O cidadão
que serviu o exército, o aluno de educação física que teve como professor o
famoso “sargentão” conhece, quando devidamente perfilado, uma ordem de comando como
“direita volver” ou “esquerda volver”, voz que indicava se o soldado ou aluno
deveria virar-se para a direita ou esquerda.
Ideologicamente
o mundo, a Europa, o Brasil, foram contemporâneos em fases políticas, à
esquerda e à direita.
Revolução
Francesa, século 18. Reunissem representantes de diversos segmentos sociais
para formarem Assembléia Nacional Constituinte e elaborarem as leis que iriam
reger a República, em substituição a monarquia.
No centro do
plenário, em plano mais alto, está o presidente da histórica assembléia.
Os
constituintes pelos interesses de cada um se dividiram em dois grupos. Havia os
aficionados que defendiam propostas políticas mais radicais, buscando mudanças
na sociedade, acreditando em diminuir os
poderes da nobreza e do clero.
Por sua vez
o outro grupo, das camadas mais ricas, das elites, da alta burguesia,
contestava veementemente as propostas de mudanças.
Inconformados
e exaltados resolveram não se misturarem com aqueles camponeses, artesões e
pequenos burgueses e então trataram da separação. Assim procedendo sentaram-se
à direita da bancada da presidência. Obviamente o outro grupo posicionou-se à
esquerda. E assim historicamente esse fato foi fator preponderante na formação
das ideias políticas: à esquerda e à direita.
No
prosseguimento da história, com referência explicitamente a ideologia à direita
houve uma predominância de modo sanguinário e horrendo, no tempo do nazismo, de
Adolfh Hitler. O Fuhrer (guia, líder) assumiu o poder, racista e anti-semita,
desvairado pretendia criar a raça ariana de linhagem pura de seres humanos, uma
raça superior às demais. Com o apoio da população alemã, principalmente dos
jovens que faziam parte obrigatoriamente de uma instituição denominada
Juventude Hitlerista, tornou-se chanceler e ditador. A popularidade aumentou e fez
prevalecer o seu projeto nacionalista e populista de recuperar a economia e a
realização de obras públicas.
Como líder
alemão tinha a obstinação de ser um líder mundial, na conquista de outros
países através de lutas e por isso iniciou a segunda grande guerra mundial.
Outro
expoente máximo da direita na época foi o italiano Benito Mussolini.
Anticomunista radical criou um sistema político nacionalista de extrema e
radical direita, antidemocrático e totalitário, na Itália denominado fascismo.
Passado as
barbaridades, crueldade, atos desumanos, pelas ditaduras, autoritarismo e
onipotência do período, a Europa à direita ficou condenada após aquele tempo, maculada
pelos horrores daqueles regimes, nazistas e fascistas e pela colaboração aos alemães
invasores e pela aceitação da ditadura na Itália.
A direita
parece querer retornar àquele período. Na França com a família La Pen, na
Inglaterra com Brexit.
Os Estados
Unidos não estão fora da direita conservadora, representada pelo ultraconservador
Partido Republicano, que tem como candidato a presidência um reacionário
chamado Donald Trump que tem exasperado e ao mesmo tempo bizarro preconceito para
com mexicanos e islamitas.
O Brasil
também está nessa onda direitista e tem em Jair Bolsonaro seu arrogante e expoente
maior. Trata-se de um irascível homofóbico, aversão irreprimível a turma do
LGBT,
características típicas do pessoal à direita.
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