quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Eleição proporcional é injusta


Indiscutível. O processo eleitoral é a prova inequívoca da plena democracia. É a vontade do povo que designa, que determina, por meio de votação a escolha de candidatos para exercerem o poder soberano. Trata-se aqui, mais explicitamente da democracia representativa. A eleição por meio de votação, autêntico e soberano regime político, oferece resultados surpreendentes, inusitados, esdrúxulos, excêntricos, esquisitos, estranhos, injustos, paradoxais, contraditórios, outros até mesmo inexplicáveis. Vejamos:
- Para cargos de deputados a eleição é proporcional, sistema que significa que os votos do o candidato mesmo não eleito serão somados aos demais votos da legenda e então aplica-se o cálculo do quociente eleitoral que é a divisão do número de votos válidos pelo número de vagas a serem preenchidas.
- Por ser assim, pela legislação eleitoral acontecem resultados injustos, estranhos, imerecidos, controversos. Haveria de ser assim simplesmente: quem mais votos obteve estaria eleito, mas não é bem isso.
- O sistema da proporcionalidade evoca um caso histórico. Na eleição de 2010 a candidata Luciano Genro (PSOL) à Câmara Federal, apesar da expressiva votação de 129.501, oitava mais votada no estado e a segunda em Porto Alegre não foi eleita devido ao coeficiente eleitoral.
- No Rio de Janeiro, seu companheiro de partido, na eleição de 2014, Jean Wyllys foi eleito com um pouco mais de 13 mil votos.
- Pelos números, pela soma de votos, nessa eleição, o candidato Pedro Ruas (PSOL) estaria eleito com 53.380 votos. Fez mais votos que outros 44 candidatos eleitos pelo sistema da proporcionalidade.
- A candidata por Farroupilha Fran Somensi (PRB), foi eleita deputada com 15.404 votos obtendo a última vaga para assembleia legislativa. Por essa soma de votos ela ficaria em 111º lugar, no entanto o sistema da proporcionalidade a elegeu.
- Explica-se. O PSOL de Pedro Ruas somou 173.485 votos, enquanto o PRB somou 189.779 votos. Diferença de 16.294 votos proporcionou ao PRB um quociente eleitoral maior.
- O candidato também por Farroupilha, Álvaro Boessio (MDB), somou 20.287 votos. Ficou em 14º lugar no seu partido e 88º no somatório geral.
 - O farroupilhense Beto Maioli somou 3.136 votos ficando 300º lugar no estado. No partido (REDE) ficou em 25º lugar
- Outro farroupilhense Raul Herpich em âmbito estadual posicionou-se no 433º lugar, no partido ficou em 31º lugar
- Surpreendente foi a votação de Marcel Van Hatten (Novo), 32 anos, com a maior votação para deputado federal no RS, 345 mil votos. É do mesmo partido do candidato a presidente, milionário e banqueiro, João Amoêdo. Natural da cidade de Dois Irmãos foi o mais votado também para a Câmara em Farroupilha, 3.684 votos. Obteve também excelente votação em Caxias do Sul, mais de 17 mil votos. Teve apoio do Movimento Brasil Livre (MBL) e suporte maciço do empresariado. Foi distinguido em espaços importantes e invejáveis como palestrante na CIC em Caxias do Sul e CICS Farroupilha.




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