sexta-feira, 27 de junho de 2014
A mordida. Vale a pergunta
Vale a pergunta. Se Luisito Suarez, quando mordeu o adversário tivesse sido flagrado pelo árbitro do jogo e por consequência fosse punido com o cartão vermelho, o que implica na expulsão de campo, seria também punido pela FIFA?
Luisito, o mordedor
Luisito Suarez, jogador da seleção uruguaia, deu uma mordida no adversário, jogador italiano. Useiro e vezeiro nesse tipo de hostilidade, mais exatamente de agressão, pela terceira vez mordeu um colega de profissão. A FIFA puniu o jogador e merecia ser punido, mas aconteceu de forma muito exagerada, rigorosa, radical. O que seria o pior e mereceria a mesma punição um jogador que numa jogada violenta quebrasse a perna do adversário e esse ficasse, por exemplo, três a seis meses sem jogador?
Melhor, quem sabe, ser mordido.
Melhor, quem sabe, ser mordido.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Elite branca, paulista grosseiros, tucanos, antipestistas
Não, decididamente não. Não sou agourento. Não quis vaticinar
o insucesso brasileiro. O erro no pressagio, na prenunciação de uma possível
derrota da seleção brasileira no jogo diante da Croácia, foi a cobrança feita
por inúmeros leitores. Foi somente uma opinião observando o chamado clima de
“oba/oba”. Tudo bem, confirmado, não sou bom em predizer as coisas,
principalmente profetizar resultado de uma partida de futebol e o Brasil
estreou bem e venceu o jogo por 3x1.
Entretanto, refletindo mais apuradamente, o prognóstico do
possível insucesso do time nacional quase acontece, a premonição consumada se
não fosse um detalhe: o da arbitragem. O árbitro japonês deu uma mãozinha para
os brasileiros. Fred, perfeito aluno de um curso de teatro cômico,
estrepitosamente cai na área e pede pênalti. O japonês o atende. A suposta
falta cobrada e o segundo gol do Brasil (2x1). Bem, alguém poderá questionar:
“O Brasil ganhou de 3x1”. Sim, depois que houve o inexistente pênalti e o gol.
Se assim não fosse - a Croácia estava empatando em 1X1 - poderia determinar
outro destino no desenrolar da partida. Outro aspecto da decisão da arbitragem
no mesmo jogo. Bola centrada pelo alto para dentro da área brasileira. O
goleiro Julio Cesar falha, não consegue realizar a defesa com firmeza. Larga a
bola, gol de empate da Croácia. Não, não valeu. O japonês arranjou uma falta,
empurrão ou carga sobre o goleiro. Dias depois. Jogo entre Holanda X Espanha.
Bola centrada pelo alto dentro da área espanhola. O goleiro Casillas falha,
larga a bola, terceiro gol da Holanda. Os espanhóis alegam que o goleiro foi
empurrado, recebeu carga do adversário. O árbitro nem tomou conhecimento, Gol
da Espanha. Lances semelhantes, critérios diferentes. Jogo Brasil X México. O
lateral brasileiro Marcelo entra na área e de forma espalhafatosa cai. Verdadeira
presepada e pede pênalti. Cena teatral, de teatro do absurdo, ator de um
ordinário espetáculo mambembe. A arbitragem segura, certa, nada marcou. Lances
de pênaltis, ou não, semelhantes, critérios de arbitragem distintos. Comparações,
discernimentos duvidosos, tudo favorável ao Brasil. Sorte do Felipão,
ajudazinha de Nossa Senhora de Caravaggio, ajudona do arbitro japonês.
Brasil X México, 0x0. Profecias pela vitória brasileira
incontestáveis. Depois ao final, decepção, realidade pelo diagnóstico de um
futebol mal jogado. Não houve pênalti para ajudar. O futebol para ser
hexacampeão não apareceu por enquanto, porém algo de bom aconteceu, pelo
desapontamento no empate. O clima de “já ganhou”, o “oba/oba” por parte de
exagerados torcedores arrefeceu. Assim os nossos heróis (nada a ver com aquele
pessoal BBB) da “Pátria de Chuteiras” ficarão mais aliviados, menos tensos, mas
sem perder o patriotismo, também sem exacerbações, sem patriotada, afinal,
segundo Samuel Johnson “o patriotismo é o último refúgio do canalha”. Vamos em
frente. Holanda ou Chile, com Felipão, a Santa e um juiz japonês.
***
Lamentavelmente a má educação parece que virou escola. O
Felipão malcriado, mandou um jornalista “ vai tomar no ...”, quem sabe “vai
tomar banho” melhor. No Itaquerão, um monte de desrespeitosos e ignorantes
torcedores apela para a obscenidade de forma absurda: “Dilma vai tomar...”.
Não, não foi “vai tomar banho”.
Estúpida irreverência para com uma mulher, chefe maior de um
país republicano, desempenhando seu cargo conforme a liturgia, o cerimonial
exigido.
Aquele xingamento partiu de uma elite torcedora, classe média
de fina burguesia, dos paulistas grosseiros, da terra da maioria tucana, dos
antipetistas.
Quem observou as imagens da televisão entre o público não viu
nenhum rosto de um negro, moreno ou mestiço o que significa um público especialmente
selecionado, ao menos em termos de raça e dinheiro, estávamos vendo imagens
exclusivas da elite branca. Presença no estádio de 62 mil pessoas, sendo que 26
mil foram convidados especiais. Uma elite que recebeu convites dos
patrocinadores da FIFA, os outros 36 mil presentes, abastados e privilegiados
torcedores, que pagaram ingressos entre cem e mil reais. Essa gente nada
significa em mais ou menos popularidade para a presidenta, muito menos como
pesquisa eleitoral, mais se mostrou muito mal-educada, ignorante e estúpida.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Felipão manda jornalista "tomar no cu" e no Itaquerão mandam a Dilma também
Felipão incomodado com um fotografo, que estava desempenhando sua função profissional, buscando fotografias para ilustrar uma reportagem, mandou o profissional da imprensa "tomar no cu". Parece que a ofensa, a má educação, a palavra obscena fez escola. No Itaquerão, início da Copa do Mundo, jogo Brasil X Croácia, uma multidão, gente abastada, gente elitizada do poder econômico, fina flor da alta burguesia, mas mal-educados, malcriados, com palavras chulas desrespeitaram um mulher,mais que isso, uma pessoa com o mais importante e dignatário cargo da República. Uma grosseria, uma estúpida reação de estúpidos e e ignorantes quando mandam uma pessoa tomar no cu.
Brasil, hexacampeão???
Durante
muito tempo foram milhares de pessoas que democraticamente estiveram envolvidas
com movimentos de rua contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Organizações
definidas, partidos políticos, indivíduos anônimos, movimentos com diversas
bandeiras e nomes. Um dos principais tinha como característica, uma expressão
repetitiva, para fixar uma ideia, um propósito: “Não vai ter Copa”.
Ledo engano.
Desapontamento, desilusão, contra o desproposito da realização de uma Copa em
território brasileiro. Nada adiantou. Tem Copa sim. Começou ontem.
Escrevo essa
coluna e a envio para a redação na quinta-feira pela manhã conforme exigência
da editoria, dia de quando se inicia a Copa do Mundo.
Sendo assim
não posso escrever como transcorreu o dia, se ocorreram ou não manifestações, os
protestos programados.
Se assim
aconteceu, certamente não nas cercanias da Arena Itaquera, cercada por um dos
mais rigorosos sistemas de segurança configurados nesse país, mas exatamente a muitos
quilômetros dali.
A arena do
Itaquerão – onde começou a Copa -obra arquitetônica de 1,2 bilhão de reais, uma
suntuosidade encravada na pobre região leste da cidade de São Paulo, num bairro
miserável de nome Itaquera, zona que também é definida como a dos moradores chamados
de “sem teto”.
Mais de um 1
bilhão investido num estádio para um esporte como o futebol, que está cada vez
mais sofisticado, elitizado.
Enquanto
isso, indigentes, os excluídos de um lar, morando sob tetos de caixa de
papelão.
Festa bonita
deve ter sido. Espetáculo maravilhoso. Dona Dilma presente. Elites
governamentais e sociais. Empresários, magnatas exploradores do futebol, gente
Fifa. Fina flor da burguesia, pessoal que pode pagar 200, 300 ou 500 reais
somente por um ingresso.
***
Conforme
informei, escrevi a coluna antecipadamente ao jogo de ontem da abertura da Copa
e em razão disso - não sou adivinho - nada poderia comentar sobre o jogo, de
antemão nem saberia o resultado.
Por isso
antes do jogo, obviamente sem ter conhecimento do resultado - não sabia se o
Brasil estrearia vencendo, empatado ou perdendo.
Mas me
ocorreu um pressentimento, um sentimento vago de uma estreia não muito
agradável para o time brasileiro.
Tomara que o
pressagio antes do jogo não prevaleça: insucesso do Brasil. Trata-se de uma
intuição derivada de algumas ocorrências observadas nos treinamentos da seleção:
uma exacerbada demonstração de ufanismo, o ambiente exagerado de muita festa, o
perigoso “já ganhou”. Exemplos: as presenças daquelas celebridades da
televisão, como o apresentador famoso dos sábados a tarde, da mocinha da novela
das nove que apareceu na Granja Comary disfarçando-se com um chapéu de
boiadeiro, os dois pertencentes ao elenco da poderosa Rede Globo, que tudo
pode, até entrar no treinamento. Claro que todos descobriram a ninfeta, para
satisfação do namorado, o estrelado, queridinho e milionário Neymar.
Pressentimento,
intuição boba. Não há temor. Segundo o polêmico Jorge Kajuru o título de hexa
como campeão do mundo é do Brasil. Assim como ele disse que o Brasil não
ganharia em 2010, garante agora que ganhará em 2014. Mas isso não é de graça.
Vale os 10 bilhões de reais que a Fifa fatura com a Copa. A maior parte desse
faturamento é proveniente de isenções fiscais dadas pelo governo brasileiro.
Claro que
essas valiosas benesses valem e são correspondidas com o título de campeão.
Além disso, que
a questão é unicamente financeira, o Brasil tem como tem como treinador um
sujeito sortudo como Felipão. E muito mais que tudo isso para a conquista do
hexa certamente haverá a ajudazinha de Nossa Senhora de Caravaggio.
Ah... um
adendo mais. Além de sorte e religiosidade, para a conquista do hexa, há o
financeiro. Cada jogador brasileiro pelo título de campeão ganhará 1 milhão e
400 mil reais.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Faz 30 anos. Não fazem
O
verbo fazer quando indica tempo não tem sujeito, não há flexão, sua forma é conjugada
no singular. Portanto, quando intitulei a coluna semana passada “Faz 30 anos”,
estava linguisticamente correto, perfeita a concordância verbal. No entanto,
alguém se portando falsamente como conhecedor da língua portuguesa, resolveu me
corrigir e aí erradamente o singular faz, virou o plural fazem. Dito isso, vamos
aproveitar o reparo feito para servir de epígrafe à coluna. Ano de 1984, de
galopante inflação. Publicado em jornal da época a manchete: “Aumento de até
105% para o funcionalismo”. Esse era o projeto de aumento para os barnabés do
serviço público municipal naquela ocasião. Certamente esses mais de 100% de
aumento causariam inveja ao funcionário hoje, que tem no máximo um aumento anual
de 10% ou quando muito, a reposição salarial pelo índice inflacionário. É bom
lembrar que em 1984 a inflação medida anual pelo IPC (Índices de Preços ao
Consumidor) foi de 215%, o que equivaleria a quase 18% ao mês e esse percentual
significava desastrosamente que o aumento de 105% recebido pelo funcionário em
seis meses de inflação estaria completamente deteriorado, com a drástica
redução do seu poder aquisitivo, por aquele mecanismo inflacionário que está
ligado concomitante com a alta geral de preços.
*** ***
Alunos
e três professores de escolas públicas da cidade merecem elogios pelo
desempenho registrado na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas (OBMEP). Aluno farroupilhense destaque em Nível 1 ( 6º e 7º ano do Ensino Fundamental) foi Eduardo
Toffolo (E.E.E.F. José Fanton) que ganhou a medalha de prata entre outros 14
estudantes gaúchos.
Além
do medalhista Eduardo, mais cinco medalhas de bronze e 33 menções honrosas
foram distribuídas aos estudantes farroupilhenses. Ocorreram premiações também
aos professores pelo trabalho desempenhado, prêmios por divisões de grupos. No grupo
1B, entre 19 professores gaúchos, duas farroupilhenses ambas da E.M.E.F
Cinquentenário, Eglai de Sousa Burin e Terezinha Drobes Dorr.
O
terceiro professor premiado, pelo grupo 1A, entre 28 professores gaúchos ,foi Alessander
da Silveira da E.M.E.F. Caravagio.
***
Foi
uma demonstração de total incompetência a participação do Brasil farroupilhense
em três decisões. Por três vezes teve a oportunidade de disputar em 2015 o campeonato
gaúcho da divisão principal. Jogou tudo fora em momentos cruciais. Um time que
tremeu, não soube impor-se, superar-se por três ocasiões. Aceitável até perder para
tradicionais clubes como Ypiranga e Avenida, mas para o desconhecido União é demais,
de uma cidade de 30 mil habitantes (Farroupilha tem mais que o dobro), clube há
somente quatro anos no profissionalismo, que na primeira fase esteve perto de
uma desclassificação para a terceira divisão, mas muito justamente um vencedor.
O time de Farroupilha além de não ter competência, demonstrar plena inabilidade
nas decisões, não soube ter a humildade necessária, a capacidade da modéstia,
porque nada se ganha na véspera, jogo é jogado. Com a vitória de 2x1 em campo
adversário, até perder por 1x0 em casa garantiria a almejada elite do futebol. A
certeza da conquista, euforia em demasia, a vitória é nossa, classificados. Não
é assim. Tudo já se desfez em quatro minutos no primeiro tempo, 2x0. Os 3x0
foram conseqüências. A história futebolística conta diversos episódios do antecipado
e famoso “já ganhou”.
Em
tempo: tem técnico que ainda joga com o superado esquema de três zagueiros.
Para
o próximo ano, caso o Brasil dispute divisão de acesso dois problemas: é muito provável
que haverá somente uma vaga para a divisão principal (dela cairão para a
segundona três equipes) e certamente pelo comportamento indisciplinado da
torcida no decorrer do jogo o clube deverá pagar por isso.
Brasil
de Farroupilha incompetente, sem humildade, no estilo “já ganhou”. Que assim
não aconteça com o Brasil do Brasil na Copa do Mundo.
Olimpíada de Matemática
A Olimpíada de Matemática em sua 9ª
edição ( ano 2013) teve professores e alunos farroupilhenses premiados com
medalhas, diplomas e menções honrosas. A cerimônia de premiação aconteceu no
Rio de Janeiro e contou com a presença da presidenta Dilma Roussef e dos 500
alunos premiados com as melhores notas no ano passado.
A Olimpíada
Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) é uma realização do
Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e tem por objetivo
estimular o estudo da matemática e revelar talentos na matéria.
A Olimpíada
envolve três níveis de provas. Nível 1, alunos do 6º e 7º ano do ensino
fundamental. Os alunos do 8º e 9º ano pertencem ao Nível 2. Alunos do ensino
médio fazem parte do Nível 3.
A premiação
dos alunos é em forma de distribuição de medalhas (ouro, prata e bronze) e
menções honrosas. Aos professores diplomas e presentes, para as escolas
troféus, diplomas e kits com material didático.
Na 9ª edição
(2013) a OBMEP teve a participação de mais de 18 milhões de estudantes de 47
mil escolas públicas, com competidores de quase todos os municípios do país,
99,35% deles.
A próxima
Olimpíada, 10ª edição (ano 2014) terá sua primeira fase sendo realizada no
próximo dia 27 de maio, terça-feira.
Os farroupilhenses premiados
No Nível 1,
(alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental), no Rio Grande do Sul 15 alunos foram
premiados com a medalha de prata, entre eles Eduardo Toffolo da E.E.E.F José
Fanton.
Também no
Nível 1, no Estado 88 alunos foram premiados com a medalha de bronze, entre
eles os farroupilhenses Guilherme Giordani da E.M.E.F Angelo Chiele e Leonardo
Antonio Cerioli Gasperin do Colégio São Tiago.
No Nível 2 (
alunos do 7º e 8º anos do ensino fundamental) , no Rio Grande do Sul premiados
61 alunos, dois de Farroupilha: Rafael Luiz Casa da E.M.E.F. Antônio Minella e
Erica Milena Rossi da E.M.E.F. Presidente Dutra.
Nível 3,
(alunos do ensino médio) 59 alunos gaúchos premiados, entre eles o farroupilhense
Bruno Tumelero Fetter da E.E.E.M. Julio Mangoni.
Outros 12
alunos farroupilhenses, entre 883 gaúchos, receberam como premiação a Menção
Honrosa
Nível 1 (alunos
do 6 e 7 ano do Ensino Fundamental)
Alexandre De
Nardi e Camila Ângela Mugnol, ambos da EMEF Caravaggio; Bianca Ames Ribas de
Souza, Gustavo Minossi de Alessandre, Luiz Augusto Souza da Silva, todos da
EMEF Ângelo Chiele; Tânia Machado Selayaran, Vinicius Tonin Verona, Vitor
Petrykowski Balbinot, os três da EMEF Cinquentenário; Alison Boessio (Oscar Bertholdo); Eduardo
Rossi Zitter (Imigrante); Giovana de Lucca (Nova Sardenha); Guilherme
Mascarello Marchioro (Colégio São Tiago).
Nível 2
(alunos do 7º e 8º ano do ensino fundamental)
Entre 825
alunos gaúchos, 11 farroupilhenses receberam a menção honrosa:
Ana Laura
Anghinoni, Endiel Martin, ambos da EMEF Ângelo Chiele; Angelica Stefani Ditadi
(Antonio Minella); Danieli Mutzenberg e Eduarda Tomazi (Nova Sardenha), ;
Danieli Zanco (Santa Cruz); Gustavo de Bortoli da Silva (Cinquentenário);
Ingrid Citolin Gonçalves (Oscar Bertholdo); Leticia Brumelhaus Amorim de
Candido (Presidente Dutra); Pedro Augusto Kuhn Moroni (Julio Mangoni).
Nível 3
(Ensino Médio)
Um total de
815 alunos no Estado foram premiados com menções honrosas, 10 em Farroupilha.
Ana Leticia
De Cesero Cora, Elza Razzera Gajardo, Guilherme Boenny Strapasson, Luiz Alfredo
Tomazini, Matheus Dossin Bampi, todos alunos do Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia (campus Farroupilha); Bruno Tumeleto Fetter (Julio
Mangoni; Felipe Seitenfus Brustolin, Gledson Campo Barro e Ronaldo Battisti
(Colégio São Tiago); Vinicius Toso (Colégio Estadual Farroupilha).
Professores premiados
Três foram
os professores de escolas farroupilhenses que se destacaram e foram premiados
na Olimpíada de Matemática. No grupo 1B, entre 19 professores gaúchos, foi
premiada a professora Eglai de Sousa Burin (EMEF Cinquentenário) com tablet,
diploma e assinatura anual da revista Professor de Matemática. A professora
Viviane Therezinha Drobes Dorr, da mesma escola foi outra premiada. O professor
Alexsander da Silveira (EMEF Caravaggio), entre 28 professores no Estado no
Grupo 1A foi também premiado.
Escola premiada
A EMEF
Caravaggio foi a única escola farroupilhense premiada na Olimpíada de
Matemática entre 24 escolas gaúchas do grupo 1A e por isso recebeu como prêmio
um diploma e um kit com material didático.
A premiação nas escolas da região
Na região
Nordeste e Serra Gaúcha a premiação ficou abaixo do razoável na Olimpíada.
Nenhuma medalha de ouro. Entre as medalhas de prata, 15 no Estado, somente três
(Nível 1), na região em escolas de Farroupilha, Caxias do Sul e Vacaraia.
Medalhas de
bronze foram distribuídas 149 (Níveis 1 e 2)
nas escolas gaúchas. Na região 20 medalhas de bronze: Caxias 7, Bento
Gonçalves 5, Farroupilha 2, Carlos Barbosa, Gramado, Nova Petrópolis, Nova
Bassano, Ipe e Guaporé uma cada.
Mais destaques
- O grande
destaque na Olímpíada de Matemática foi o Colégio Militar de Porto Alegre com
as medalhas de ouro conquistadas. Duas primeiras em âmbito nacional no Nível 1
e mais duas (3º e 4º lugar) Nível 2 além de mais quatros e mais uma no Nível 3.
- Foram
distribuídas como premiação em todo o país na 9ª Edição da Olimpíada 500
medalhas de ouro, 1.500 de prata, 4.500 de bronze e 46.200 menções honrosas.
- Somente
duas secretarias de educação destacaram-se no Rio Grande do Sul, dois
municípios de São José do Inhacora e Tupandi.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Inflação galopante
Ano de 1984. Inflação corroendo a economia
brasileira, 223,77% ao ano. Na edição de 25/05/84 do “ O FARROUPILHA” , é
editada matéria com a manchete: “O milagre do salário mínimo” , tendo como
subtítulo “ou a história do pãozinho e do café”.
Ainda como
linha de apoio: “o que se pode comprar com um salário mínimo de Cr$ 97.176,00”.
Um pouco mais de 97 mil cruzeiros o salário mínimo na época. Hoje, claro em
reais, 97 mil é salário de jogador de futebol da Série B.
Em cima o
referido salário mínimo o trabalhador descontava para o INPS Cr$ 8.259,06, o
que significava um salário liquido de Cr$ 88.916,94.
Constatava-se
então que uma família composta por quatro pessoas (pai, mãe e dois filhos)
podiam comprar para se alimentar apenas um pãozinho de 50 gramas, um copinho de
cafezinho. A despesa por cada refeição imensa conforme o custo de cada produto:
pãozinho Cr$ 45,00; cafezinho Cr$ 200,00. Valor total da refeição, que
corresponderia apenas a um café da manhã, Cr$ 245,00.
Cada pessoa
da família com três refeições diárias desse tipo teria um custo de Cr$ 735,00,
portanto para a família citada (quatro pessoas) com as refeições da mesma ração
custaria ao dia Cr$ 2.940,00, ao mês, em seus 30 dias, Cr$ 88.200,00, com uma
diferença mínima em relação ao salário liquido recebido (Cr$ 88.916,00).
Por essa
matemática certamente outras necessidades deixavam de ser atendidas. O
trabalhador daquela época sobrevivia. Como? Certamente com muita criatividade e
ajuda de Deus, se caso não morresse de fome.
***
Na mesma
edição o jornal noticia que a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) está
colocando à venda 156 telefones em Farroupilha. Uma linha telefônica na época
tinha valor absurdo. Era tão valiosa como um bem que obrigatoriamente na
declaração de Imposto de Renda tinha que ser declarada.
Colocada à
venda as linhas telefônicas, pelo preço é possível ter idéia da inflação na
época e o valor da linha. Quando o salário mínimo não chegava a cem mil
cruzeiros o preço de um terminal telefônico à vista era de Cr$ 1.345.330,00.
Hoje quem tem 1 milhão, evidentemente em real,
é um milionário.
Quem não
tinha o dinheiro para a compra à vista, se socorria ao prazo oferecido em
diversas modalidades, 6,12,18 e até 24
prestações, e então se observa mais uma vez o quanto valia o telefone:
poderia ser comprado em até 24 vezes, como hoje se pode adquirir um automóvel. O tão valioso aparelho de comunicação de
antigamente, hoje o chamado fixo, é colocado em casa gratuitamente.
***
O jovem que
nos dias de hoje convivendo com uma inflação de 6% ano é importante saber que o
brasileiro sofreu em alguns momentos com uma inflação absurda
chamada “
monstro da inflação”, disseminando um clima de instabilidade entre os segmentos
da sociedade. Época do trabalhador com o seu salário ir imediatamente ao supermercado
e fazer seu rancho. Uma semana depois não compraria a metade. Tempo que
funcionava pela manhã e a tarde insistentemente a etiquetadora, maquininha de
etiquetas com a subida dos preços.
O jovem precisa saber que seus pais
enfrentaram durante 20 anos o “dragão inflacionário”. Em 1989 ocorreu o segundo maior índice
inflacionário anual do país 1.782% devido ao fracasso do Plano Verão de Sarney
e Mailson da Nobrega.
Pior foi em
1993 com impeachment de Collor e o fim do Plano Collor, o disparatado índice de
2.708% anuais. Entre os anos de 1980 a 1993 (13 anos) o Brasil teve quatro
moedas, cinco congelamentos de preços, nove planos de estabilização e 11
índices para medir a inflação. Mas o absurdo, o inacreditável, aconteceu
durante 40 anos de período inflacionário, de 1968 a 2008, o país conviveu com a
estrambótica inflação acumulada de 970.000.000.000.000%, sim, isso mesmo, 970
trilhões.
terça-feira, 3 de junho de 2014
As eleições vem aí
A política
por ideologia e filosofia é assunto vasto ao debate. Oferece a troca de ideias para
o desenvolvimento do saber, aprofundar o conhecimento das relações do ser
humano político e da política propriamente dita. Com ideias a serem discutidas,
parlamentares probos, honestidade e decência, assim deveria ser a política
brasileira. Decididamente, não é. Por isso é desagradável, decepcionante, falar
da política nacional em razão de sua forma obscena de ser feita através de seus
políticos. Ao invés da compostura desejada, o decoro exigido, o político
brasileiro sem envolve com tramóias e conluios.
Ano eleitoral.
E desde agora pelas candidaturas lançadas, pelas possíveis coligações, não observado
o aspecto ideológico, que deveria ser o predominante, surge o bizarro, o
esdrúxulo, o estapafúrdio, em termos de alianças partidárias.
As negociatas,
por exemplo, prevalecem no segundo turno do processo eleitoral onde acontecer, conforme
exigência da lei eleitoral e então surge o casuísmo indesejável, a manipulação
inconveniente.
Ano de
eleições, as ditas cujas candidaturas oportunistas e as alianças extravagantes.
Começamos
pelo cenário nacional. Candidaturas de Dilma do PT de centro/esquerda com aliados
conservadores da extrema direita como o PP. Aécio do PSDB dos empresários de
centro/direita com o Solidariedade dos trabalhadores da Força Sindical e
provavelmente juntos com a outra extremada agremiação de direita, DEM.
A política
suja de interessantes ocasiona essas uniões. O Solidariedade do Paulinho da
Força é a parte dissidente do PDT, que não conseguiu tudo aquilo que desejava
no Ministério do Trabalho em nome do apoio, da governabilidade de Dilma, talvez
consiga com Aécio, evidentemente eleito.
Ninguém
desconhece que a eleição presidencial esta polarizada entre Dilma e Aécio.
Outros candidatos serão simples protagonistas por conta de interesses pessoais,
visando o futuro em nova eleição presidencial como é o caso de Eduardo Campos
(PSB) que na campanha eleitoral atual pretende ser conhecido nacionalmente e
numa próxima eleição ter mais chance. Sua vice Marina, que teve 20% na eleição
passada e com a legalização do seu partido Rede Sustentabilidade, fará campanha
agora, preparando a campanha futura para presidente.
No âmbito
estadual também tem candidato sem chance alguma eleger-se como governador. Esse
candidato participa do primeiro turno com vista num provável segundo turno quando
oferecerá seu apoio mediante “negociação” de cargos.
Segundo
pesquisas e irá acontecer, no Rio Grande do Sul a eleição está polarizada entre
Tarso Genro (PT) e Ana Amélia (PP) e por isso os demais são meros
participantes.
Então se
indaga porque candidatos como Cunha (PDT) ou Sartori (PMDB), que teriam eleição
garantida à Câmara dos Deputados, se candidatam a eleição majoritária? Ora,
porque são os chamados soldados do partido. Na verdade não terão muito a
perder. No segundo turno candidatos finalistas vão buscar apoio entre aqueles
que ficaram de fora e haverá o oferecimento de cargos (secretárias, autarquias,
Banrisul). Se aqui no sul em função de cargos a coisa fica difícil, afinal PMDB
e PDT, no primeiro turno estão equidistantes do PT e PP, em Brasilia tem
emprego, afinal PDT e PMDB estão com o PT.
***
O poder de
mídia da RBS é majestoso. Já elegeu comunicador de rádio para o Senado, uma apresentadora
na televisão para deputada estadual e até aquele sujeito que fazia previsão do
tempo para a Assembléia. Na eleição de outubro próximo já tem o seu
ex-jornalista Lasier Martins (PDT) eleito para o Senado e o outro também
jornalista André Machado (PCdoB) como deputado federal, desde que a deputada
federal Manuela eleita com magnífica votação - ela que será candidata à
Assembléia - transfira os votos para Machado à Câmara Federal. Alias, dessa
forma, o deputado Assis de Caxias do Sul, será muito prejudicado com a não
candidatura de Manuela à federal, como se sabe ele com 26 mil votos foi eleito
com a sobra de votos de Manuela.
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segunda-feira, 2 de junho de 2014
Politica obcena
Política
está conceituada em alfarrábios pelo poder que ela significa, contextualizada
por idéias nem sempre convergentes, contrapostas por opiniões divergentes, pelas
várias interpretações e definições contidas em dicionários.
Diz lá um
deles: trata-se da ciência dos fenômenos que se referem ao Estado; sistema de
regras que dizem respeito à dos negócios públicos; princípios políticos de um
indivíduo, da imprensa. Política por ext civilidade,
cortesia.
Política
como política apregoa-se como instância da vida social que tem no seu centro o
Estado, abrangendo também partidos políticos e organizações congêneres, as
ideias e teorias políticas. A política é o terreno da luta pelo poder como o
poder do Estado.
Dito isso,
com o discurso da política séria, autêntica, verdadeira, da política pelo
gênesis da política, nos encaminhamos ao tema desse artigo.
Vamos de
encontro às teses políticas acima expostas, ao reverso da decência política e
vamos encontrar absurdos políticos, as alianças espúrias, interesses políticos
com comprovada suspeita, lambanças ocorridas, mais que isso as negociatas, a
galhofa, a canalhice, a corrupção, características da escoria política.
Por isso
colocamos as ideias a política de um país, particularmente conhecido por suas
gestões gradualmente desonestas, a política brasileira, que na verdade, na
origem trata-se politicagem.
Num daqueles
verbetes de política em dicionário definido com predicados enaltecedores há o
contraditório, algo próprio do político brasileiro quando diz: política,
maneira hábil de agir a fim de se atingir um objetivo; astúcia, artifício.
Vocabulário para
o comportamento da maioria dos políticos brasileiros, do falso proselitismo, da
prática da enganação, do “doando é que se recebe”, de tudo que é ruim. São
muitos os exemplos da falta de conteúdo ideológico dos partidos, por extensão
dos políticos. Doutrinas partidárias são execradas, plataformas e programas de
ideias que dão origem aos partidos de direita, centro ou esquerda.
Vale mais os
interesses partidários, as questões pessoais, dinheiro, loteamento de cargos,
alianças em nome da governabilidade, as possibilidades de maracutaias, as
ligações partidárias amorais, em que aparecem as negociatas e aí se observa o
espúrio, o estapafúrdio, o imponderável político.
Em nome da
governabilidade o PT agüenta o PP, seu inimigo número 1 em solo gaúcho. Mas o
PT atura o PP porque precisa de seu apoio aos projetos no Congresso. Mas o PP
não apóia de graça. Vale cargos importantes, ministérios, presidências ou
diretorias de empresas estatais, de bancos, de qualquer coisa do governo. O PP
precisa dar emprego aos seus abnegados correligionários, aos fiéis apaniguados,
solícitos cabos eleitorais. O PT precisa do PP pela governabilidade.
Pois bem,
então acontecem certas coisas despropositais. O PP gaúcho tenta legitimar-se
pela idoneidade, pela decência. Enquanto
nacionalmente tem um seu correligionário, ex-diretor da Petrobras, aquinhoado
na divisão de cargos preso por irregularidades na estatal.
As alianças
partidárias muitas delas levam a bizarrice, coligações promiscuas e amorais,
tem gente até que disse: “faço aliança até com o capeta”.
Já tivemos a
extravagante aliança, coisa inconcebível pelo programa doutrinário de cada um
dos partidos extremamente radicais do PT de Lula e Maluf do PP.
Mais esquisitice
ideológica. Para a próxima eleição ao governo em Mato Grosso do Sul, em nome da
incoerência poderá acontecer a coligação do PSDB e PT.
O PSDB esta
se tornando de forma decisiva ideologicamente, esquisito, irreverente, bizarro.
No Maranhão está formando uma aliança com o PCdoB, até por um motivo justo:
derrubar a oligarquia da família Sarney do PMDB.
Do PMDB nada
se pode falar em termos de alianças espúrias. O PMDB é assim mesmo,
autenticamente espúrio, incoerente, extravagante.
E até o PSOL,
partido do extremo socialismo, quem diria na eleição passada esteve unido ao
DEM, da extrema direita, na eleição municipal da capital Macapá.
Política
brasileira decisivamente não. Politicagem brasileira decisivamente sim.
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