sábado, 19 de maio de 2012
Da política
O ano eleitoral se restringe as cidades, eleição para prefeito e vereadores, mas atrai muito político de fora, especialmente deputados. É no município que deputados através de cabos eleitorais (prefeitos e vereadores) fortalecem suas bases como garantia de reeleição. Em contraposição, no momento, eleição municipal, candidatos (prefeitos e vereadores) precisam de votos. Então o deputado fulano de tal leva seu grupo partidário para Brasília em busca de futuras verbas. O deputado sicrano não fica atrás, leva seus correligionários para capital federal. Outros vêm pessoalmente por aqui para fazer qualquer promessa ou agrado aos seus companheiros. Em Farroupilha há algo interessante - o que é bom para cidade se for autêntico -, aquelas picuinhas invejosas em mostrar qual o partido ou grupo político que conseguiu o maior número de verbas. O melhor mesmo é saber até que ponto o que é verdade.
Todo mundo sabe – já estava escrito na tábua de Moises – que o candidato do PMDB na eleição deste ano é Ademir Baretta. No entanto apareceu gente colocando-se à disposição do partido para uma eventual candidatura. Ora, se a candidatura de Baretta já estava nas escrituras, certamente esse alguém era inimigo na trincheira para tumultuar o processo eleitoral ou simplesmente estava a fim de aparecer na tentativa de avaliar seu prestígio. Outra. O PP, parceiro do PMDB no governo municipal se assanhou e disse que teria candidatura própria na próxima eleição. Surgiu até um candidato pepista plantando notícias por sua candidatura. Durou pouco tempo a quimera eleitoral do dito cujo. Parece que estava a fim de se promover, esperando uma ressonância popular favorável. Não deu em nada. O PP segue com o PMDB.
Se a candidatura de Baretta está prestes a ser formalizada, escriturada, o Partido Progressista (PP) fez uma tentativa suicida em afirmar que teria candidatura própria. Suicídio político. O bem-aventurado Baretta é favorito na eleição de outubro, até os fariseus – aqui no sentido figurativo - sabem disso, para a satisfação dos gentios peemedebistas. O PP jamais arriscaria uma candidatura própria com grande possibilidade de ser derrotada e com isso perder duas secretárias e cargos de confiança para apaniguados companheiros.
Secretários municipais, candidatos na próxima eleição, afastaram-se de suas funções por força da lei eleitoral. Parece pelas substituições que o negócio ficou meio esdrúxulo. Odontólogo na Secretaria do Meio Ambiente, gente da área do bacharelado em Direito na Secretaria da Fazenda. É o tal negócio do “toma lá da cá”, dos favores correspondidos. Por falar em “toma lá da cá” é difícil entender o PSDB alcançar no governo municipal benesses. Certamente não foi pelo seu peso e representação eleitoral. Um partido que na última eleição municipal somou 1.239 votos, significando 3,5% dos quase 35 mil votos apurados para a Câmara Municipal não corresponde a uma expressão política para possuir tantos favores. Talvez porque não época o governo estadual era do PSDB. Por justa causa, nesse momento, o PT pode reivindicar uma secretaria.
Quem diria Ana Amélia comunista. E mais, a população de Cachoeira do Sul mostra o plena cidadania. Não quer 15 vereadores. Só 10. Busca na lei, seus direitos.
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