sábado, 2 de julho de 2016

Corrupção é coisa antiga

Corrupção em sua conceituação pode ser definida por diversos atos e fatos, realizados isoladamente ou de modo coletivo pelo tráfico de influências, falcatruas, suborno, nepotismo, extorsão, fisiologismo. Entre tantas espoliações trata-se da realidade nacional da delinqüência, da usurpação dos valores públicos, da decadência moral e ética de políticos, de fraudulentos empresários e assemelhados.
 Atualmente em termos de corrupção a “distinção” é a intrínseca trama entre políticos e grandes empresários que envolvem negociatas e trambiques.
Na forma etimológica corrupção tem sua derivação do latim, do verbo “rumpere” que significa romper, quebrar e por extensão trata-se do rompimento de uma regra, da lei, do código moral e social.
Não somente em “alto nível”, a inerente depravação entre políticos e empresários ocorre o ato ou efeito de corromper.
Lamentavelmente a corrupção está incrustada em diversos setores da vida brasileira.
No dia a dia quanto dos muitos mortais não se deixou impregnar pela desonestidade, pela imoralidade para tirar alguma vantagem? Há momentos que nunca faltam para o cidadão se mostrar decididamente honesto, demonstrar idoneidade. Em ocasiões oferecidas pelo cotidiano, interpretadas como simples atos são motivos de fraqueza, tentação para o desequilíbrio da honradez e probidade.
Quais de nós mortais pertencentes aos diversos setores da sociedade brasileira nunca teve a tendência de praticar uma ilegitimidade em suas mais variadas tentações.
Sempre há alguém em obter vantagem, dar um jeitinho para não se incomodar.
É o motorista que “molha a mão”, uma grana por fora oferecida ao policial para evitar a multa numa infração de trânsito. O serventuário, fiscal que faz “vista grossa” à alguma irregularidade num estabelecimento comercial e pede uma “ajuda” ao seu proprietário. O sujeito que adquiri produtos piratas e assim se constitui como sonegador de impostos. O elemento que desfruta de todos os canais fechados e pagos, através de do conhecido “gato”, trata-se também de um sonegador.
A corrupção brasileira é histórica, do tempo do Brasil Império. O país precisaria ser colonizado. Solução simples seria importar degredados, portugueses a cumprir alguma pena. Castigo atravessar o oceano, Brasil.
Mas colonização não poderia ser feita por somente por malfeitores. Havia necessidade de prestigiosos portugueses para cá chegarem, terras a ser ocupados por fidalgos, mas isso tinha um preço. A Coroa portuguesa não se importaria com nada, na haveria qualquer fiscalização, vantagens totais  para os portugueses aqui estabelecidos, dessa forma um jeito corruptivo para por aqui ficarem.
O jornalista e escritor Laurentino Gomes cita exemplo, talvez o primeiro ato oficial de corrupção no país: “No desembarque de Dom João no Rio  de Janeiro ele recebeu de “presente” de um traficante de escravos a melhor cada da cidade, a Quinta da Boa Vista e com isso, claro o traficante recebeu inúmeros privilégios”.
Dessa forma entre infindáveis e inumeráveis atos corruptos na história, a corrupção é uma herança maldita que segundo historiadores, proveniente de um país baseado em sua formação de um Estado centralizado, burocratizado e clientelista.
Quem sabe, talvez não fosse assim se existisse em tempos de antanho, uma Lava Jato.

  


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