Centro da cidade de Buenos Aires. Na avenida 9 de julho, quase esquina da Corrientes, na Praça da Republica, situa-se o obelisco em homenagem a comemoração do quarto centenário da fundação da cidade, construído e inaugurado em 1936. Além do valor histórico, há também uma simbólica referência como local para comemorações, principalmente as conquistas esportivas.
Ali, naquele mesmo lugar, certamente os argentinos comemorariam uma esplendorosa vitória diante do Uruguai, em jogo válido pela Copa América. Nada disso. Quem comemorou a vitória junto ao obelisco foram os uruguaios.
Mais um drama para os argentinos. Era em seu país, em seus estádios, com a torcida ao lado, a Argentina tinha tudo, a grande oportunidade de ganhar a competição da Copa América.
Nessa época do ano (férias) o que não falta na Argentina é brasileiro. Caminhando, passeando pela tradicional Florida, se ouve muito aquele ridículo e desnecessário portunhol, que os argentinos não entendem nada.
Brasileiros sorriam, divertiam-se, não pelo prazer de estar na cidade portenha, mas disfarçadamente, meio de soslaio, com certo olhar de esguelha, de forma cínica e zombeteira gozando da infelicidade, do desconforto de uma derrota dos “hermanos”.
Na tradicional rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina, a derrota de um é a vitória de outro e vice-versa. Vale os gracejos, as chacotas, claro com o devido respeito.
Além da satisfação de desfrutar a derrota argentina, um fato de aspecto técnico a considerar-se: o principal adversário estava eliminado, as possibilidades brasileiras aumentaram. Domingo, depois da vitória do Paraguai conseguindo a classificação, lá no obelisco, os brasileiros comemorariam. Deu tudo errado. Quem foi para o belisco foram os paraguaios, naturalmente alegres e alegres também os argentinos.
No tempo regulamentar de jogo, com os acréscimos, 95 minutos, 0x0. Trinta minutos de prorrogação, nada, 0x0. Mais oito minutos na cobrança de pênaltis, nadinha de gol. Um total de 133 minutos nenhum golzinho brasileiro.
Nunca antes na história desse país se viu coisa igual: seleção brasileira não mercou nenhum gol. Fiasco gigantesco. Também quem mandou ficar assistindo a novela Insensato Coração. Certamente ficar assistindo toda aquela insensatez teve como conseqüências a irreflexão, a inatenção, a inconseqüência, enfim, atitudes de um grupo estouvado dentro do campo de jogo.
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Em determinado jogo, supreendentemente na escalação da equipe brasileira surgiu o nome de um desconhecido Jadson, profissional que joga lá pelas bandas da Russia, Turquestão ou Conchichina. Jogou somente o primeiro tempo e nunca mais se ouviu falar, embora tenha marcado até um gol. O empresário de Jadson é Carlos Leite, o mesmo dos jogadores titulares Lucas Leiva e André Santos e empresário também de Mano Menezes. Mera curiosidade.
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