ex-Bahia) entre outros. Prata da casa somente o goleiro Walter, o zagueiro Altamir, meio de campo Severo e os atacantes Ari e Roque. Ao início do campeonato a equipe base era formada por Milton (Dagoberto), Alexandre, Julio Cesar, André e Marcos Vinicius; Nelson, Tita e Edson Borges; Fernando, Renato Teixeira e Ari, equipe que estreou muito mal, perdendo em Encantado, para o Encantado, por 2x1.
O jogo final foi em Farroupilha quando o Brasil consolidou-se como campeão vencendo ao São José por 2x1. O time jogou com Miltom, Da Silva, Roger, Altamir e Marcos Vinicius; Nelson, Baiano e Paulo Cesar; Ari (Pavão), Tita e Roque (Paulo Santos).

Oito pênaltis perdidos

Copa Libertadores da América. Ano de 1997. Na fase de grupo eliminatória, no famoso mata/mata, jogam em Assunção, Paraguai, Guarani x Grêmio. Vitória do Guarani 2x1. No segundo jogo em Porto Alegre, Grêmio 2x1. Tudo igual. Necessidade da classificação em disputa dos pênaltis. Na série inicial (cinco pênaltis para cada lado) Grêmio errou quatro, Guarani errou quatro. Cada equipe acertou somente um pênalti, resultado 1x1. Necessidade da disputa intercalada. Um jogador diferente a cada cobrança. Jogador do Guarani errou, Mauro Galvão acertou, grêmio classificado 2x1.

sábado, 23 de julho de 2011

Insensata seleção

Centro da cidade de Buenos Aires. Na avenida 9 de julho, quase esquina da Corrientes, na Praça da Republica, situa-se o obelisco em homenagem a comemoração do quarto centenário da fundação da cidade, construído e inaugurado em 1936. Além do valor histórico, há também uma simbólica referência como local para comemorações, principalmente as conquistas esportivas.
Ali, naquele mesmo lugar, certamente os argentinos comemorariam uma esplendorosa vitória diante do Uruguai, em jogo válido pela Copa América. Nada disso. Quem comemorou a vitória junto ao obelisco foram os uruguaios.
Mais um drama para os argentinos. Era em seu país, em seus estádios, com a torcida ao lado, a Argentina tinha tudo, a grande oportunidade de ganhar a competição da Copa América.
Nessa época do ano (férias) o que não falta na Argentina é brasileiro. Caminhando, passeando pela tradicional Florida, se ouve muito aquele ridículo e desnecessário portunhol, que os argentinos não entendem nada.
Brasileiros sorriam, divertiam-se, não pelo prazer de estar na cidade portenha, mas disfarçadamente, meio de soslaio, com certo olhar de esguelha, de forma cínica e zombeteira gozando da infelicidade, do desconforto de uma derrota dos “hermanos”.
Na tradicional rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina, a derrota de um é a vitória de outro e vice-versa. Vale os gracejos, as chacotas, claro com o devido respeito.
Além da satisfação de desfrutar a derrota argentina, um fato de aspecto técnico a considerar-se: o principal adversário estava eliminado, as possibilidades brasileiras aumentaram. Domingo, depois da vitória do Paraguai conseguindo a classificação, lá no obelisco, os brasileiros comemorariam. Deu tudo errado. Quem foi para o belisco foram os paraguaios, naturalmente alegres e alegres também os argentinos.
No tempo regulamentar de jogo, com os acréscimos, 95 minutos, 0x0. Trinta minutos de prorrogação, nada, 0x0. Mais oito minutos na cobrança de pênaltis, nadinha de gol. Um total de 133 minutos nenhum golzinho brasileiro.
Nunca antes na história desse país se viu coisa igual: seleção brasileira não mercou nenhum gol. Fiasco gigantesco. Também quem mandou ficar assistindo a novela Insensato Coração. Certamente ficar assistindo toda aquela insensatez teve como conseqüências a irreflexão, a inatenção, a inconseqüência, enfim, atitudes de um grupo estouvado dentro do campo de jogo.
xxx...xxx
Em determinado jogo, supreendentemente na escalação da equipe brasileira surgiu o nome de um desconhecido Jadson, profissional que joga lá pelas bandas da Russia, Turquestão ou Conchichina. Jogou somente o primeiro tempo e nunca mais se ouviu falar, embora tenha marcado até um gol. O empresário de Jadson é Carlos Leite, o mesmo dos jogadores titulares Lucas Leiva e André Santos e empresário também de Mano Menezes. Mera curiosidade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Silvia


Silvia e seu namorado

Preconceito

19/07/2011 09h17 - Atualizado em 20/07/2011 13h00
Brasileira eleita Miss Itália no Mundo é vítima de racismo em site nacionalista
Silvia Novais, de 24 anos, recebeu ofensas racistas em página na internet.
Moradora do interior de SP, ela avalia se fará queixa por injúria racial.
Kleber Tomaz
Do G1 SP
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Silvia com o namorado Maurício
(Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
A brasileira Silvia Novais, modelo de 24 anos, 1,77 m e 55 kg, eleita na semana retrasada Miss Itália no Mundo 2011, passou a sofrer ataques racistas de grupos de intolerância pela internet desde que venceu o concurso na Europa como a mais bela descendente de italianos. Seu bisavô materno nasceu em Florença, mas isso não impediu que ela escapasse do preconceito.

Logo após superar outras 39 candidatas na final, no dia 3 de julho, em Reggio Calabria, Sul da Itália, Silvia teve sua foto como miss reproduzida em um fórum de discussão de um site internacional de nacionalistas brancos, alguns adeptos de Adolf Hitler e contrários à escolha dela como miss. Abaixo da imagem da baiana com a coroa e a faixa, foram feitas diversas ofensas racistas. Num dos insultos, ela foi xingada em inglês de “negra nojenta”. Também há comentários em português e em italiano.

“A disgusting negra can't be italian, maybe she has an italian grandfather of grandfather of grandfather...”, escreveu um dos membros do site Stormfront.org, em um dos comentários do fórum ‘Brasileira vence concurso Miss Itália no Mundo 2011’, iniciado em 10 de julho. Numa tradução livre para o português, ele disse: “A negra nojenta não pode ser italiana, talvez ela tenha um avô italiano do avô do avô ...”

terça-feira, 19 de julho de 2011

Valores

Na novela Insensato Coração a megera assassina Norma está num processo de vingança contra o seu destratador, destruidor de seus sonhos, o também criminoso Léo. Norma tem o domínio sobre seu antigo enganador parceiro. Faz de tudo com ele. Do homem para satisfazer suas necessidades fisiológicas, como o sexo (ai o Leo serve até a ser um catador de um objeto em fedorento lixo. Norma usa e abusa de seu poder. Segundo a assessoria de comunicação dos produtores da novela, Norma tem recebido inúmeras manifestações de apoio a sua atitude vingativa. A desnaturada criminosa é aplaudida: dá-lhe Norma. Dessa forma trata-se de uma perigosa reação da sociedade, verdadeira inversão de valores.

Os Berlusconis
Alexandre Pato, com a seleção brasileira desclassificada volta mais cedo para os braços da namorada Barbara Berlusconi, filha de do primeiro ministro italiano, presidente do Milan, futuro sogre Silvio Berlusconi.
Pergunta-se: haverá festa do bunga bunga.

domingo, 17 de julho de 2011

Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

O exclamativo que intitula a crônica significa frio.
È a exclamação de alguém que está com frio.
O brrr...acima é extenso, do tamanho do frio que anda fazendo, muito frio mesmo.
Inverno, nessa temperatura, dessa forma, que começou no solstício de junho terá muito a apresentar, muito brrrr... até o equinócio da primavera ao final de setembro.
Temperaturas com barômetro medindo zero grau e até abaixo disso.
Frio torturante, insuportável. Sente frio todo mundo, até o João Glacial, que andou na Antártida, o Antonio Abaixo de Zero que já esteve na Sibéria e a Maria Pólo Norte que morou no Alaska e aquele pingüim de Gramado que para seu consolo tem o calor de um aquecedor. Quem diria pingüim com frio.
Para enfrentar a baixa temperatura algumas providências são tomadas.
O vivente tem que se defender como pode e com o que tem. Para dormir pijama de lã, meias idem, homens e mulheres. O lençol térmico é essencial.
No dia a dia, para o homem, usar ceroulão é imprescindível. Mulheres, meia-calça ou o collant quente, uma ou outro, indispensável. Camiseta, mais outra camiseta, camisa de lã, vestimentas apropriadas. Pulôver de lã. Para sair, encarar o ar gelado, casaco grosso. Melhor, o sempre aconchegante sobretudo.
A higiene corporal, o banho de asseio, pela manhã impossível. A água proveniente da caixa é gélida. Por mais que o chuveiro esquente sempre fica nas extremidades do bocal com furos, meio por fora, nas beiradas, aqueles pingos gelados. Banho somente à tarde.
A necessidade inerente a condição fisiológica quando é preciso assentar as nádegas no plástico frio, trata-se realmente de um ato de coragem, porque assim a necessidade exige. Dentro de casa algum aquecedor deve estar ligado, preferencialmente em cada compartimento.
O feliz afortunado vivente que tem em sua residência calefação, sempre com o ambiente aquecido, certamente não necessita da parafernália aquecedora.
Tem gente que gosta do inverno. Mulheres desfilam por ai, para elas estação da elegância. As malharias faturam, os turistas adoram. Não tem graça. Ficam por aqui três a quatro dias e retornam para o calor de onde vieram.
Mas tem gente por aqui que gosta mesmo do frio intenso. Não sei porque, mas gosta. Dias desses numa estação de radio um locutor...opa, isso é de antigamente.Mais atualizado. Dia desses um apresentador de uma emissora radiofônica informava a temperatura: zero grau. Programa característico de muita interatividade com o ouvinte. A senhora ouvinte por e-mail envia sua mensagem: “muito gostoso esse tempo”. Penso. Só pode ser masoquismo

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Oito ou oitenta

Como diversão predominante gosto muito de dançar, sempre compartilhando com muito bom gosto com a minha mulher. É uma parceira sempre disposta a bailar em alguns dias por algumas horas. Vem daí, portanto, que o casal faz da dança um hobby. Aliás, desculpe a ilegalidade. De acordo com uma lei estadual que é contra o uso da língua inglesa, devo dizer que a dança é um passatempo, uma atividade que é realizada por prazer. Isso assim explicado com retórica locução, combinada com uma afetação eloqüente, de estilo empolado, melhor hobby, palavra que vale uma frase.
Sábado desses fui a determinado baile de casais, normalmente realizado em comunidades interioranas. O salão comunitário vasto acomoda aproximadamente 700 presentes. Os convidados demonstram ser das mais variadas classes sociais. Uns vestidos adequadamente de forma elegante, alguns mais ou menos, outros nem tanto, características evidentes de um bailão.
O conjunto musical de razoável melodia, predominando músicas tradicionalistas gaúchas. De vez em quando um samba melódico de dor de cotovelo, ou um daqueles bolerões típicos das casas de luzinha vermelha na frente. Faz frio no salão de imensa amplitude. Mas a aglomeração, o calor humano alivia a baixa sensação térmica. Enquanto o conjunto executa seu repertorio musical, é servido às mesas, para convidados degustarem, amendoim e batata frita. Tudo isso incluso no preço do convite. Ainda, fazendo valer o valor pago, por volta da meia-noite foi servido um galeto, que de novinho não tinha nada. Mais parecia um galo velho coxudo, de peito avantajado. Deixa pra lá. Segue o baile. Avaliando bem a música tradicionalista gaúcha é o ritmo em que ainda os casais dançam juntos, até que em determinado momento do modernismo, quem sabe, possa ser influenciado pelo som eletrônico, histriônico, mecânico, tipo bate-estacas, em que as pessoas dançam separadas fazendo figurações uma para outra, muitas sem muito jeito, mostrando-se ridículas.
Enquanto isso não acontece, segue o baile. O povão se divertindo e eu junto.
xxx ... xxx
Oito ou oitenta. Do popular à elite. Sábado passado fui a um baile em tradicional clube social, elitizado, de alta burguesia. Frio não, somente lá fora. O salão é climatizado. Gente vestida de forma eleganterrima. O jantar, servido à francesa, de pratos sofisticados. Não há como colocar defeito. Satisfeito com as iguarias, de um ágape refinado, começa o baile. O conjunto musical é formado por jovens, grupo bem afinado. O melhor. Toca músicas melodiosas, do blue, passando pelo samba-canção romântico, até o bolero tradicional. São os ritmos convidativos para o casal dançar gostosamente, juntinho, apertadinho, agarradinho, de rosto coladinho. Assim como eu e minha mulher.

domingo, 3 de julho de 2011

O mictório


Viajei semana passada para a região norte do Estado. Dirigindo o automóvel, em certo momento na estrada senti a premente vontade de fazer uma necessidade fisiológica. Durante algum tempo me esforcei, me segurei com muita intrepidez para evitar qualquer esguicho em local inadequado. Senti forte, a contração da musculatura da bexiga o que vem a ser a vontade, polidamente fisiológico, de fazer xixi. O desejo de expelir aquele composto químico tóxico em forma de água era imenso, ou seja, grotescamente mijar. Pelo volume do liquido, o esfíncter – que tem o controle da continência urinária, ou seja controla o ato de urinar - está no ponto máximo de saturação, numa situação crítica.
Felizmente, depois de algum tempo de desconforto, em boa hora encontro um posto de serviço. Paro, desço do carro do carro e numa angústia extrema me deparo com a salvação, o alivio tão esperado para o descompassado e inconveniente ato diurético. Ali, na minha frente os sanitários, ou como queiram para sair da situação crítica, o mictório.
Lugar asseado, higienicamente bem cuidado, onde o ato de urinar não traz nenhuma repugnância, sem qualquer aparência com o odor repelente de um congênere de estação rodoviária. Talvez, por se encontrar nessa boa condição higiênica, há um comunicado bem criativo na porta do local alertando o que deve ser levado em conta para o adequado e higiênico uso do mictório. São seis fases determinantes a ser cumpridas estabelecidas para a higiene do local. As fases são representadas, configuradas, cada uma delas pelo desenho interessante e engraçado de um bonequinho. Eis:
1ª) levante a tampa; 2ª) chegue mais perto; 3ª) capriche na pontaria; 4ª) balance a vontade; 5ª) Dê descarga sempre; 6ª) acerte na cesta.