O noticiário sobre a programação de televisão explorava
ultimamente o que acontecia no famigerado BBB15. E ali, pelo conjunto de
notícias que se descobre, se tem conhecimento do que ocorre na casa cenográfica
com seus protagonistas vigiados por câmeras em todos os lados. Naquele local se
presenciava cenas despudoradas semelhantes aos lupanares, as populares casinhas
da luz vermelha. Fatos indecentes mostrados, tipo daqueles: “tirem as crianças
da sala”.
No recôndito da casa, ou até mesmo a céu aberto, apareciam
voluntariosos momentos de sexo quase explicito. A sister deitada seminua. O
brother por sobre seu corpo a massageava, ora fazendo cócegas, ora apalpando
sua bunda. Por sua vez ela enfiava a mão por dentro da cueca dele. Recompensas
pela tentação, pelo sexo aflorado. Verdade. Isso tudo observado em detalhes pelos
repórteres.
No escondidinho, sob o edredom, onde tudo acontecia em termos
de sexo, decididamente tudo explícito, nada ficava restrito quanto ao instinto
sexual, a volúpia libidinosa, o prazer intenso entre os irmãos pelo sexo, ou
seja, brother e a sister, revelado por gemidos de plena satisfação. Tudo ao
vivo e as cores.
A tradicional família cristã evangélica aceitava com
restrições as cenas mostradas de avançada ousadia, mas dizia no máximo: “Que
sem-vergonhice” ou, “Que indecência”.
Simplesmente assim, sem contestações maiores, sem revolta,
sem ódio.
O conceito de moral, conjunto de regras que orienta o
comportamento humano, muitas vezes tem
uma ilação preconceituosa com alguns fatos, cuja característica entre algumas
pessoas os torna proibitivos ao serem mencionados e abordados, como por exemplo
o homossexualismo e consequentemente a aversão irreprimível, repugnância,
preconceito, que se chama homofobia.
Ainda a programação televisiva. Novela. Há uma cena em que duas
senhoras se beijam, um beijo lésbico. Foi o suficiente para um tipo de raça de
gente, conservadores, reacionários fundamentalistas, compreendidos todos como
homofóbicos, vociferassem escandalizados
e constrangidos com a singela cena.
Mas até quanto essa repulsa tem sentido, quando tudo passa
pela hipocrisia.
Pesquisadores da universidade de Georgia (USA) realizaram uma
pesquisa alguns anos atrás, mas é procedente como assunto atuante, momentoso
pela discussão quando se trata da homofobia. O estudo foi denominado de “Homofobia
associada ao homossexualismo” e que desejava descobrir quais seriam as eventuais
e diferentes alterações nos homens pela ereção diante de uma relação entre
homossexuais e heterossexuais. Dois grupos de homens foram formados. Um que
exibia sinais de homofobia e outro sem qualquer atitude de preconceito moral
quanto aos homossexuais, ou seja, definitivamente não homofóbico.
Os voluntários pesquisados tiveram seus pênis envoltos por um
instrumento de nome pletismógrafo que registra e a avalia as reações e por conseqüência,
as alterações do órgão genital masculino. Assim preparados, os pesquisados
separadamente foram colocados em salas
privativas para assistirem por vídeo cenas de sexo. Umas politicamente corretas, entre um homem e
uma mulher. Outras entre duas mulheres e uma terceira série de cenas entre dois
homens.
O nível de excitação sexual medido ocorreu da seguinte
maneira. O vídeo de sexo heterossexual ou lésbico provocou no grupo homofóbico
e não homofóbico o aumento da circunferência do pênis, portanto o pessoal ficou
excitado, gostaram do que viram.
Diante do filme entre protagonistas gays, foi peculiar o
acontecido, pois, apenas os homofóbicos demonstraram sinais de excitação sexual
com cenas pornográficas dos homossexuais, no entanto, declaram que querem
sempre se manter a distância dos gays, mas as reações de seus pênis mostraram
outra história.
Além de homofóbicos, hipócritas.
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