Política
está conceituada em alfarrábios pelo poder que ela significa, contextualizada
por idéias nem sempre convergentes, contrapostas por opiniões divergentes, pelas
várias interpretações e definições contidas em dicionários.
Diz lá um
deles: trata-se da ciência dos fenômenos que se referem ao Estado; sistema de
regras que dizem respeito à dos negócios públicos; princípios políticos de um
indivíduo, da imprensa. Política por ext civilidade,
cortesia.
Política
como política apregoa-se como instância da vida social que tem no seu centro o
Estado, abrangendo também partidos políticos e organizações congêneres, as
ideias e teorias políticas. A política é o terreno da luta pelo poder como o
poder do Estado.
Dito isso,
com o discurso da política séria, autêntica, verdadeira, da política pelo
gênesis da política, nos encaminhamos ao tema desse artigo.
Vamos de
encontro às teses políticas acima expostas, ao reverso da decência política e
vamos encontrar absurdos políticos, as alianças espúrias, interesses políticos
com comprovada suspeita, lambanças ocorridas, mais que isso as negociatas, a
galhofa, a canalhice, a corrupção, características da escoria política.
Por isso
colocamos as ideias a política de um país, particularmente conhecido por suas
gestões gradualmente desonestas, a política brasileira, que na verdade, na
origem trata-se politicagem.
Num daqueles
verbetes de política em dicionário definido com predicados enaltecedores há o
contraditório, algo próprio do político brasileiro quando diz: política,
maneira hábil de agir a fim de se atingir um objetivo; astúcia, artifício.
Vocabulário para
o comportamento da maioria dos políticos brasileiros, do falso proselitismo, da
prática da enganação, do “doando é que se recebe”, de tudo que é ruim. São
muitos os exemplos da falta de conteúdo ideológico dos partidos, por extensão
dos políticos. Doutrinas partidárias são execradas, plataformas e programas de
ideias que dão origem aos partidos de direita, centro ou esquerda.
Vale mais os
interesses partidários, as questões pessoais, dinheiro, loteamento de cargos,
alianças em nome da governabilidade, as possibilidades de maracutaias, as
ligações partidárias amorais, em que aparecem as negociatas e aí se observa o
espúrio, o estapafúrdio, o imponderável político.
Em nome da
governabilidade o PT agüenta o PP, seu inimigo número 1 em solo gaúcho. Mas o
PT atura o PP porque precisa de seu apoio aos projetos no Congresso. Mas o PP
não apóia de graça. Vale cargos importantes, ministérios, presidências ou
diretorias de empresas estatais, de bancos, de qualquer coisa do governo. O PP
precisa dar emprego aos seus abnegados correligionários, aos fiéis apaniguados,
solícitos cabos eleitorais. O PT precisa do PP pela governabilidade.
Pois bem,
então acontecem certas coisas despropositais. O PP gaúcho tenta legitimar-se
pela idoneidade, pela decência. Enquanto
nacionalmente tem um seu correligionário, ex-diretor da Petrobras, aquinhoado
na divisão de cargos preso por irregularidades na estatal.
As alianças
partidárias muitas delas levam a bizarrice, coligações promiscuas e amorais,
tem gente até que disse: “faço aliança até com o capeta”.
Já tivemos a
extravagante aliança, coisa inconcebível pelo programa doutrinário de cada um
dos partidos extremamente radicais do PT de Lula e Maluf do PP.
Mais esquisitice
ideológica. Para a próxima eleição ao governo em Mato Grosso do Sul, em nome da
incoerência poderá acontecer a coligação do PSDB e PT.
O PSDB esta
se tornando de forma decisiva ideologicamente, esquisito, irreverente, bizarro.
No Maranhão está formando uma aliança com o PCdoB, até por um motivo justo:
derrubar a oligarquia da família Sarney do PMDB.
Do PMDB nada
se pode falar em termos de alianças espúrias. O PMDB é assim mesmo,
autenticamente espúrio, incoerente, extravagante.
E até o PSOL,
partido do extremo socialismo, quem diria na eleição passada esteve unido ao
DEM, da extrema direita, na eleição municipal da capital Macapá.
Política
brasileira decisivamente não. Politicagem brasileira decisivamente sim.
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