sexta-feira, 27 de junho de 2014

A mordida. Vale a pergunta

Vale a pergunta. Se Luisito Suarez, quando mordeu o adversário tivesse sido flagrado pelo árbitro do jogo e por consequência fosse punido com o cartão vermelho, o que implica na expulsão de campo, seria também punido pela FIFA?

Luisito, o mordedor

Luisito Suarez, jogador da seleção uruguaia, deu uma mordida no adversário, jogador italiano. Useiro e vezeiro nesse tipo de hostilidade, mais exatamente de agressão, pela terceira vez mordeu um colega de profissão. A FIFA puniu o jogador e merecia ser punido, mas aconteceu de forma muito exagerada, rigorosa, radical.  O que seria o pior e mereceria a mesma punição um jogador que numa jogada violenta quebrasse a perna do adversário e esse ficasse, por exemplo, três a seis meses sem jogador?
Melhor, quem sabe, ser mordido.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Elite branca, paulista grosseiros, tucanos, antipestistas

Não, decididamente não. Não sou agourento. Não quis vaticinar o insucesso brasileiro. O erro no pressagio, na prenunciação de uma possível derrota da seleção brasileira no jogo diante da Croácia, foi a cobrança feita por inúmeros leitores. Foi somente uma opinião observando o chamado clima de “oba/oba”. Tudo bem, confirmado, não sou bom em predizer as coisas, principalmente profetizar resultado de uma partida de futebol e o Brasil estreou bem e venceu o jogo por 3x1.
Entretanto, refletindo mais apuradamente, o prognóstico do possível insucesso do time nacional quase acontece, a premonição consumada se não fosse um detalhe: o da arbitragem. O árbitro japonês deu uma mãozinha para os brasileiros. Fred, perfeito aluno de um curso de teatro cômico, estrepitosamente cai na área e pede pênalti. O japonês o atende. A suposta falta cobrada e o segundo gol do Brasil (2x1). Bem, alguém poderá questionar: “O Brasil ganhou de 3x1”. Sim, depois que houve o inexistente pênalti e o gol. Se assim não fosse - a Croácia estava empatando em 1X1 - poderia determinar outro destino no desenrolar da partida. Outro aspecto da decisão da arbitragem no mesmo jogo. Bola centrada pelo alto para dentro da área brasileira. O goleiro Julio Cesar falha, não consegue realizar a defesa com firmeza. Larga a bola, gol de empate da Croácia. Não, não valeu. O japonês arranjou uma falta, empurrão ou carga sobre o goleiro. Dias depois. Jogo entre Holanda X Espanha. Bola centrada pelo alto dentro da área espanhola. O goleiro Casillas falha, larga a bola, terceiro gol da Holanda. Os espanhóis alegam que o goleiro foi empurrado, recebeu carga do adversário. O árbitro nem tomou conhecimento, Gol da Espanha. Lances semelhantes, critérios diferentes. Jogo Brasil X México. O lateral brasileiro Marcelo entra na área e de forma espalhafatosa cai. Verdadeira presepada e pede pênalti. Cena teatral, de teatro do absurdo, ator de um ordinário espetáculo mambembe. A arbitragem segura, certa, nada marcou. Lances de pênaltis, ou não, semelhantes, critérios de arbitragem distintos. Comparações, discernimentos duvidosos, tudo favorável ao Brasil. Sorte do Felipão, ajudazinha de Nossa Senhora de Caravaggio, ajudona do arbitro japonês.
Brasil X México, 0x0. Profecias pela vitória brasileira incontestáveis. Depois ao final, decepção, realidade pelo diagnóstico de um futebol mal jogado. Não houve pênalti para ajudar. O futebol para ser hexacampeão não apareceu por enquanto, porém algo de bom aconteceu, pelo desapontamento no empate. O clima de “já ganhou”, o “oba/oba” por parte de exagerados torcedores arrefeceu. Assim os nossos heróis (nada a ver com aquele pessoal BBB) da “Pátria de Chuteiras” ficarão mais aliviados, menos tensos, mas sem perder o patriotismo, também sem exacerbações, sem patriotada, afinal, segundo Samuel Johnson “o patriotismo é o último refúgio do canalha”. Vamos em frente. Holanda ou Chile, com Felipão, a Santa e um juiz japonês. 
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Lamentavelmente a má educação parece que virou escola. O Felipão malcriado, mandou um jornalista “ vai tomar no ...”, quem sabe “vai tomar banho” melhor. No Itaquerão, um monte de desrespeitosos e ignorantes torcedores apela para a obscenidade de forma absurda: “Dilma vai tomar...”. Não, não foi “vai tomar banho”.
Estúpida irreverência para com uma mulher, chefe maior de um país republicano, desempenhando seu cargo conforme a liturgia, o cerimonial exigido.
Aquele xingamento partiu de uma elite torcedora, classe média de fina burguesia, dos paulistas grosseiros, da terra da maioria tucana, dos antipetistas.
Quem observou as imagens da televisão entre o público não viu nenhum rosto de um negro, moreno ou mestiço o que significa um público especialmente selecionado, ao menos em termos de raça e dinheiro, estávamos vendo imagens exclusivas da elite branca. Presença no estádio de 62 mil pessoas, sendo que 26 mil foram convidados especiais. Uma elite que recebeu convites dos patrocinadores da FIFA, os outros 36 mil presentes, abastados e privilegiados torcedores, que pagaram ingressos entre cem e mil reais. Essa gente nada significa em mais ou menos popularidade para a presidenta, muito menos como pesquisa eleitoral, mais se mostrou muito mal-educada, ignorante e estúpida.





  

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Felipão manda jornalista "tomar no cu" e no Itaquerão mandam a Dilma também

Felipão incomodado com um fotografo, que estava desempenhando sua função profissional, buscando fotografias para ilustrar uma reportagem, mandou o profissional da imprensa "tomar no cu". Parece que a ofensa, a má educação, a palavra obscena fez escola. No Itaquerão, início da Copa do Mundo, jogo Brasil X Croácia, uma multidão, gente abastada, gente elitizada do poder econômico, fina flor da alta burguesia, mas mal-educados, malcriados, com palavras chulas desrespeitaram um mulher,mais que isso, uma pessoa com o mais importante e dignatário cargo da República. Uma grosseria, uma estúpida reação de estúpidos e e ignorantes quando mandam uma pessoa tomar no cu.

Brasil, hexacampeão???

Durante muito tempo foram milhares de pessoas que democraticamente estiveram envolvidas com movimentos de rua contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Organizações definidas, partidos políticos, indivíduos anônimos, movimentos com diversas bandeiras e nomes. Um dos principais tinha como característica, uma expressão repetitiva, para fixar uma ideia, um propósito: “Não vai ter Copa”.
Ledo engano. Desapontamento, desilusão, contra o desproposito da realização de uma Copa em território brasileiro. Nada adiantou. Tem Copa sim. Começou ontem.
Escrevo essa coluna e a envio para a redação na quinta-feira pela manhã conforme exigência da editoria, dia de quando se inicia a Copa do Mundo.
Sendo assim não posso escrever como transcorreu o dia, se ocorreram ou não manifestações, os protestos programados.
Se assim aconteceu, certamente não nas cercanias da Arena Itaquera, cercada por um dos mais rigorosos sistemas de segurança configurados nesse país, mas exatamente a muitos quilômetros dali.
A arena do Itaquerão – onde começou a Copa -obra arquitetônica de 1,2 bilhão de reais, uma suntuosidade encravada na pobre região leste da cidade de São Paulo, num bairro miserável de nome Itaquera, zona que também é definida como a dos moradores chamados de “sem teto”.
Mais de um 1 bilhão investido num estádio para um esporte como o futebol, que está cada vez mais sofisticado, elitizado.
Enquanto isso, indigentes, os excluídos de um lar, morando sob tetos de caixa de papelão.
Festa bonita deve ter sido. Espetáculo maravilhoso. Dona Dilma presente. Elites governamentais e sociais. Empresários, magnatas exploradores do futebol, gente Fifa. Fina flor da burguesia, pessoal que pode pagar 200, 300 ou 500 reais somente por um ingresso.
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Conforme informei, escrevi a coluna antecipadamente ao jogo de ontem da abertura da Copa e em razão disso - não sou adivinho - nada poderia comentar sobre o jogo, de antemão nem saberia o resultado.
Por isso antes do jogo, obviamente sem ter conhecimento do resultado - não sabia se o Brasil estrearia vencendo, empatado ou perdendo.
Mas me ocorreu um pressentimento, um sentimento vago de uma estreia não muito agradável para o time brasileiro.
Tomara que o pressagio antes do jogo não prevaleça: insucesso do Brasil. Trata-se de uma intuição derivada de algumas ocorrências observadas nos treinamentos da seleção: uma exacerbada demonstração de ufanismo, o ambiente exagerado de muita festa, o perigoso “já ganhou”. Exemplos: as presenças daquelas celebridades da televisão, como o apresentador famoso dos sábados a tarde, da mocinha da novela das nove que apareceu na Granja Comary disfarçando-se com um chapéu de boiadeiro, os dois pertencentes ao elenco da poderosa Rede Globo, que tudo pode, até entrar no treinamento. Claro que todos descobriram a ninfeta, para satisfação do namorado, o estrelado, queridinho e milionário Neymar.
Pressentimento, intuição boba. Não há temor. Segundo o polêmico Jorge Kajuru o título de hexa como campeão do mundo é do Brasil. Assim como ele disse que o Brasil não ganharia em 2010, garante agora que ganhará em 2014. Mas isso não é de graça. Vale os 10 bilhões de reais que a Fifa fatura com a Copa. A maior parte desse faturamento é proveniente de isenções fiscais dadas pelo governo brasileiro.
Claro que essas valiosas benesses valem e são correspondidas com o título de campeão.
Além disso, que a questão é unicamente financeira, o Brasil tem como tem como treinador um sujeito sortudo como Felipão. E muito mais que tudo isso para a conquista do hexa certamente haverá a ajudazinha de Nossa Senhora de Caravaggio.
Ah... um adendo mais. Além de sorte e religiosidade, para a conquista do hexa, há o financeiro. Cada jogador brasileiro pelo título de campeão ganhará 1 milhão e 400 mil reais.
                                                                                                         


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Faz 30 anos. Não fazem

O verbo fazer quando indica tempo não tem sujeito, não há flexão, sua forma é conjugada no singular. Portanto, quando intitulei a coluna semana passada “Faz 30 anos”, estava linguisticamente correto, perfeita a concordância verbal. No entanto, alguém se portando falsamente como conhecedor da língua portuguesa, resolveu me corrigir e aí erradamente o singular faz, virou o plural fazem. Dito isso, vamos aproveitar o reparo feito para servir de epígrafe à coluna. Ano de 1984, de galopante inflação. Publicado em jornal da época a manchete: “Aumento de até 105% para o funcionalismo”. Esse era o projeto de aumento para os barnabés do serviço público municipal naquela ocasião. Certamente esses mais de 100% de aumento causariam inveja ao funcionário hoje, que tem no máximo um aumento anual de 10% ou quando muito, a reposição salarial pelo índice inflacionário. É bom lembrar que em 1984 a inflação medida anual pelo IPC (Índices de Preços ao Consumidor) foi de 215%, o que equivaleria a quase 18% ao mês e esse percentual significava desastrosamente que o aumento de 105% recebido pelo funcionário em seis meses de inflação estaria completamente deteriorado, com a drástica redução do seu poder aquisitivo, por aquele mecanismo inflacionário que está ligado concomitante com a alta geral de preços.
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Alunos e três professores de escolas públicas da cidade merecem elogios pelo desempenho registrado na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Aluno farroupilhense destaque em Nível 1 ( 6º e 7º  ano do Ensino Fundamental) foi Eduardo Toffolo (E.E.E.F. José Fanton) que ganhou a medalha de prata entre outros 14 estudantes gaúchos.
Além do medalhista Eduardo, mais cinco medalhas de bronze e 33 menções honrosas foram distribuídas aos estudantes farroupilhenses. Ocorreram premiações também aos professores pelo trabalho desempenhado, prêmios por divisões de grupos. No grupo 1B, entre 19 professores gaúchos, duas farroupilhenses ambas da E.M.E.F Cinquentenário, Eglai de Sousa Burin e Terezinha Drobes Dorr.
O terceiro professor premiado, pelo grupo 1A, entre 28 professores gaúchos ,foi Alessander da Silveira da E.M.E.F. Caravagio.
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Foi uma demonstração de total incompetência a participação do Brasil farroupilhense em três decisões. Por três vezes teve a oportunidade de disputar em 2015 o campeonato gaúcho da divisão principal. Jogou tudo fora em momentos cruciais. Um time que tremeu, não soube impor-se, superar-se por três ocasiões. Aceitável até perder para tradicionais clubes como Ypiranga e Avenida, mas para o desconhecido União é demais, de uma cidade de 30 mil habitantes (Farroupilha tem mais que o dobro), clube há somente quatro anos no profissionalismo, que na primeira fase esteve perto de uma desclassificação para a terceira divisão, mas muito justamente um vencedor. O time de Farroupilha além de não ter competência, demonstrar plena inabilidade nas decisões, não soube ter a humildade necessária, a capacidade da modéstia, porque nada se ganha na véspera, jogo é jogado. Com a vitória de 2x1 em campo adversário, até perder por 1x0 em casa garantiria a almejada elite do futebol. A certeza da conquista, euforia em demasia, a vitória é nossa, classificados. Não é assim. Tudo já se desfez em quatro minutos no primeiro tempo, 2x0. Os 3x0 foram conseqüências. A história futebolística conta diversos episódios do antecipado e famoso “já ganhou”.
Em tempo: tem técnico que ainda joga com o superado esquema de três zagueiros.
Para o próximo ano, caso o Brasil dispute divisão de acesso dois problemas: é muito provável que haverá somente uma vaga para a divisão principal (dela cairão para a segundona três equipes) e certamente pelo comportamento indisciplinado da torcida no decorrer do jogo o clube deverá pagar por isso.
Brasil de Farroupilha incompetente, sem humildade, no estilo “já ganhou”. Que assim não aconteça com o Brasil do Brasil na Copa do Mundo.                                                            
                                                                                                                                                             
    





Olimpíada de Matemática

A Olimpíada de Matemática em sua 9ª edição ( ano 2013) teve professores e alunos farroupilhenses premiados com medalhas, diplomas e menções honrosas. A cerimônia de premiação aconteceu no Rio de Janeiro e contou com a presença da presidenta Dilma Roussef e dos 500 alunos premiados com as melhores notas no ano passado.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) é uma realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e tem por objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na matéria.
A Olimpíada envolve três níveis de provas. Nível 1, alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental. Os alunos do 8º e 9º ano pertencem ao Nível 2. Alunos do ensino médio fazem parte do Nível 3.
A premiação dos alunos é em forma de distribuição de medalhas (ouro, prata e bronze) e menções honrosas. Aos professores diplomas e presentes, para as escolas troféus, diplomas e kits com material didático.
Na 9ª edição (2013) a OBMEP teve a participação de mais de 18 milhões de estudantes de 47 mil escolas públicas, com competidores de quase todos os municípios do país, 99,35% deles.
A próxima Olimpíada, 10ª edição (ano 2014) terá sua primeira fase sendo realizada no próximo dia 27 de maio, terça-feira.

Os farroupilhenses premiados
No Nível 1, (alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental), no Rio Grande do Sul 15 alunos foram premiados com a medalha de prata, entre eles Eduardo Toffolo da E.E.E.F José Fanton.
Também no Nível 1, no Estado 88 alunos foram premiados com a medalha de bronze, entre eles os farroupilhenses Guilherme Giordani da E.M.E.F Angelo Chiele e Leonardo Antonio Cerioli Gasperin do Colégio São Tiago.
No Nível 2 ( alunos do 7º e 8º anos do ensino fundamental) , no Rio Grande do Sul premiados 61 alunos, dois de Farroupilha: Rafael Luiz Casa da E.M.E.F. Antônio Minella e Erica Milena Rossi da E.M.E.F. Presidente Dutra.
Nível 3, (alunos do ensino médio) 59 alunos gaúchos premiados, entre eles o farroupilhense Bruno Tumelero Fetter da E.E.E.M. Julio Mangoni.
Outros 12 alunos farroupilhenses, entre 883 gaúchos, receberam como premiação a Menção Honrosa
Nível 1 (alunos do 6 e 7 ano do Ensino Fundamental)
Alexandre De Nardi e Camila Ângela Mugnol, ambos da EMEF Caravaggio; Bianca Ames Ribas de Souza, Gustavo Minossi de Alessandre, Luiz Augusto Souza da Silva, todos da EMEF Ângelo Chiele; Tânia Machado Selayaran, Vinicius Tonin Verona, Vitor Petrykowski Balbinot, os três da EMEF Cinquentenário;  Alison Boessio (Oscar Bertholdo); Eduardo Rossi Zitter (Imigrante); Giovana de Lucca (Nova Sardenha); Guilherme Mascarello Marchioro (Colégio São Tiago).

Nível 2 (alunos do 7º e 8º ano do ensino fundamental)
Entre 825 alunos gaúchos, 11 farroupilhenses receberam a menção honrosa:
Ana Laura Anghinoni, Endiel Martin, ambos da EMEF Ângelo Chiele; Angelica Stefani Ditadi (Antonio Minella); Danieli Mutzenberg e Eduarda Tomazi (Nova Sardenha), ; Danieli Zanco (Santa Cruz); Gustavo de Bortoli da Silva (Cinquentenário); Ingrid Citolin Gonçalves (Oscar Bertholdo); Leticia Brumelhaus Amorim de Candido (Presidente Dutra); Pedro Augusto Kuhn Moroni (Julio Mangoni).

Nível 3 (Ensino Médio)
Um total de 815 alunos no Estado foram premiados com menções honrosas, 10 em Farroupilha.
Ana Leticia De Cesero Cora, Elza Razzera Gajardo, Guilherme Boenny Strapasson, Luiz Alfredo Tomazini, Matheus Dossin Bampi, todos alunos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (campus Farroupilha); Bruno Tumeleto Fetter (Julio Mangoni; Felipe Seitenfus Brustolin, Gledson Campo Barro e Ronaldo Battisti (Colégio São Tiago); Vinicius Toso (Colégio Estadual Farroupilha).

Professores premiados
Três foram os professores de escolas farroupilhenses que se destacaram e foram premiados na Olimpíada de Matemática. No grupo 1B, entre 19 professores gaúchos, foi premiada a professora Eglai de Sousa Burin (EMEF Cinquentenário) com tablet, diploma e assinatura anual da revista Professor de Matemática. A professora Viviane Therezinha Drobes Dorr, da mesma escola foi outra premiada. O professor Alexsander da Silveira (EMEF Caravaggio), entre 28 professores no Estado no Grupo 1A foi também premiado.

Escola premiada
A EMEF Caravaggio foi a única escola farroupilhense premiada na Olimpíada de Matemática entre 24 escolas gaúchas do grupo 1A e por isso recebeu como prêmio um diploma e um kit com material didático.

A premiação nas escolas da região
Na região Nordeste e Serra Gaúcha a premiação ficou abaixo do razoável na Olimpíada. Nenhuma medalha de ouro. Entre as medalhas de prata, 15 no Estado, somente três (Nível 1), na região em escolas de Farroupilha, Caxias do Sul e Vacaraia.
Medalhas de bronze foram distribuídas 149 (Níveis 1 e 2)  nas escolas gaúchas. Na região 20 medalhas de bronze: Caxias 7, Bento Gonçalves 5, Farroupilha 2, Carlos Barbosa, Gramado, Nova Petrópolis, Nova Bassano, Ipe e Guaporé uma cada.

Mais destaques
- O grande destaque na Olímpíada de Matemática foi o Colégio Militar de Porto Alegre com as medalhas de ouro conquistadas. Duas primeiras em âmbito nacional no Nível 1 e mais duas (3º e 4º lugar) Nível 2 além de mais quatros e mais uma no Nível 3.
- Foram distribuídas como premiação em todo o país na 9ª Edição da Olimpíada 500 medalhas de ouro, 1.500 de prata, 4.500 de bronze e 46.200 menções honrosas.

- Somente duas secretarias de educação destacaram-se no Rio Grande do Sul, dois municípios de São José do Inhacora e Tupandi.  

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Inflação galopante

 Ano de 1984. Inflação corroendo a economia brasileira, 223,77% ao ano. Na edição de 25/05/84 do “ O FARROUPILHA” , é editada matéria com a manchete: “O milagre do salário mínimo” , tendo como subtítulo “ou a história do pãozinho e do café”.
Ainda como linha de apoio: “o que se pode comprar com um salário mínimo de Cr$ 97.176,00”. Um pouco mais de 97 mil cruzeiros o salário mínimo na época. Hoje, claro em reais, 97 mil é salário de jogador de futebol da Série B.
Em cima o referido salário mínimo o trabalhador descontava para o INPS Cr$ 8.259,06, o que significava um salário liquido de Cr$ 88.916,94.
Constatava-se então que uma família composta por quatro pessoas (pai, mãe e dois filhos) podiam comprar para se alimentar apenas um pãozinho de 50 gramas, um copinho de cafezinho. A despesa por cada refeição imensa conforme o custo de cada produto: pãozinho Cr$ 45,00; cafezinho Cr$ 200,00. Valor total da refeição, que corresponderia apenas a um café da manhã, Cr$ 245,00.
Cada pessoa da família com três refeições diárias desse tipo teria um custo de Cr$ 735,00, portanto para a família citada (quatro pessoas) com as refeições da mesma ração custaria ao dia Cr$ 2.940,00, ao mês, em seus 30 dias, Cr$ 88.200,00, com uma diferença mínima em relação ao salário liquido recebido (Cr$ 88.916,00).
Por essa matemática certamente outras necessidades deixavam de ser atendidas. O trabalhador daquela época sobrevivia. Como? Certamente com muita criatividade e ajuda de Deus, se caso não morresse de fome.   
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Na mesma edição o jornal noticia que a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) está colocando à venda 156 telefones em Farroupilha. Uma linha telefônica na época tinha valor absurdo. Era tão valiosa como um bem que obrigatoriamente na declaração de Imposto de Renda tinha que ser declarada.
Colocada à venda as linhas telefônicas, pelo preço é possível ter idéia da inflação na época e o valor da linha. Quando o salário mínimo não chegava a cem mil cruzeiros o preço de um terminal telefônico à vista era de Cr$ 1.345.330,00. Hoje quem tem 1 milhão, evidentemente em real,  é um milionário.
Quem não tinha o dinheiro para a compra à vista, se socorria ao prazo oferecido em diversas modalidades, 6,12,18 e até 24  prestações, e então se observa mais uma vez o quanto valia o telefone: poderia ser comprado em até 24 vezes, como hoje se pode adquirir um automóvel.  O tão valioso aparelho de comunicação de antigamente, hoje o chamado fixo, é colocado em casa gratuitamente.        
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O jovem que nos dias de hoje convivendo com uma inflação de 6% ano é importante saber que o brasileiro sofreu em alguns momentos com uma inflação absurda
chamada “ monstro da inflação”, disseminando um clima de instabilidade entre os segmentos da sociedade. Época do trabalhador com o seu salário ir imediatamente ao supermercado e fazer seu rancho. Uma semana depois não compraria a metade. Tempo que funcionava pela manhã e a tarde insistentemente a etiquetadora, maquininha de etiquetas com a subida dos preços.
 O jovem precisa saber que seus pais enfrentaram durante 20 anos o “dragão inflacionário”.  Em 1989 ocorreu o segundo maior índice inflacionário anual do país 1.782% devido ao fracasso do Plano Verão de Sarney e Mailson da Nobrega.
Pior foi em 1993 com impeachment de Collor e o fim do Plano Collor, o disparatado índice de 2.708% anuais. Entre os anos de 1980 a 1993 (13 anos) o Brasil teve quatro moedas, cinco congelamentos de preços, nove planos de estabilização e 11 índices para medir a inflação. Mas o absurdo, o inacreditável, aconteceu durante 40 anos de período inflacionário, de 1968 a 2008, o país conviveu com a estrambótica inflação acumulada de 970.000.000.000.000%, sim, isso mesmo, 970 trilhões.


                                             

terça-feira, 3 de junho de 2014

As eleições vem aí

A política por ideologia e filosofia é assunto vasto ao debate. Oferece a troca de ideias para o desenvolvimento do saber, aprofundar o conhecimento das relações do ser humano político e da política propriamente dita. Com ideias a serem discutidas, parlamentares probos, honestidade e decência, assim deveria ser a política brasileira. Decididamente, não é. Por isso é desagradável, decepcionante, falar da política nacional em razão de sua forma obscena de ser feita através de seus políticos. Ao invés da compostura desejada, o decoro exigido, o político brasileiro sem envolve com tramóias e conluios.
Ano eleitoral. E desde agora pelas candidaturas lançadas, pelas possíveis coligações, não observado o aspecto ideológico, que deveria ser o predominante, surge o bizarro, o esdrúxulo, o estapafúrdio, em termos de alianças partidárias.
As negociatas, por exemplo, prevalecem no segundo turno do processo eleitoral onde acontecer, conforme exigência da lei eleitoral e então surge o casuísmo indesejável, a manipulação inconveniente.
Ano de eleições, as ditas cujas candidaturas oportunistas e as alianças extravagantes.
Começamos pelo cenário nacional. Candidaturas de Dilma do PT de centro/esquerda com aliados conservadores da extrema direita como o PP. Aécio do PSDB dos empresários de centro/direita com o Solidariedade dos trabalhadores da Força Sindical e provavelmente juntos com a outra extremada agremiação de direita, DEM.
A política suja de interessantes ocasiona essas uniões. O Solidariedade do Paulinho da Força é a parte dissidente do PDT, que não conseguiu tudo aquilo que desejava no Ministério do Trabalho em nome do apoio, da governabilidade de Dilma, talvez consiga com Aécio, evidentemente eleito.
Ninguém desconhece que a eleição presidencial esta polarizada entre Dilma e Aécio. Outros candidatos serão simples protagonistas por conta de interesses pessoais, visando o futuro em nova eleição presidencial como é o caso de Eduardo Campos (PSB) que na campanha eleitoral atual pretende ser conhecido nacionalmente e numa próxima eleição ter mais chance. Sua vice Marina, que teve 20% na eleição passada e com a legalização do seu partido Rede Sustentabilidade, fará campanha agora, preparando a campanha futura para presidente.  
No âmbito estadual também tem candidato sem chance alguma eleger-se como governador. Esse candidato participa do primeiro turno com vista num provável segundo turno quando oferecerá seu apoio mediante “negociação” de cargos.
Segundo pesquisas e irá acontecer, no Rio Grande do Sul a eleição está polarizada entre Tarso Genro (PT) e Ana Amélia (PP) e por isso os demais são meros participantes.
Então se indaga porque candidatos como Cunha (PDT) ou Sartori (PMDB), que teriam eleição garantida à Câmara dos Deputados, se candidatam a eleição majoritária? Ora, porque são os chamados soldados do partido. Na verdade não terão muito a perder. No segundo turno candidatos finalistas vão buscar apoio entre aqueles que ficaram de fora e haverá o oferecimento de cargos (secretárias, autarquias, Banrisul). Se aqui no sul em função de cargos a coisa fica difícil, afinal PMDB e PDT, no primeiro turno estão equidistantes do PT e PP, em Brasilia tem emprego, afinal PDT e PMDB estão com o PT.
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O poder de mídia da RBS é majestoso. Já elegeu comunicador de rádio para o Senado, uma apresentadora na televisão para deputada estadual e até aquele sujeito que fazia previsão do tempo para a Assembléia. Na eleição de outubro próximo já tem o seu ex-jornalista Lasier Martins (PDT) eleito para o Senado e o outro também jornalista André Machado (PCdoB) como deputado federal, desde que a deputada federal Manuela eleita com magnífica votação - ela que será candidata à Assembléia - transfira os votos para Machado à Câmara Federal. Alias, dessa forma, o deputado Assis de Caxias do Sul, será muito prejudicado com a não candidatura de Manuela à federal, como se sabe ele com 26 mil votos foi eleito com a sobra de votos de Manuela.


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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Politica obcena

Política está conceituada em alfarrábios pelo poder que ela significa, contextualizada por idéias nem sempre convergentes, contrapostas por opiniões divergentes, pelas várias interpretações e definições contidas em dicionários.
Diz lá um deles: trata-se da ciência dos fenômenos que se referem ao Estado; sistema de regras que dizem respeito à dos negócios públicos; princípios políticos de um indivíduo, da imprensa. Política por ext civilidade, cortesia.
Política como política apregoa-se como instância da vida social que tem no seu centro o Estado, abrangendo também partidos políticos e organizações congêneres, as ideias e teorias políticas. A política é o terreno da luta pelo poder como o poder do Estado.  
Dito isso, com o discurso da política séria, autêntica, verdadeira, da política pelo gênesis da política, nos encaminhamos ao tema desse artigo.
Vamos de encontro às teses políticas acima expostas, ao reverso da decência política e vamos encontrar absurdos políticos, as alianças espúrias, interesses políticos com comprovada suspeita, lambanças ocorridas, mais que isso as negociatas, a galhofa, a canalhice, a corrupção, características da escoria política.
Por isso colocamos as ideias a política de um país, particularmente conhecido por suas gestões gradualmente desonestas, a política brasileira, que na verdade, na origem trata-se politicagem.
Num daqueles verbetes de política em dicionário definido com predicados enaltecedores há o contraditório, algo próprio do político brasileiro quando diz: política, maneira hábil de agir a fim de se atingir um objetivo; astúcia, artifício.
Vocabulário para o comportamento da maioria dos políticos brasileiros, do falso proselitismo, da prática da enganação, do “doando é que se recebe”, de tudo que é ruim. São muitos os exemplos da falta de conteúdo ideológico dos partidos, por extensão dos políticos. Doutrinas partidárias são execradas, plataformas e programas de ideias que dão origem aos partidos de direita, centro ou esquerda.
Vale mais os interesses partidários, as questões pessoais, dinheiro, loteamento de cargos, alianças em nome da governabilidade, as possibilidades de maracutaias, as ligações partidárias amorais, em que aparecem as negociatas e aí se observa o espúrio, o estapafúrdio, o imponderável político.
Em nome da governabilidade o PT agüenta o PP, seu inimigo número 1 em solo gaúcho. Mas o PT atura o PP porque precisa de seu apoio aos projetos no Congresso. Mas o PP não apóia de graça. Vale cargos importantes, ministérios, presidências ou diretorias de empresas estatais, de bancos, de qualquer coisa do governo. O PP precisa dar emprego aos seus abnegados correligionários, aos fiéis apaniguados, solícitos cabos eleitorais. O PT precisa do PP pela governabilidade.
Pois bem, então acontecem certas coisas despropositais. O PP gaúcho tenta legitimar-se pela idoneidade, pela decência.  Enquanto nacionalmente tem um seu correligionário, ex-diretor da Petrobras, aquinhoado na divisão de cargos preso por irregularidades na estatal.
As alianças partidárias muitas delas levam a bizarrice, coligações promiscuas e amorais, tem gente até que disse: “faço aliança até com o capeta”.
Já tivemos a extravagante aliança, coisa inconcebível pelo programa doutrinário de cada um dos partidos extremamente radicais do PT de Lula e Maluf do PP.
Mais esquisitice ideológica. Para a próxima eleição ao governo em Mato Grosso do Sul, em nome da incoerência poderá acontecer a coligação do PSDB e PT.
O PSDB esta se tornando de forma decisiva ideologicamente, esquisito, irreverente, bizarro. No Maranhão está formando uma aliança com o PCdoB, até por um motivo justo: derrubar a oligarquia da família Sarney do PMDB.
Do PMDB nada se pode falar em termos de alianças espúrias. O PMDB é assim mesmo, autenticamente espúrio, incoerente, extravagante.
E até o PSOL, partido do extremo socialismo, quem diria na eleição passada esteve unido ao DEM, da extrema direita, na eleição municipal da capital Macapá.
Política brasileira decisivamente não. Politicagem brasileira decisivamente sim.