O
verbo fazer quando indica tempo não tem sujeito, não há flexão, sua forma é conjugada
no singular. Portanto, quando intitulei a coluna semana passada “Faz 30 anos”,
estava linguisticamente correto, perfeita a concordância verbal. No entanto,
alguém se portando falsamente como conhecedor da língua portuguesa, resolveu me
corrigir e aí erradamente o singular faz, virou o plural fazem. Dito isso, vamos
aproveitar o reparo feito para servir de epígrafe à coluna. Ano de 1984, de
galopante inflação. Publicado em jornal da época a manchete: “Aumento de até
105% para o funcionalismo”. Esse era o projeto de aumento para os barnabés do
serviço público municipal naquela ocasião. Certamente esses mais de 100% de
aumento causariam inveja ao funcionário hoje, que tem no máximo um aumento anual
de 10% ou quando muito, a reposição salarial pelo índice inflacionário. É bom
lembrar que em 1984 a inflação medida anual pelo IPC (Índices de Preços ao
Consumidor) foi de 215%, o que equivaleria a quase 18% ao mês e esse percentual
significava desastrosamente que o aumento de 105% recebido pelo funcionário em
seis meses de inflação estaria completamente deteriorado, com a drástica
redução do seu poder aquisitivo, por aquele mecanismo inflacionário que está
ligado concomitante com a alta geral de preços.
*** ***
Alunos
e três professores de escolas públicas da cidade merecem elogios pelo
desempenho registrado na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas (OBMEP). Aluno farroupilhense destaque em Nível 1 ( 6º e 7º ano do Ensino Fundamental) foi Eduardo
Toffolo (E.E.E.F. José Fanton) que ganhou a medalha de prata entre outros 14
estudantes gaúchos.
Além
do medalhista Eduardo, mais cinco medalhas de bronze e 33 menções honrosas
foram distribuídas aos estudantes farroupilhenses. Ocorreram premiações também
aos professores pelo trabalho desempenhado, prêmios por divisões de grupos. No grupo
1B, entre 19 professores gaúchos, duas farroupilhenses ambas da E.M.E.F
Cinquentenário, Eglai de Sousa Burin e Terezinha Drobes Dorr.
O
terceiro professor premiado, pelo grupo 1A, entre 28 professores gaúchos ,foi Alessander
da Silveira da E.M.E.F. Caravagio.
***
Foi
uma demonstração de total incompetência a participação do Brasil farroupilhense
em três decisões. Por três vezes teve a oportunidade de disputar em 2015 o campeonato
gaúcho da divisão principal. Jogou tudo fora em momentos cruciais. Um time que
tremeu, não soube impor-se, superar-se por três ocasiões. Aceitável até perder para
tradicionais clubes como Ypiranga e Avenida, mas para o desconhecido União é demais,
de uma cidade de 30 mil habitantes (Farroupilha tem mais que o dobro), clube há
somente quatro anos no profissionalismo, que na primeira fase esteve perto de
uma desclassificação para a terceira divisão, mas muito justamente um vencedor.
O time de Farroupilha além de não ter competência, demonstrar plena inabilidade
nas decisões, não soube ter a humildade necessária, a capacidade da modéstia,
porque nada se ganha na véspera, jogo é jogado. Com a vitória de 2x1 em campo
adversário, até perder por 1x0 em casa garantiria a almejada elite do futebol. A
certeza da conquista, euforia em demasia, a vitória é nossa, classificados. Não
é assim. Tudo já se desfez em quatro minutos no primeiro tempo, 2x0. Os 3x0
foram conseqüências. A história futebolística conta diversos episódios do antecipado
e famoso “já ganhou”.
Em
tempo: tem técnico que ainda joga com o superado esquema de três zagueiros.
Para
o próximo ano, caso o Brasil dispute divisão de acesso dois problemas: é muito provável
que haverá somente uma vaga para a divisão principal (dela cairão para a
segundona três equipes) e certamente pelo comportamento indisciplinado da
torcida no decorrer do jogo o clube deverá pagar por isso.
Brasil
de Farroupilha incompetente, sem humildade, no estilo “já ganhou”. Que assim
não aconteça com o Brasil do Brasil na Copa do Mundo.
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