A política
por ideologia e filosofia é assunto vasto ao debate. Oferece a troca de ideias para
o desenvolvimento do saber, aprofundar o conhecimento das relações do ser
humano político e da política propriamente dita. Com ideias a serem discutidas,
parlamentares probos, honestidade e decência, assim deveria ser a política
brasileira. Decididamente, não é. Por isso é desagradável, decepcionante, falar
da política nacional em razão de sua forma obscena de ser feita através de seus
políticos. Ao invés da compostura desejada, o decoro exigido, o político
brasileiro sem envolve com tramóias e conluios.
Ano eleitoral.
E desde agora pelas candidaturas lançadas, pelas possíveis coligações, não observado
o aspecto ideológico, que deveria ser o predominante, surge o bizarro, o
esdrúxulo, o estapafúrdio, em termos de alianças partidárias.
As negociatas,
por exemplo, prevalecem no segundo turno do processo eleitoral onde acontecer, conforme
exigência da lei eleitoral e então surge o casuísmo indesejável, a manipulação
inconveniente.
Ano de
eleições, as ditas cujas candidaturas oportunistas e as alianças extravagantes.
Começamos
pelo cenário nacional. Candidaturas de Dilma do PT de centro/esquerda com aliados
conservadores da extrema direita como o PP. Aécio do PSDB dos empresários de
centro/direita com o Solidariedade dos trabalhadores da Força Sindical e
provavelmente juntos com a outra extremada agremiação de direita, DEM.
A política
suja de interessantes ocasiona essas uniões. O Solidariedade do Paulinho da
Força é a parte dissidente do PDT, que não conseguiu tudo aquilo que desejava
no Ministério do Trabalho em nome do apoio, da governabilidade de Dilma, talvez
consiga com Aécio, evidentemente eleito.
Ninguém
desconhece que a eleição presidencial esta polarizada entre Dilma e Aécio.
Outros candidatos serão simples protagonistas por conta de interesses pessoais,
visando o futuro em nova eleição presidencial como é o caso de Eduardo Campos
(PSB) que na campanha eleitoral atual pretende ser conhecido nacionalmente e
numa próxima eleição ter mais chance. Sua vice Marina, que teve 20% na eleição
passada e com a legalização do seu partido Rede Sustentabilidade, fará campanha
agora, preparando a campanha futura para presidente.
No âmbito
estadual também tem candidato sem chance alguma eleger-se como governador. Esse
candidato participa do primeiro turno com vista num provável segundo turno quando
oferecerá seu apoio mediante “negociação” de cargos.
Segundo
pesquisas e irá acontecer, no Rio Grande do Sul a eleição está polarizada entre
Tarso Genro (PT) e Ana Amélia (PP) e por isso os demais são meros
participantes.
Então se
indaga porque candidatos como Cunha (PDT) ou Sartori (PMDB), que teriam eleição
garantida à Câmara dos Deputados, se candidatam a eleição majoritária? Ora,
porque são os chamados soldados do partido. Na verdade não terão muito a
perder. No segundo turno candidatos finalistas vão buscar apoio entre aqueles
que ficaram de fora e haverá o oferecimento de cargos (secretárias, autarquias,
Banrisul). Se aqui no sul em função de cargos a coisa fica difícil, afinal PMDB
e PDT, no primeiro turno estão equidistantes do PT e PP, em Brasilia tem
emprego, afinal PDT e PMDB estão com o PT.
***
O poder de
mídia da RBS é majestoso. Já elegeu comunicador de rádio para o Senado, uma apresentadora
na televisão para deputada estadual e até aquele sujeito que fazia previsão do
tempo para a Assembléia. Na eleição de outubro próximo já tem o seu
ex-jornalista Lasier Martins (PDT) eleito para o Senado e o outro também
jornalista André Machado (PCdoB) como deputado federal, desde que a deputada
federal Manuela eleita com magnífica votação - ela que será candidata à
Assembléia - transfira os votos para Machado à Câmara Federal. Alias, dessa
forma, o deputado Assis de Caxias do Sul, será muito prejudicado com a não
candidatura de Manuela à federal, como se sabe ele com 26 mil votos foi eleito
com a sobra de votos de Manuela.
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