terça-feira, 3 de junho de 2014

As eleições vem aí

A política por ideologia e filosofia é assunto vasto ao debate. Oferece a troca de ideias para o desenvolvimento do saber, aprofundar o conhecimento das relações do ser humano político e da política propriamente dita. Com ideias a serem discutidas, parlamentares probos, honestidade e decência, assim deveria ser a política brasileira. Decididamente, não é. Por isso é desagradável, decepcionante, falar da política nacional em razão de sua forma obscena de ser feita através de seus políticos. Ao invés da compostura desejada, o decoro exigido, o político brasileiro sem envolve com tramóias e conluios.
Ano eleitoral. E desde agora pelas candidaturas lançadas, pelas possíveis coligações, não observado o aspecto ideológico, que deveria ser o predominante, surge o bizarro, o esdrúxulo, o estapafúrdio, em termos de alianças partidárias.
As negociatas, por exemplo, prevalecem no segundo turno do processo eleitoral onde acontecer, conforme exigência da lei eleitoral e então surge o casuísmo indesejável, a manipulação inconveniente.
Ano de eleições, as ditas cujas candidaturas oportunistas e as alianças extravagantes.
Começamos pelo cenário nacional. Candidaturas de Dilma do PT de centro/esquerda com aliados conservadores da extrema direita como o PP. Aécio do PSDB dos empresários de centro/direita com o Solidariedade dos trabalhadores da Força Sindical e provavelmente juntos com a outra extremada agremiação de direita, DEM.
A política suja de interessantes ocasiona essas uniões. O Solidariedade do Paulinho da Força é a parte dissidente do PDT, que não conseguiu tudo aquilo que desejava no Ministério do Trabalho em nome do apoio, da governabilidade de Dilma, talvez consiga com Aécio, evidentemente eleito.
Ninguém desconhece que a eleição presidencial esta polarizada entre Dilma e Aécio. Outros candidatos serão simples protagonistas por conta de interesses pessoais, visando o futuro em nova eleição presidencial como é o caso de Eduardo Campos (PSB) que na campanha eleitoral atual pretende ser conhecido nacionalmente e numa próxima eleição ter mais chance. Sua vice Marina, que teve 20% na eleição passada e com a legalização do seu partido Rede Sustentabilidade, fará campanha agora, preparando a campanha futura para presidente.  
No âmbito estadual também tem candidato sem chance alguma eleger-se como governador. Esse candidato participa do primeiro turno com vista num provável segundo turno quando oferecerá seu apoio mediante “negociação” de cargos.
Segundo pesquisas e irá acontecer, no Rio Grande do Sul a eleição está polarizada entre Tarso Genro (PT) e Ana Amélia (PP) e por isso os demais são meros participantes.
Então se indaga porque candidatos como Cunha (PDT) ou Sartori (PMDB), que teriam eleição garantida à Câmara dos Deputados, se candidatam a eleição majoritária? Ora, porque são os chamados soldados do partido. Na verdade não terão muito a perder. No segundo turno candidatos finalistas vão buscar apoio entre aqueles que ficaram de fora e haverá o oferecimento de cargos (secretárias, autarquias, Banrisul). Se aqui no sul em função de cargos a coisa fica difícil, afinal PMDB e PDT, no primeiro turno estão equidistantes do PT e PP, em Brasilia tem emprego, afinal PDT e PMDB estão com o PT.
                                                                            ***
O poder de mídia da RBS é majestoso. Já elegeu comunicador de rádio para o Senado, uma apresentadora na televisão para deputada estadual e até aquele sujeito que fazia previsão do tempo para a Assembléia. Na eleição de outubro próximo já tem o seu ex-jornalista Lasier Martins (PDT) eleito para o Senado e o outro também jornalista André Machado (PCdoB) como deputado federal, desde que a deputada federal Manuela eleita com magnífica votação - ela que será candidata à Assembléia - transfira os votos para Machado à Câmara Federal. Alias, dessa forma, o deputado Assis de Caxias do Sul, será muito prejudicado com a não candidatura de Manuela à federal, como se sabe ele com 26 mil votos foi eleito com a sobra de votos de Manuela.


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